O que estamos a ver – 05 de Novembro de 2023

De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

Misaki é uma personagem em Captain Tsubasa que sempre senti ser pouco valorizada. Isto porque foi uma parte do duo dinâmico de Nankatsu e do desenvolvimento do próprio Tsubasa, mas nunca foi creditada como tal. Acredito que sem Taro não existia o Tsubasa Oozora que conhecemos e adoramos. Felizmente senti que este episódio fez-lhe um pouco de justiça ao referir não que fez parte do duo de ouro como também como alguém quem merece fazer parte da seleção juvenil japonesa. Mas que será o misterioso jovem que enfrentou consigo a seleção da França. Do outro lado do campo Tsubasa revela ser o elemento chave para inspirar toda a sua equipa a começar a marcar contra uma equipa europeia.

Shangri-la Frontier (05) 

Sunraku é a conversa do momento em Shangri-la, não só pelo que conquistou como também pelo facto de viajar com uma mascote. Contudo, sinto que a série se está a tornar no que mais temia, ou seja, ou seja, um motivo para apelar à venda de diversos produtos. Shangri-La sabe que gradualmente se está a tornar bem popular e este episódio serviu para introduzir uma personagem que certamente vai vender muitos peluches e figuras. Mas nem tudo foi mau porque foi extremamente divertido presenciar a dinâmica de Sunraku e Emul na conquista de um monstros que supostamente não seria capaz de ser vencido.

Dr. Stone: New World (17)

Mesmo quase sem querer a realidade de Senkuu não se livra do pior e mais negro produto criado pela ciência, realmente é uma pena por porque sinto que o mundo de Senkuu poderia ter uma porta para se redimir. Contudo, pode existir uma pequena esperança porque durante um episódio de preparação para uma última batalha, assistimos e descobrimos que o reino da ciência desenvolveu uma camaradagem muito própria. Este efeito foi revelado através de vários personagens onde assistimos aos primórdios de 3 anos que mais pareceram séculos.

Jujutsu Kaisen -Segunda Temporada- (15)

Muitos rotularam de casamento vermelho, uma certa cena de Game of Thrones devido ao elevado número de mortes no local, pois bem, senti o mesmo com o episódio de Jujutsu Kaisen porque as mortes foram bem abundantes e extremamente gráficas. A obra realmente não poupou esforçou para este efeito, foram cabeças a voar, corpos desmembrados e incendiados e muitas outras formas de morrer. Só gostava que alguns acontecimentos não fossem tirados do ar, porque o “regresso” repentino de uma certa personagem retirou alguma credibilidade à narrativa.

Rurouni Kenshin (2023) (18) 

Já não existem dúvidas Rurouni Kenshin, vai mesmo adaptar a obra do controverso Nobuhiro Watsuki de fio a pavio, isto porque até mini histórias como a ressurreição dos falsos imperialistas vão ser adaptadas. Sanozuke é uma personagem simples no papel mas complexa devido ao seu conturbado passado e este arco vai servir para fazer essa ponte. Muitos podem achar desnecessário, mas quando a história se desenvolver para o seu maior arco (Kyoto) podem crer que estás pequenas mini histórias vão ter um valor maior e mais considerável no desenvolvimento das personagens. Também adorei como tivemos muita cultura e trivia na abertura deste episódio, conhecia a arte mas desconhecia o termo. Quanto aos nossos leitores acharem que devemos parar de dar o contributo a uma das séries da Shonen Jump mas ricas e interessantes no ponto de vista cultural, julgo que a obra em si e a produção não têm de acarretar com as polémicas e crimes do autor, condeno os crimes do autor certamente, mas respeito a sua obra e o trabalho da Linden Films até ao momento, por isso separo as águas independente de receitas geradas por Watsuki.

Goblin Slayer II- (05)

Um dos nossos leitores na semana passada disse algo que realmente senti neste episódio de Goblin Slayer, isto porque esta segunda temporada regrediu nos seus valores mais profundos e mais parece uma obra de fantasia genérica. Goblin Slayer foi um anime que ficou conhecido por ser extremamente gráfica e com um especial relevo pelo desenvolvimento o seu mundo. Esta temporada para já está a revelar-se como um espécie de slice of life para a party do Orcbolg. Compreendo que queira humanizar o implacável destruidor de Goblins, mas ao ponto de desestabilizar as suas raízes mais profundas julgo que não é necessário. Foram capazes de identificar as paisagens do nosso Portugal neste episodio?

Frieren: Journey’s End (09) 

“Quebrar as expectativas” este é o melhor termo para descrever este episódio, dado que devido aos anteriores arcos julgava que seria focado na Frieren e no final acabou por não ser o caso. Fern e Stark acabaram marcar o destaque e demonstrar o quanto aprenderam com os seus mestres. No entanto, senti um reverso ético entre humanos e demónios, a frieza de Stark e especialmente de Fern demonstrou que os humanos quando carecem de sentimentos são bem “crus” e que as criaturas das trevas quando se deixam levar pelas emoções são extremamente humanas. a dupla demónios foi verdadeiramente derrotada pela humanidade.

SPY x FAMILY II (05) 

For fim SPY x FAMILY recebe um ansiado e necessário arco de história. O passado e motivações de assassina de Yor sempre foram elementos que senti bastante artificiais porque além de pouco ou nada serem explicados também contrastam com a personalidade da amável mãe de Anya. Felizmente este arco para já destapou um pouco desse véu, ao questionar a sua “profissão”, revelar a sua organização e o líder, que estranhamente parece fazer com que Yor dance na palma da sua mão. Também mais uma vez Anya demonstra o quanto o seu poder de esper pode ser moldável e como um concurso pode ser uma fachada para extorquir dinheiro dos sonhadores.

Attack on Titan: The Final Season – The Final Chapters Part II

Poucas séries anime podem-se orgulhar dos feitos de Attack on Titan, isto porque durante sensivelmente uma década conseguiu o feito de conquistar uma demografia global e a sua produção criou a fundação de um os estúdios de animação mais célebres da atualidade. Outro efeito que Attack on Titan se pode orgulhar é como se tornou numa série do mais humano possível, porque não só explorou o negro de nós, como do belo também, enfim o que nos torna na espécie como todas essas características, quanto mais avançou mais estes condicionantes se agravaram e com este verdadeiro cair de pano este efeito ainda foi mais sentido. A derradeira luta da preservação da humanidade pode ser descrita como atual, porque evocou a Marleanos e Eldianos deixarem de lado as suas diferenças para prosperar, o resultado foi algo de muito belo, porque além de Attack on Titan, demonstrar uma filosofia de vida muito própria também muito inocentemente demonstrou que raças, edeologias e religião são indiferente quando o ser humano abraça o seu verdadeiro destino, a sua liberdade. Este foi um tema sempre patente desde o inicio da obra de Isayama, e julgo que neste último bloco de episódios explodiu quer em intensidade como de calma. Em síntese, Attack on Titan pode se orgulhar de ser uma série sempre atual, quer pelos intermináveis conflitos em Israel e na Ucrânia, como através de um simples abraço o ser humano encontrar o seu equilíbrio e esperança de sorrir. Enquanto a humanidade existir Attack on Titan vai ser uma história eternamente relembrada.