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    O que estamos a ver – 13 de Fevereiro de 2022

    De uma forma resumida falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Kimetsu no Yaiba – Entertainment District Arc

    Kimetsu no Yaiba essencialmente foi uma série que ao longo desta temporada superou-se a si mesma a cada semana. Se os anteriores episódios foram animados e polvilhados com uma arte e fotografia sem limites, o desta semana foi como um culminar de tudo. A batalha entre Demon Slayers e demónios parecia uma eventualidade para a casa demoníaca. Contudo, Tanjiro que partilha uma certa dualidade entre o casal de irmãos demónios, recorda-se do seu propósito e da sua missão, e mesmo entre espada e a parede não desiste. Este acontecimento foi como uma chama no coração dos seus companheiros que entre algumas das melhores coreografias de luta da série finalmente livra o mundo de mais uma dupla de demónios de elevado escalão. Os argumentos que trouxeram Usui, Zenitsu e Inosuke novamente à batalha, não foram inusitados, isto se estiveram atentos a pequenos detalhes indicados ao longo destas duas temporadas e do filme. Um dos quais foi a flexibilidade do cabeça de javali, dado que umas semanas atrás mais parecia uma minhoca em túneis. Já agora aquela marca no Tanjiro foi o indicador de uma espécie de Super Saiyan ou quê?

    Attack on Titan: The Final Season 

    Lembram-se do perturbante encerramento da segunda temporada de Attack on Titan? Pois, bem os seus acontecimentos estiveram sempre diante de nós, sendo finalmente explicados neste episódio. A jovem Ymir, viveu muito tempo atrás num regime monárquico como uma escrava. Esta foi a precursora dos titãs e como tal tornou-se numa ferramenta para um rei conquistar mais poder e alimentar ambições. Perante o apelo de Eren, esta devolve-lhe a vida, por partilhar a sua visão, fechar o ciclo, manifestar rebeldia, e oferecer a capacidade de despertar as muralhas onde centenas de Colossal Titans estiveram adormecidos durante milénios. Mesmo em registos de Attack on Titan este foi um dos episódios mais grotescos, onde muitas das vezes mais parecia estarmos a assistir a um de Vinland Saga. A narrativa crescente deste efeito borboleta em reverso, e acontecimentos que ligaram algumas peças deste “puzzle” finalmente encaixaram e produziram um dos mais intensos e importantes episódios de toda a obra. Creio que também assistimos ao momento mais fofo da História… literalmente.

    Sabikui Bisco

    Do “rumbling” passamos ao “rustling” visto que a irmã de Milo continua a deambular pelo mundo a interagir com os habitantes afetados pela doença. Enquanto a jovem ferrugenta conhece um casal de idosos com tendências sociopatas, Bisco é capturado por um bando de crianças órfãs no deserto. Foi interessante assistir a uma dualidade de realidades e ambientes vividos de perspetivas diferentes. Enquanto no campo da Nekoyanagi as cores e acontecimentos foram tingidos de negro, no lado de Bisco o céu foi azul, o sol raiou e as cores muito mais vibrantes. Em suma o ambiente de Nekoyanagi simbolizou a depressão, enquanto de Bisco a esperança.

    Hakozume – Kouban Joshi no Gyakushuu

    O cómico dominou a esquadra mais famosa desta temporada neste episódio. O Dia dos Namorados está virar da esquina, e para encontrar o amor as nossas “PSPzitas” são convidadas para um “Mixer”. Este é um meio muito popular para os japoneses conhecerem novas pessoas e desenvolverem futuras relações. Tudo parecia correr bem, mas depressa as nossas amigas descobrem que não são as únicas a perseguirem as suas felicidades. Na próxima história os duos policiais são separados e disputam uma prova para determinar quem chega antes a uma cena de crime na floresta. Será o que final do episódio foi a sério? Teremos na próxima semana um inserido em drama e mais próximo do inicial?

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    Atenção o seguinte espaço que se segue é da exclusiva recomendaçao do Senhor Dr./Eng.º: Eduardo Beja *música do direito de antena*
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    Call me Tonight

    Por recomendação do nosso leitor, Eduardo Beja tive o desprazer de voltar aos anos 80 com o alfa e ómega do universo anime, falo claro da ilustríssima obra Call me Tonight! Lembram-se daqueles anúncios que passavam nas madrugadas da SIC no início deste milénio, com mulheres em cima de motos, ou a fazerem uma merenda bem goustousa com muito pouca roupa e a incentivarem-nos para telefonarmos para um número que estranhamente ficava no ouvido? Pois, bem foi sobre essa temática que esta história de amor -e chamadas de valor acrescentado- se debruçou. O nosso herói sofre de uma condição bem peculiar, quando joga bilhar de bolso, começa a ver pássaros, luzes e indica que se transforma num monstro -sem metáforas! O que faz ao ter esta condição? Possivelmente procura um psiquiatra ou outro profissional de saúde não é? Bzztt errado! Procura uma acompanhante de luxo. É sabido que as mulheres gostam de emoções fortes no ato, mas ao ponto de namorar um tipo que se transforma num monstro cada vez que fica com o seu pipo a fumegar vapor, é no mínimo um pouco arriscado, mas vá lá a moça é que sabe. Este estranho namoro desperta atenções -e desejos- numa espécie de Cavaleira da Fénix que também quer montar outras coisas, e o nosso herói além de honrar o êxito do Iran Costa “é o Bicho” no melhor sentido da palavra, também teve se a ver com bazucas, explosões, espécies extraterrestres e um enredo que foi curiosamente equiparado aos filmes CGI de Resident Evil -esses acreditem são outro tipo de terror. Por incrível que pareça estes 30 minutos que gastei na minha existência não revelaram nada de muito gráfico, aconteceram claro, mas foram mantidos com algum sigilo. As situações por serem bizarras chegaram a ser cómicas, e aconteceu tanto em 30 minutos que no final chegámos à conclusão que não aconteceu nada. Call me Tonight, é no final do dia (ou da noite) um produto do seu tempo, histórias experimentais e desconexas, moças giras (80’s são o meu traço artístico favorito), uma banda-sonora (muito boa) com as saudosas batidas do K.I.T.T e outras obras, uma “reediçao” da Aerith e a sua cadeira em Final Fantasy VII Remake, e uma conclusão muito característica dos filmes de terror deste período onde descobrimos que o mal persiste de outra forma. Isto tudo é muito giro, mas vá Beja quero os meus 30 minutos de volta!

    Shaman King (2021)

    Yoh, revela que, na verdade, é um fã do Hyoga e também desenvolve uma nova “Oversoul” imitando o Cavaleiro do Cisne. Embora tenha conquistado a confiança e as atenções do seu antepassado no inferno, no mundo material os futuros detentores dos cinco grandes espíritos enfrentam novas investidas do Hao.

    Ousama Ranking

    Além de revelar o passado de Ouken e da sua maldição, este mede forças contra o pequeno rei que mais parece que treinou com o Beerus e dominou o ultra instinto.

    Sono Bisque Doll wa Koi wo Suru

    Com a devoção e simpatia de Gojo, era de prever que no coração da Marin brotasse a flor do amor. Contudo, o nosso casalinho não teve muito tempo a sós, visto que uma jovem surgiu na vida destes e exigiu um cosplay ao nosso artesão. Adorei como o anime da Juju foi ilustrado a ser um dos anos 90 e ter a arte característica da época. Como não bastasse teve o cuidado de ser apresentado em 4:3 e usar e alguns registos das “mahou shoujo” dessa era. Por último, mas certamente não menos importante tivemos um tutorial de como lavar perucas.

    Dragon Quest: The Adventure of Dai (2020)

    Maam e Albinass lutam pelo amor e pelos seus ideais. Entre muitas palavras de apreço a quem mais confiam, as duas tornam-se numas híbridas entre os Cavaleiros do Zodíaco (as referências a Saint Seiya estiveram em alta esta semana) e Sailor Moon, até mesmo alguns planos de transformação foram idênticos. À boa maneira de One-Punch Man, Hyunckel derrotou o peão do xadrez de Hadlar, e indica à sua amiga que está na altura de parar de pensar só nos outros e para viver a sua felicidade. Não sei porque carga de água esta semana alguns momentos estiveram em espécie de câmara lenta.

    Shenmue: The Animation 

    As pistas de Lan Di levam Ryo a um bar onde os marinheiros estrangeiros se reúnem depois de um dia de trabalho. Após muita pancadaria o nome de “Charlie” torna-se na sua próxima meta e o condutor para novas investigações. Certas coisas confesso que estou a gostar mais desta adaptação do que no próprio jogo. Algumas personagens como o colega do pai de Ryo está a receber mais protagonismo, o que também contribuiu para consequentemente melhorar as restantes e sublinhar a dualidade de critérios no Ryo. A Harasaki que no jogo teve um papel muito reduzido -embora seja uma personagem importante- também está a ter um protagonismo muito maior.

    A respeito de jogos além da análise que vão receber esta semana, terminei as chapters do Final Fantasy VII Remake Intergrade no modo mais dificil, e vou finalmente iniciar o “Episode Intermission” que como sabemos, é protagonizado pela dupla Yuffie e Sonon. Ao contrário do que já joguei, este será uma novidade por isso estou entusiasmado por começar.

    Ricardo M.

    Kimetsu no Yaiba – Entertainment District Arc

    Já por algum tempo que não me sentia tão entusiasmado por assistir a um anime. Kimetsu no Yaiba não só tem por habito deixar saudade como tornou-se das melhoras obras animadas japonesas deste século. Os confrontos foram numerosos, elétricos e representados por um grafismo sem limites na sua qualidade. Os dois últimos episódios, antes do final longo que está por vir, deu espaço para Tanjiro, Zenitsu e Inosuke suportarem as costas um dos outros na batalha, libertando por fim o distrito de entretenimento das duas maiores ameaças que vimos na série até hoje. O final por por alguma razão trouxe à memória imagens agridoces do episódio 10 de Kara no kyoukai ao som de “Snow Is Falling” da compositora Yuki Kajiura. O que será que nós aguarda no dia 13 de fevereiro?

    Felipe Soares

    Kimetsu no Yaiba – Entertainment District Arc

    Kimetsu no Yaiba pode ter seus defeitos como os clichês específicos de obras Shounen, mas é possível relevar um pouco destes defeitos em torno da série graças a produção muito bem executada em torno da animação, edição, fotografia e trilha sonora.

    Com direção de Haruo Sotozaki, o mesmo diretor do famoso episódio 19 da primeira temporada, este episódio elevou ainda mais o nível de produção da série (que já estava bem alto nos episódios anteriores). Achei que este episódio conseguiu ser superior até ao filme anime da série, uma proeza impressionante se tratando de um episódio exibido na tv/streaming.

    Além da animação, a edição e fotográfica do episódio foram outro ponto alto. A edição, casada com a fotografia, conseguiu ser desesperadora e épica nos momentos certos, com destaque principalmente no final com o gancho que ira ligar diretamente com episódio final (exibido no dia de lançamento deste artigo).

    My Dress-Up Darling

    Os episódios quatro e cinco de My Dress-Up Darling foram bastante divertidos ao mesmo tempo que mostrou o lado trabalhoso do Cosplay. Achei bem interessante a série mostrar Gojo trabalhando no Cosplay da Marin em momentos livre, não posso falar pelo lado dos cosmakers, mas isso me lembrou um pouco do que fazemos nas horas livre em relação a conteúdo a cultura pop. O momento da Marin no evento foi legal por mostrar algumas dificuldades que a cosplayer pode sofrer por causa da roupa e o ambiente do evento.

    Gosto como estes dois episódios são muito bons visualmente, porém fiquei um pouco incomodado com algumas das cenas ecchi. Não tenho problemas com cenas mais picantes, mas nestes episódios achei que ocorreram alguns exageros que acabaram fazendo com que a cena ficassem bem destoante do clima que a série possui.

    Kamen Rider Revice

    Dando continuidade na maratona de episódios na série comemorativa pelos 50 anos da franquia Kamen Rider, conclui o segundo grande arco da série e estou gostando muito até o momento. 

    As referências os Riders anteriores continuam nas novas formas, apesar que agora eu não consegui identificar alguns deles. O maior destaque nesse segundo arco é o surgimento da Kamen Rider Jeanne, uma Rider feminina que surge a partir de um plot muito bem construído em torno da personagem Sakura. Uma outra coisa que gostei é como algumas lutas pareciam bem próximas de anime, algo que acho bem interessante para uma série Tokusatsu.

    The Book of Boba Fett

    Apesar de ser focada em um dos mais famosos caçadores de recompensas do universo de Star Wars, The Book of Boba Fett acabou sendo uma série que ficou com um gosto bem amargo.

    Com um clima bem Faroeste, a série parecia prometer um Poderosos Chefão mas acabou entregando algo bem fraco e servindo mais para mostrar plots que serão desenvolvidos apenas em The Mandalorian e em outras produções da franquia. Mesmo com episódios mais fracos em seu início e no final, a série ainda conseguiu entregar dois episódios incríveis (justamente os episódios que não eram focados em Boba Fett).

    Star Trek: Discovery

    Se Star Wars vai para o lado fantástico do espaço, a franquia Star Trek vai para o lado da humanidade dentro da ficção científica. A quarta temporada de Star Trek: Discovery vai para esse lado humano e (nos quatro episódios que assisti) mostra um tipo de anomalia espacial que parece ser uma analogia para a pandemia e o momento atual em que a científica é de extrema importância.

    Acho bem interessante que a série mostra que temos que tentar seguir adiante, mantendo um diálogo lógico com pessoas de outras culturas e crenças e que a política possui o seu valor dentro deste diálogo. Ao mesmo tempo, a série se utiliza do famoso cenário Kobayashi Maru para discutir iniciativas em que existe necessidade de sacrifícios para uma resolução que possa beneficiar muitos.

    Helder Archer

    Kimetsu no Yaiba – Entertainment District Arc

    Episódio super emotivo e graficamente a Ufotable a mostrar quem manda.

    Ousama Ranking

    Começamos a compreender melhor o passado das personagens.

    Horizon: Forbidden West

    Muitas, muitas, muitas horas de Horizon: Forbidden West, a análise sai amanhã e o jogo dia 18 de fevereiro.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Eduardo Beja
    Eduardo Beja
    13 , Fevereiro , 2022 18:12

    Grande Bruno.
    Além de ser um homem de coragem, escreveu a melhor análise de ‘Call Me Tonight ‘ que a humanidade já viu…

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Reply to  Eduardo Beja
    13 , Fevereiro , 2022 18:33

    Foram 30 minutos que me pareceram uns 40!

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