Aqui estamos para comentar mais um capítulo de The Promised Neverland, um manga que eu gosto muito e que, mais uma vez, me conseguiu surpreender. Como já tinha referido em reviews anteriores, seria muito difícil os nossos protagonistas saírem ilesos deste confronto com Andrew e os seus homens e este capítulo veio-nos mostrar isso mesmo.
O capítulo começa bastante calmo enquanto Emma e os seus companheiros seguem em direção á saída de emergência. Tal como nós, leitores, Ray e Yuugo, também se questionam sobre a chegada de surpresa do grupo de exterminação. Como terão conseguido evitar ao máximo as câmeras de segurança, mesmo que isso fosse impossível para alguém que não conheça bem o terreno e as localizações dessas mesmas câmeras.
Todavia este conhecimento prévio da localização das câmeras, por parte do inimigo, era apenas a ponta do iceberg. O inimigo tinha uma vantagem tremenda e, embora os nossos protagonistas esperassem um adversário bastante forte, seria inimaginável para qualquer um deles ter que encarar uma situação como esta.
Deixando tudo isso de lado, houve uma criança que teve demasiado destaque neste início de capítulo e o seu nome é Chris. Este personagem, como criança que ainda é, mostrou-se bastante alegre seguindo ao lado de Emma enquanto guiava o resto do grupo para a saída de emergência.
Para além de Chris, duas crianças que eu nunca tinha visto antes, (típico figurante descartável), voluntariaram-se para ir à frente e abrir a saida e foi ai que eu percebi que nada de bom poderia acontecer daqui para a frente.
Não posso dizer que não fiquei surpreso com a morte dos dois figurantes, porque com uma cena daquelas não dá para ficar indiferente, mas mesmo assim acho que o autor poderia optar por matar alguém mais relevante. Assim conseguia aumentar a tensão ao longo dos próximos capítulos, mostrando que qualquer personagem corre risco de vida, não só esses figurantes inúteis.
Contudo o facto de Chris ter sido alvejado já foi o suficiente para mexer com o meu coração. Mesmo que este personagem não seja assim tão relevante, Chris tem aparecido várias vezes ao longo da obra sendo também uma das crianças que escapou de Grace Field, por isso é normal que a morte dele signifique mais para o público.
Continuando com o resumo deste capítulo, Andrew, que aparece pela primeira vez diante dos nossos protagonistas, revela o que havia feito durante todo este tempo. Para além de conhecer o interior do esconderijo como a palma da sua mão, durante o último ano e nove meses conseguiu assassinar todos os apoiantes de Minerva algo incrivelmente mau para os nossos protagonistas. Porém, e apontando esta minha hipostese como o único caminho que consigo imaginar, eu suponho que ainda exista algum apoiante do Minerva e que este personagem será a última esperança de Emma e dos seus companheiros, visto que não vejo outra forma de escapar das “garras de Andrew“.
O capítulo termina com os protagonistas mais uma vez encorralado e sem qualquer rota de fuga, no entanto não acredito que este seja o final da história e que toda esta jornada que já conta com 105 capítulos termine por aqui.
Comentários:
Nesta zona de comentários eu gostava de me focar apenas numa coisa que eu achei por bem salientar neste capítulo e, como já me alonguei nos outro assuntos que pretendia comentar aqui, acho que poderei usar esta área para falar sobre a instabilidade emocional da Emma.
Ao longo da obra nós vemos um enorme contraste entre as personalidades dos três protagonistas Emma, Ray e Norman. Apesar de ambos serem bastante inteligentes e apresentarem uma capacidade física bastante boa, não deixam de ser crianças, o que pode até justificar o que eu irei criticar, mas mesmo assim é algo que me tem incomodado ao longo da obra e acho que este é o momento certo para falar sobre isto.
Todos nós, por mais inteligentes que sejamos acabamos sempre por agir de cabeça quente perante certas situações e estes três não são exceção. Mesmo assim o Norman e o Ray conseguem lidar muito melhor com este tipo de situações do que Emma.
A Emma sempre foi uma personagem mais imotiva, que quer salvar tudo e todos e isso acaba por atrapalhar um pouco o resto do grupo. Neste capítulo pudemos ver muito bem isso. Ao ver três dos seus companheiros á beira da morte ela não conseguiu conter as suas emoções e acabou por explodir, revelando informações preciosas para o inimigo.
Isto já aconteceu várias vezes ao longo da obra. Não digo que a Emma tenha revelado informações importantes ou que tenha prejudicado o grupo, mas já mostrou vários e vários momentos em que se descontrola emocionalmente e que se ela não conseguir evoluir e aprender a controlar esse lado mais imotivo dela, eu temo que isso irá prejudicar de uma forma irremediável os seus companheiros.
Só para terminar, EU NÃO ODEIO A EMMA! Apesar de gostar muito mais de personagens frios e calculistas como o Ray, (que é de longe o meu personagem favorito desta obra), a Emma não deixa de ser uma personagem simpática, que ainda não consegue pensar da mesma for que o Ray e o Norman quando se trata da sua família.
E ficamos por aqui… Até à proxima review!
Esse arco já começou com tudo.
nem da pra acreditar eu sei que não vai acabar aqui sempre há uma saída por mesmo difícil que seja se não faça você mesmo
Eu acho que esses defeitos da Emma torna o personagem mais humano e tangível. Não gostava dela no inicio, mas passei a apreciar as características da personagem. Ela está sempre sobre mais pressão pela empatia que ela tem pelos outros em conflito com o lado racional dela.
ela é igual há mim sem dúvidas
Eu percebo isso, mas mesmo assim ela ainda tem muito que evoluir para conseguir tomar as decisões certas nas horas…
Eu acabei por me alongar um pouco neste artigo, mas achei que deveria falar sobre certos assuntos que já deveriam ter sido falados à mais tempo e que acabaram por ser explorados nesta review. Mesmo assim espero que gostem..
“imotivo” é foda hein amigão.