Uma simples atualização sobre o capítulo 425 de Hunter X Hunter acabou por gerar uma onda de preocupação nas redes sociais. Yoshihiro Togashi, o criador do aclamado mangá, partilhou uma fotografia na sua conta oficial confirmando que tinha terminado o novo capítulo, mas foram os detalhes da imagem que chamaram a atenção dos fãs.
Os números escritos nas margens das páginas aparecem com traços visivelmente irregulares e trémulos, algo que não passou despercebido à comunidade. Dezenas de utilizadores expressaram imediatamente a sua inquietação nos comentários. “A mão dele está a tremer”, “Por favor, descanse, sensei” e “Parece que está a escrever com a mão não dominante” foram algumas das reações que rapidamente se multiplicaram.
No.425、人物ペン入れ完了。 pic.twitter.com/EW5V5UGYiU
— 冨樫義博 (@Un4v5s8bgsVk9Xp) November 9, 2025
A especulação ganhou força quando alguns seguidores levantaram a hipótese de Togashi estar a desenhar com a mão contrária devido às suas dores crónicas. O mangaká enfrenta problemas graves de coluna há mais de uma década, condições que têm afetado severamente a sua mobilidade e capacidade de trabalho. Outros fãs, mais otimistas, sugerem que possa tratar-se apenas de uma escrita apressada ou feita em circunstâncias pouco confortáveis.
O autor não emitiu qualquer declaração oficial sobre o seu estado de saúde atual, mantendo o silêncio que tem sido habitual ao longo dos anos. Apesar disso, a comunidade de Hunter x Hunter continua a enviar mensagens de apoio e agradecimento, plenamente consciente de que o mangá avança a um ritmo lento precisamente por questões médicas.
Publicado desde 1998, Hunter x Hunter acompanha Gon Freecss, um jovem determinado a tornar-se caçador para encontrar o seu pai. Mesmo com as suas prolongadas pausas, algumas que se estendem por anos, a obra mantém-se como uma das séries mais influentes do mangá moderno, reconhecida pela complexidade narrativa e pelo impacto cultural que gerou.
As interrupções frequentes na publicação tornaram-se quase parte da identidade da série. Os fãs habituaram-se a esperar meses, por vezes anos, por novos capítulos, sempre na esperança de que Togashi consiga recuperar o suficiente para continuar a contar a sua história. A cada nova atualização, a ansiedade mistura-se com o alívio de saber que o autor continua a trabalhar, ainda que com dificuldades evidentes.
Um comentário numa rede social resumiu o sentimento geral da comunidade: “Prefiro esperar anos por um novo capítulo do que perder o mestre”. É este equilíbrio delicado entre o desejo de ver a história continuar e a preocupação genuína com o bem-estar de Togashi que define a relação entre o autor e os seus leitores. Para muitos, a prioridade é clara, a saúde do criador está acima de qualquer calendário de publicação.
