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    New Gundam Breaker – Análise

    A , volta a apostar na franchise criada por Yoshiyuki Tomino, e traz-nos New Gundam Breaker, uma nova abordagem neste universo. Será que a mesma devia ter ficado retida no seu país tais como a sua anteriores entregas? Vamos descobrir!   

    New Gundam Breaker, volta a tomar como núcleo o conceito dos spinoffs animados de Gundam Builders, onde a sua trama gira em redor do conceito de Gunpla, uma atividade que tem cada vez mais vindo a ganhar interesse e conquistar diversas demografias. Basicamente Gunpla, é a prática da construção e elaboração do nosso mecha, desde o separar das suas peças, passando pela sua montagem e até finalmente a sua pintura. Devido a estes condicionantes, podemos até criar as nossas próprias criações, e é precisamente aqui que a série, e esta nova aposta no universo Gundam se baseiam. Igualmente como em Gundam Builders, voltamos a descobrir uma realidade alternativa, onde este conceito é levado de uma forma quotidiana e for vezes até extremista.

    New Gundam Breaker coloca-nos na pele de Kyosuke, um misterioso aluno que ingressa no liceu de Gunbre, uma instituição que tem como principal finalidade o desenvolvimento de aptidões para batalha e pesquisa de Gunpla. Ao invés de disciplinas como encontramos em qualquer escola, aqui os alunos vivem e respiram esta modalidade, fazendo desta uma vertente transversal quebrando barreiras e conceitos. Ao chegarmos ao local somos logo deparados com a nossa amiga de infância, Yui Mikagura, onde nos é relatado o percurso que o jogador fez até à data. De uma maneira quase imediata, conhecemos a professora Aida, os nossos colegas (bipolares), e mergulhamos no dia-a-dia de Kyosuke, enquanto conquista desafios e aprende mais sobre esta arte. Se esperam uma grande história, ou um enredo envolvente esqueçam, já que a história de New Gundam Breaker, é literalmente a conquista de títulos e trofeus, enquanto tentamos suprimir um regime ditador dentro da escola. O humor Gundam também não surge de forma natural como nas séries animadas onde é baseado, chegando a ser quase uma desculpa para existir.

    O jogo flui de forma episódica onde cada cenário corresponde a batalhas de três contra três, porém não esperem encontrar os icónicos cenários que tão bem caracterizam a franchise Gundam, como a Colonia Espacial, White Base, ou operação Gryps. Aqui o cenário é essencialmente uma grande oficina de Gunpla, onde por artes mágicas os nossos Gundam combatem. Num ponto um pouco cómico, o efeito que senti foi um pouco como vimos em Toy Story, onde brinquedos ganham vida e interagem entre si, embora perceba a ideia, penso que a sua execução não foi a melhor e rapidamente tornou-se muito aborrecida.
    Evidentemente que falando em Gundam e Gunpla, a modelagem tem de marcar presença, neste ponto encontramos tanto uma desilusão, como algo de muito original, dependendo da entrega e ponto de vista do jogador.

    Ao combatermos adquirimos várias peças dos nossos inimigos derrotados em combate, as mesmas são variadas e vão desde cabeças a armas. O jogador antes de entrar num episódio, entra num menu onde possivelmente vai depositar grande parte do seu tempo. Entre tarefas mais comuns como atribuir um nome à sua criação, e apenas restritos ao original Gundam RX-78, imediatamente podemos usar todas as peças que recolhemos, monta-las no nosso kit, e até proceder à sua pintura. Aqui o rol de possibilidades é imenso, tanta que quase justifica a um entusiasta desta arte adquirir um exemplar deste jogo, e perder horas a fio na sua criação.  Desde o original Gundam RX.-78 ao novíssimo Gundam Barbartos, temos dezenas de kits á nossa espera para descobrir e interagir. Um Zaku com torso de Gundam ZZ, ou Exia com funnells? Bem, o único limite neste ponto é mesmo a imaginação e tudo pode ser descrito usando uma frase da lendária personagem de Gundam Builders, Meijin Kawaguchi III: “Gunpla is freedom”.

    Porém no melhor pano, cai a nódoa e neste caso, temos uma das maiores desilusões em New Gundam Breaker. Acompanhado de cada peça temos atributos, que vão desde os pontos vitais a velocidade. Num primeiro olhar podemos ter uma ideia pré-concebida que cada peça tivesse atributos próprios. Porém são essencialmente as mesmas e apenas mudam cosmeticamente, o que devemos apenas de ter em conta são os seus Ex Stats, contudo a sua natureza aleatória resume-se a uma corrida às caixas e esperar que algo bom calhe no nosso Kinder Surpresa. Ao invés da anterior entrega, onde podíamos criar Gundams únicos e com atributos absurdos, em New Gundam Breaker temos uma abordagem mais imediata, mais moba, e muito mais restrita. Gostavam de usar a cabeça do Sazabi, no torso de um Gundam Wing? Temos pena, não podem, porque os seus EX Stats são insignificantes, e é melhor escolherem a cabeça de outro Mobile Suits, mas hey, apenas os Gundam, já que os grunts têm menos slots e EX Stats. Também fico na dúvida se este jogo é essencialmente um simulador de Gunpla, já que nas missões, os nossos companheiros são incrivelmente poderosos, e podemos ficar ali, a contemplar a destruição num mar de peças sem fazer absolutamente nada!

    A jogabilidade não sofreu grandes modificações, continua um pouco irresponsiva, e essencialmente baseada em Dynasty Warriors Gundam. Enquanto atacamos os nossos adversários através do botão quadrado, o botão X, salta, ao manter premido voamos, fazemos investidas para a frente, e usamos o botão círculo para disferir os golpes especiais, tudo muito simples, aliás nem deve tentar reinventar a roda, mas penso que um pouco de novidade seria interessante neste capítulo.

    Tecnicamente New Gundam Breaker, é uma espada afiada de dois gumes. Por um lado, temos um grafismo mais cuidado, Mobile Suits, extremamente detalhadas em fullhd (Em PS4 não temos opções de melhoramento de resolução, ou framerate), onde cada pormenor não foi esquecido, e cenários que mesmo sendo repetitivos apresentam ideias e conceitos interessantes. No entanto e inexplicavelmente o jogo sofre de perdas absurdas de frames, quando mudamos de alvo, ou rodamos a câmara, fazendo de uma experiência limitada, ainda menos fluida. Os loadings também parecem-me ser exagerados, não existindo razões ou motivos para estamos, por vezes à espera de mais de 20 segundos de transições entre ecrãs. Relativamente à banda sonora, o habitual, faixas de rock ligeiro, e música ambiente em ambientes de exploração no quotidiano da vida de Kyosuke. 

    Realmente é uma pena, New Gundam Breaker, regredir nas suas maiores forças. Esta entrega apenas apresenta argumentos para um verdadeiro entusiasta e que mesmo assim a anterior entrega, Gundam Breaker 3, demonstra melhores valores. Interessantes conceitos, ideias imediatas e regressivas e muita limitação, caracterizam uma experiência onde o único limite deveria ser a nossa imaginação.       

    Um exemplar deste jogo gentilmente cedido pela , foi jogado numa PS4 PRO por aproximadamente cerca de 15 horas.   

    Artigo por Bruno Reis. Podem enviar os vossos artigos para o email admin@otakupt.com.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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    Bruno Reis
    Bruno Reis
    11 , Julho , 2019 19:05

    Como entusiasta de Gundam, este jogo deixou-me um gosto mesmo amargo…

    toygame lan
    toygame lan
    11 , Julho , 2019 19:05

    é teve os porblemas que eu já esperava

    Pedro Oliveira
    Pedro Oliveira
    11 , Julho , 2019 19:05

    Msm com esses pontos negativos, darei uma conferida no pc,só de poder jogar com o barbatos já me empolga haha

    Joao Miguel Carinhas
    Joao Miguel Carinhas
    11 , Julho , 2019 19:05

    o jogo trava algumas vezes sim
    ryuko best girl
    fiquei triste com a perda de abilidades dos builder objects
    os statos de cada peça nao me importam, escolho pela abilidade

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