Em meio a um arco político que muitos aguardavam após o seu anúncio, também ficávamos na expectativa do que havia se resultado com alguns personagens que estavam há mais de um ano sem aparecer, dado que saberíamos o que as suas aparições iriam dar surgimento na obra. Reverie surgiu e pairando sobre ele, havia uma sobra do que eventualmente aconteceria, surpreendendo a todos quando no lançamento do capítulo 909, tivéssemos o surgimento do que parece ser Eiichiro Oda disposto a contar duas histórias ao mesmo tempo. Para nossa surpresa, ainda ainda durante o Reverie nós tivemos o inicio do aguardado Arco de Wano, trazendo um leve “cheirinho” do que está para vir. E este capitulo não desiludiu em nada a quem tinha grandes expectativas para este arco, dado o quão contido e ao mesmo tempo grandioso acabou sendo essa apresentação. Mas antes de irmos a fundo sobre o que aconteceu nesse arco, vamos a uma análise geral do Capítulo.
Surpreendendo um pouco as nossas expectativas, mas que quando paramos para pensar, isso é bem como o modus operandi de Eiichiro Oda funciona, nós tivemos uma mudança de instância e passamos a vivenciar um pouco mais de como que mais alguns fragmentos deixados pela Guerra dos Melhores acabou se espalhando pelo mundo. Fazendo isso, Eiichiro Oda faz o que ele sabe fazer de melhor enquanto escreve essas histórias incríveis de One Piece que é trabalhar com diferentes instâncias, diferentes partes de um mesmo mundo que nunca para em detrimento um único acontecimento e que, pelo contrário, está sempre se movimentando mesmo quando naquela realidade, certos eventos são deveras importantes. Além disso, nós tivemos o que parece ser uma jogada ousada de Eiichiro Oda que eu raramente vejo ele tentando em One Piece que é contar histórias simultaneamente. Última vez que vimos isso foi há alguns anos atrás enquanto o grupo dos Chapéus de Palha estavam separados e apenas graças a pequenos fragmentos nas entrelinhas das histórias de Monkey D. Luffy, nós conseguíamos saber um pouco mais da nova realidade dos outros membros do bando e como que eles estavam reagindo dado a separação. Dessa vez, ele decidiu ir um pouco mais além.
Eiichiro Oda não somente está contando histórias paralelas, como ele decidiu construir arcos narrativos um ao lado do outro de maneira simultânea para dar um sentimento de que, enquanto nós temos encontro dos Grandes Nomes do mundo de One Piece no arco Reverie, nós também temos o nosso grupo de personagens principais que estiveram perdidos e desaparecidos dos holofotes há um ano, ressurgindo e dando as caras novamente com um trabalho de design interessante e que apresenta o que poderá ser uma grande oportunidade de desenvolver ainda mais personagens que não tiveram tanto trabalho assim há uns bons anos, como por exemplo Roronoa Zoro. Levando em consideração que os membros do bando dos Chapéus de Palha estão respectivamente ganhando um enriquecimento a mais em suas próprias histórias, não seria estranho esperar que o Oda fosse dedicar um pequeno arco para cada indivíduo da tripulação, os desenvolvendo mais uma vez. Por que afinal de contas? O Mundo está sempre girando, principalmente o de One Piece. Na última vez, descobrimos problemas familiares com Sanji. O que será que nos aguarda agora? Vamos esperar e descobrir.
Vale notar que a construção de ritmo do Oda está em constante movimento, porém não de uma maneira que eu considero ser bagunçada, cópia de algo que ele já fez anteriormente ou simplesmente repaginadas para tapar buracos em uma revista que ele precisa preencher semanalmente. Pelo contrário, nós temos personagens reaparecendo, momentos importantes e impactantes sendo construídos, mais das suas personalidades sendo mostradas aos telespectadores – algumas delas, resultados de desenvolvimentos importantes que tivemos na obra, sejam eles diretamente ou indiretamente com as histórias contadas através das capas. Diálogos pontuais, uma comédia estranha mas digna de One Piece que nos traz um senso de surrealidade, ainda mais dado a nova região que fomos apresentados e qual será as regras que compõem esse novo lugar? Dito isso, eu gostei muito de One Piece e, devo dizer, que meu amor por essa está subindo gradualmente a cada capítulo lançado ao testemunhar Eiichiro Oda cada vez mais saindo do seu pequeno conforto e criando coisas novas a cada instante.
Quer saber detalhadamente o que aconteceu no capítulo, então?
Deixo vocês com o Evandro agora!
Logo de começo vemos os guardiões da Tribo Mink atracados numa aldeia em ruínas aguardando que Nekomamushi regresse acompanhado daquele que finalmente voltamos finalmente a rever: Marco, a Fênix, onde vimos a habilidade curativa de sua fruta mística sendo usado nos aldeões feridos. Essa aldeia situava-se numa ilha que como o próprio havia se referido como a Ilha natal de Barba Branca, dizendo também que como os habitantes são pobres, não têm dinheiro para pagar aos Tenryuubitos que consequentemente não são aliados do Governo Mundial, o que faz com que seja uma ilha fora da lei onde piratas e traficantes vagam livremente. Barba Branca era um dentre esses órfãos e pessoas pobres da vila, por isso enquanto pirata, ele fez tudo para proteger essa ilha. Por essa, Marco não poderá ir para Wano, devido o sentimento dele de ficar e proteger o “Tesouro” de seu “Pai”. Marco acrescenta que essa foi a causa que iniciou a “Guerra de Revanche” frente ao Barba Negra, logo após a guerra do melhores. Ele prontamente tentou conquistar tudo o que era de seu poder e isso incluía o grande tesouro de Barba Branca. O Próprio Shichibukai Weebil está atrás da “herança” de Barba Branca e a sua tripulação, por isso todo o cuidado é pouco e Marco irá fazer tudo para proteger o legado de seu “Pai”.
Passado isso, eis que finalmente chegamos a Wano! Uma paisagem de cortar a respiração. (Weslley: É o lugar mais bonito da série!!) Nos pegando de surpresa, o tão esperado arco com tema principal nos Samurais e Tradição Japonesa que Oda estaria ansioso para escrever/desenhar chegou ao seu grande inicio. De seguida, vemos os Mugiwaras já integrados na sociedade de Wano. Voltamos a vê-los finalmente, como por exemplo, Franky-Suke a fazer o que sabe melhor: Construções. Uso-Hachi a vender o seu “milagroso” óleo de sapo. O-Robin a esbanjar sua beleza pela Terra dos Samurais, vestindo-se como uma Geisha enquanto é lecionada por uma profissional.
Após sabermos o paradeiro desses três, temos um flashback onde Kinemon fala para todos eles para se infiltrarem ao máximo com o povo de Wano, sem chamar a atenção e revelar as suas identidades. Pois aqui… Qualquer um já sabe quem será que vai quebrar essa promessa, right? Pois bem, temos o último membro dos Mugiwaras em Wano que após 2 anos de espera finalmente apareceu, Oda não se limitou em nada quanto ao seu regresso, dado que se trata de um dos personagens mais populares. Zoro-Juro terá sido confundido por um ladrão de túmulos e assassino, mas como tudo nessa vida consegue piorar, ele tinha o tesouro “roubado” de Wano – Shuusui, a Espada Lendária. Como consequência, ele foi sentenciado a “Seppuku”, como diz o titulo do capitulo.
Obviamente sabemos que a jornada de Zoro está longe de terminar e para completar o regresso triunfante, Zoro com apenas um pequeno punhal – lembrança de quando havia lutado com Mihawk, cortou tudo o que estava à sua frente. Após esse golpe Zoro prontamente pede perdão a Kinemon por ter possivelmente estragado o plano de infiltração silenciosa. O Capítulo acaba com um suspiro de duvida para o que vai acontecer depois. Será que este foi o inicio do que será uma grande batalha?
Comentário:
Que capitulo, meus amigos! Incrível o que Oda fez, pondo em pausa um dos melhores arcos de One Piece e iniciando de uma forma impressionante e afirmativa um arco que pelas expectativas será o arco mais incrível de One Piece. Começando com o Marco que estava na verdade todo este tempo protegendo e guardando a ilha natal de Barba Branca, será uma pena se ele não se juntar ao arco de Wano. Seria uma oportunidade para ver as suas habilidades ao extremos, e claro um comandante da 1ª divisão da tripulação de um younko seria uma ajuda necessária para bater de frente contra um younko como Kaido. Mas todos nós compreendemos as suas razões, afinal certamente Luffy terá ainda mais aliados neste arco. Agora chegando finalmente a Wano, o que posso dizer em relação aquele primeiro quadro de Wano… Vê-se que Oda caprichou e muito em termos de arte e certamente como vamos ver mais tarde neste arco, a arte de Oda vai ser impressionante, não fosse Oda um antigo assistentes no mangá Ruroni Kenshi. Podemos ver novamente os mugiwaras Ussop, Franky e mais em destaque Robin, porque em principio ela irá ter uma das missões mais perigosas deste arco. Em semelhança com Brook em Whole Cake, Robin vai ter a missão de roubar as informações do poneglyph infiltrando-se na sala do shogun. (E não posso deixar de mencionar como Robin fica linda vestida de geisha)
Mas a verdade é que este não seria um arco digno de samurais senão a personagem mais esperada para este arco não comparece-se… Então não fosse Zoro o Zoro que nós conhecemos, logo após o flachback de Kinemon dizendo para não dar nas vistas, Zoro desferiu um golpe poderoso após ter sido condenado a seppuku.
Em relação a este arco não poderia pedir mais deste inicio, tanto Marco e a situação em que se encontra até ao fan-service que Oda tanto gosta de presentear para os fãs de Zoro. Iremos ver o que acontecerá no próximo capitulo, será que iremos ver já as consequências das ações de Zoro ou voltaremos ao reverie? Até para a semana. 🙂
Realmente, esses últimos capítulos trouxeram aquele sentimento de ler uma aventura épica que eu já não tinha há muito tempo com a série, espero que mantenha e não seja só o hype da transição de sagas, última vez que me senti assim foi em Zou, mas a saga seguinte não foi grande coisa, queria que o Oda tivesse explorado mais Zou naquele inicio, só personagens foda.
Eu acho que Zou é muito bom justamente por isso, sabe?
Pequena, Fechada, Coesa e ainda por cima: Narrativa Original em One Piece que remete bastante ao estilo de narrativa que Bioshock ou Dark Souls tem, sabe? Você chegou em um lugar, tudo que tinha para acontecer, já aconteceu e você está revivendo apenas os fragmentos de como aquilo tudo aconteceu, pequenos pedaços de história e etc;
Eu gosto bastante disso. Queria ver mais disso em One Piece, inclusive.
One Piece brilha nesses arcos curtos. Goa por exemplo, foi excelente.
Mas Zou foi excepcional. Curto, informativo e fechadinho.
eu achava que esse arco só de depois do encontro
Bela análise. A Akuma no Mi do Marco mostra-se cada vez mais útil. Regenera, cura, e ainda pode voar…
mas na guerra dos melhores se foi dito que ela era lendaria
Mas o fato dela ser lendária não quer dizer que ela têm essas múltiplas funções. Isso é exclusivo da fruta do Marco.
mas tem a questão das fruta terem seu modo despertar.
É que a real é: “O que é ser lendário?”
A Gente não sabe como as Akumas no Mi foram criadas, o que envolve o processo delas – é realmente algo místico ou científico ou uma junção de ambos? O Arco das Akumas no Mi vai chegar, porém até lá, dizer que ela é Lendária é algo… “vazio” de significado, sabe?
Por isso que eu tenho a mesma reação que você. Ela é lendária, okay, mas né? É uma palavra sem significado dado que tem muitas coisas – basicamente tudo – sobre as Akumas no Mi que não sabemos.
fruta mística seria a palavra correta para a fruta de Marco
Oda não tá deixando cair, só capítulos fodas ultimamente.