Recentemente noticiámos que Makoto Kimura, que trabalhou em séries anime como Chainsaw Man, Attack on Titan e Jujutsu Kaisen, saiu do estúdio MAPPA para fundar a sua própria empresa e foi agora revelado que não foi por estar desagradado com o estúdio, mas sim para perseguir uma oportunidade de negócio que ele detetou e que será vital para o futuro da indústria anime.
Kimura criou a Blue Rights e num workshop organizado pela Cool Japan Fund Inc. ele revelou que a empresa vai ajudar no licenciamento e na comunicação dos estúdios diretamente com os distribuidores e ajudar na exploração do mercado.
Como os estúdios anime são na maioria contratados por comités de produção, o diretor chefe de animação de Jujutsu Kaisen 0 explicou como a incompetência negocial dos animadores também é um grande risco, prevendo mais falências de estúdios de anime num futuro próximo.
De certa forma, essas empresas são abençoadas por continuarem a receber solicitações e a enfrentar desafios criativos, mas, ao mesmo tempo, acho que é muito difícil libertarem-se das operações precárias com tal configuração. Se surgirem pandemias e outros problemas inesperados e as datas de exibição forem adiadas, estas empresas não serão capazes de produzir um produto acabado dentro do orçamento de produção atribuído. Este é um grande risco para estas empresas.
No modelo de negócio dos comités de produção se um anime for um sucesso, o estúdio de animação não vai ganhar mais por isso pois não obtém receitas de direitos de streaming, merchandise, bilheteira, eventos, etc… Kimura afirmou:
O MAPPA implementou diversas abordagens para mudar este ambiente e elaborou estratégias de crescimento. Uma abordagem era obter os direitos de um anime através de investimentos, e outra era produzir um anime popular. Uma terceira abordagem foi prosseguir projetos relacionados com anime popular (merchandising, eventos, etc.). Com Chainsaw Man, estávamos determinados em experimentar todas as três abordagens com um investimento de 100%. Criaríamos, entregaríamos e venderíamos produtos por conta própria. Vários problemas permaneceram, mas foi um sucesso financeiro e espero que possamos aplicar esse sucesso no próximo update.
Kimura explicou que transformou o departamento de copyright do estúdio MAPPA, permitindo que estúdio garantisse os direitos de streaming no ocidente para títulos como Oblivion Battery e o altamente lucrativo Jujutsu Kaisen – atualmente o anime mais popular do mundo e a série de TV mais procurada do mundo de qualquer meio ou género.
Kimura mostrou detalhadamente como garantir certos direitos para adaptações populares e, no caso de Chainsaw Man e Campfire Cooking in Another World with My Absurd Skill, possuir 100% dos direitos relacionados ao anime. Alguns estúdios contraem empréstimos maciços de bancos, como o Studio Pierrot, cujo presidente afirmou que em determinado momento os bancos poderiam confiscar parte da sua propriedade intelectual se não conseguissem pagar. Outros dependem de acordos de pré-venda, onde uma empresa de distribuição dará o dinheiro para a produção antes de a produção estar concluída e, em alguns casos, antes mesmo de começar a sério. Isso baseia-se no seu histórico anterior e no sucesso projetado da série. O MAPPA também dependia de financiamento-ponte, onde, em vez de um distribuidor, a empresa financiadora Cool Japan Fund interveio com base no sucesso anterior e projetado do MAPPA. Kimura acredita que com o impacto do Chainsaw Man, “a necessidade da JCF e outras formas de financiamento ponte aumentará no futuro”. A criação da sua empresa Blue Rights vai ajudar a resolver estes problemas.
Por isso que a Toei se da tão bem com qualquer tipo de animação seja 2d ou 3d ao conseguir qualquer tipo de animador diferente pra diferentes produções o dinheiro vai pra pra empresa mãe Toei company em si ate a Toei animation das produções animadas em questão por isso e importante garantir os direitos do anime sempre foram bem firmes em relação a isso Espero que seja questão de tempo ate outros estudios usarem o mesmo metodo.