Masao Maruyama, um dos fundadores dos estúdios Madhouse e MAPPA, numa recente entrevista à Agence France-Presse afirmou que o poderoso negócio de anime no Japão corre o risco de ser superado pela crescente concorrência chinesa porque uma inclinação para o comercialismo sufocou a criatividade.
Maruyama afirmou:
No Japão, as pessoas já não são treinadas em animação. A única razão pela qual a China ainda não alcançou o Japão é por causa de um monte de restrições impostas à liberdade de expressão lá. Se mais liberdade for libertada, o Japão será ultrapassado em pouco tempo.
Ele teme que o Japão esteja tão empenhado em criar géneros lucrativos, como aqueles protagonizados por personagens femininas “kawaii”, que o seu anime “não necessariamente ofusca” a Disney americana ou as produções artísticas da França em termos de criatividade.
Ele alertou que os sucessos ocasionais dessa abordagem prolífica distraíram o Japão de promover sistematicamente o talento da próxima geração, mesmo quando a China investe agressivamente em jovens animadores.
Maruyama ajudou a dar vida a centenas de animes nos seus quase 60 anos de carreira, incluindo a saga de boxe “Ashita no Joe“, o aclamado pela crítica “Ninja Scroll” e o premiado “In This Corner of the World“. Ele é conhecido por lidar com tudo, desde lançar projetos e arrecadar fundos até escolher animadores.
A sua estratégia era usar as suas credenciais para promover e garantir diretores que ele achava que mereciam atenção, comentou o investigador de história de animação Masahiro Haraguchi.
De Mamoru Hosoda (“The Girl Who Leapt Through Time”) a Satoshi Kon (“Perfect Blue”) e Sunao Katabuchi (“In This Corner of the World”), muitos dos principais diretores de anime do Japão viram as suas carreiras começarem após trabalhar sob Maruyama.
A entrevista surge na promoção da sua adaptação para série anime do mangá Pluto de Naoki Urasawa que vai estrear em 2023 na Netflix.
O anime de Pluto foi originalmente anunciado no Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy em junho de 2017 com animação pelo Studio M2 e direção pelo seu fundador Masao Maruyama, que também foi um dos fundadores dos estúdios Madhouse e MAPPA.
Maruyama já produziu adaptações para anime de outros mangás de Naoki Urasawa, foram eles Monster e Master Keaton na Madhouse.
Sinopse de Pluto
Num mundo ideal onde o homem e os robôs coexistem, alguém ou algo destruiu o poderoso robô suíço Mont Blanc. Num outro lugar, uma figura-chave num grupo de direitos de robôs é assassinado. Os dois incidentes parecem não estar relacionados… exceto por uma pista muito visível – os corpos de ambas as vítimas foram moldados num tipo de colagem bizarra completa com chifres improvisados colocados nas cabeças das vítimas. A Interpol atribui o detetive robô Gesicht para este caso mais estranho e complexo – e ele acaba por descobrir que ele também, como um dos sete grandes robôs do mundo, é um dos alvos.
Se e o fundador dos estúdios Madhouse e MAPPA, que ta dizendo quem somos nos pra dizer que não! boa sorte japão !
😂se tu dizes que eles disseram, quem sou eu para dizer o oposto?
Vou começar dizendo que não concordo ou apoio o que acontece com as pessoas na China não sou a favor do regime que eles vivem e com o que acontece no pais deles, mas o Japão deveria se preocupar em fazer o máximo de animes de qualidade possível sem e lógico escravizar os animadores, pagar um salário merecido pelo numero de horas e quantidade de trabalho deles, com uma boa remuneração o Japão teria muito mais animadores talentosos e não precisaria terceirizar a animação pra “bilibili” que esta acontecendo as montes nessa temporada, e uma vergonha dizer que outro vai pais superar eles se tiver mais liberdade pra fazer os conteúdos, eles tem que fazer melhor não “criticar” a concorrência, qualquer pais que produza animações de qualidade e melhor pro consumidor, eu vejo o que eu considero bom não só o que o Japão faz.
Ps: tem um donghua(anime chines) que se chama “Fog Hill of Five Elements” tem uma animação das lutas muito boa, recomendo a assistirem.
Ele tá certo