Sangatsu no Lion – Análise Anime

Muito bem, vou mencionar aqui os momentos mais emocionantes, marcantes e as importâncias desse anime para a vida real.

A autora soube transmitir perfeitamente a dor de perder alguém na morte, o começo de 3-Gatsu no Lion foca bastante nessa questão, tanto para Rei que perdeu sua família, quanto para as irmãs Kawamoto que perderam sua mãe e avó, isso não é nem um pouco fácil, algumas pessoas aguentam mais, mas ainda assim é impossível não se sentir mal.

Rei tem o apoio de vários personagens para se desenvolver, aprender a viver e avançar, para mim, os mais importantes, além das 3 irmãs em sua vida cotidiana, são Harunobu Nikaidou e Kai Shimada, no mundo do Shogi. Seu professor Takashi Hayashida e seu veterano Eisaku Noguchi na vida escolar. Claro que também existem aqueles que estão ali só para atrapalhar ou para lhe lembrar de momentos infelizes em sua vida, como sua irmã adotiva, Kyouko Kouda e seu veterano no Shogi, Masamune Gotou.

Nikaidou

Shimada

Takashi

Eisaku

Kyouko

Gotou

Do episódio 1 ao 11 nós ficamos naquele clima melancólico, vendo muito do que sua vida conturbada é no momento, ele está até indo mal no Shogi, o jogo que dita sua vida, a pressão de ter se tornado profissional tão jovem é um grande fator pra isso, ele joga muitas partidas nesse tempo, com várias pessoas diferentes para lhe ensinar, ou lhe fazer perceber algo. Uma das partes que eu mais gosto, é quando nos é mostrado tudo que aconteceu com Rei após a morte de sua família, a pergunta de seu pai adotivo no velório, o motivo de Rei ter entrado no mundo do Shogi, seus motivos de sair desse lar, são todos momentos muito marcantes. E é no final do episódio 11 que finalmente vemos, que seus sentimentos estão melhorando, ele se sente em um lar novamente, confortável, como todos deveriam ser, ou seja, um alívio começa, ele até consegue dormir tranquilamente e profundamente.

É então no episódio 12 que começa uma nova abertura, indicando que as coisas estão melhorando, eu amo essa abertura, é como uma injeção de ânimo, principalmente no final, mostrando que, mesmo você tendo perdido alguém importante na morte, você não deve esquece-la, mas deve seguir em frente por essa pessoa, pois é o que ela gostaria. Falando também do segundo encerramento que música linda, além de ser mais uma demonstração de como as coisas estão caminhando, mostrando um Rei solitário, mas que se esforça apesar de tudo, aparece até mesmo o Souya no início dela.

Nessa segunda metade da primeira temporada, somos apresentados aos personagens Shimada e Gotou, além de começar o arco do título Meijin, várias coisas são esclarecidas, a rivalidade que Nikaidou adquiriu com Rei, o aparecimento de alguém que Rei admira de verdade, o passado de Shimada e o porque ele querer o título Meijin. É aqui também que temos uma ajuda muito grande do professor de Rei, para que ele tenha mais relações na escola. Gosto de ver como Rei aceita sua amizade e rivalidade com Nikaidou nessa segunda metade, a cada episódio que passa, vemos o avanço de Rei de pouco em pouco, é incrível.

Eu gostaria de falar sobre tudo, mas vamos passar logo para a segunda temporada, a abertura dela deixam as coisas ainda mais claras, coloridas, Rei ultrapassa obstáculos para alcançar seus objetivos. O encerramento mostra mais uma vez um Rei solitário, mas notaram que a cada encerramento e a cada abertura nova, as coisas sempre vão ficando mais coloridas e brilhantes.

O primeiro episódio da segunda temporada me fez derramar algumas lágrimas, não que eu já não tivesse o feito, mas é aqui que eu pude sentir que Rei já não era um poço escuro de tristeza e solidão, eu fiquei muito emocionado de vê-lo feliz e aproveitando aquele momento caloroso, até mesmo ele se segura pra não chorar.

É aqui que começa o arco do bullying, é um arco agoniante, a maioria deve saber o quanto o bullying no Japão é mais pesado e mais difícil de ser resolvido, não apenas isso, por muitas vezes os professores nem mesmo tentam ajudar por medo, como mostra a professora de Hina. O problema só é mais complicado por lá, devido o alto orgulho dos pais do acusado que costumam afirmar ser uma calúnia seu filho(a) estar sendo acusado de praticar o bullying, não chegando a lugar nenhum. Mas como a própria Hina disse, ela não fez nada de errado, muito pelo contrário, ela fez o certo em defender sua amiga, aqui temos o maior desenvolvimento de Rei até então, pois com essa situação Rei se enxerga no passado, pois sofria bullying de seus amigos, por isso sempre foi solitário, e essas palavras são como uma salvação para ele, é então que ele decide dar tudo de si para avançar no Shogi pela Hina, que o tirou da dúvida que parecia interminável.

Esse arco é o mais longo até então, ele cobre dois acontecimentos, o lado da Hina sofrendo bullying e do Rei dando tudo de si para vencer o campeonato dos novatos, também temos todos os sentimentos de Nikaidou, que vive com uma doença crônica, por conta disso ele não consegue terminar uma de suas partidas, que o levaria a uma de suas maiores vontades, enfrentar o Rei por um título. Até mesmo Rei se emociona ao ver o registro de jogadas de Nikaidou.

No episódio 12 temos uma nova abertura, extremamente linda, tanto em animação quanto na música, nos mostrando vários dos momentos importantes que teremos dali a diante. O encerramento não fica atrás, mostrando mais uma vez um Rei sozinho, mas esse encerramento tem uma exceção para com os outros, nele temos aquelas que salvaram Rei de sua solidão, além daquela que se torna a sua razão de viver, a Hina, é muito bacana também, o cenário começar em preto e branco, e ir evoluindo com cores aos poucos, no final temos até mesmo um arco-iris.

É no episódio 12 que temos algo que me surpreendeu muito, de verdade, me deixou muito satisfeito, afinal, o professor substituto começa a colocar a mão na massa pra resolver esse problema do bullying, digo mais ainda, quantos animes apresentam bullying que acaba ficando por isso mesmo? Nada é resolvido… Não em 3-Gatsu, aqui nós temos uma solução com o passar dos episódios, o professor substituto da Hina é incrível. Também é incrível ver a situação que Akari se encontra, pra ela é muito difícil, mas ainda assim, ela consegue dar o apoio necessário para Hina, mais ainda, a determinação de Hina é inabalável.

Dando atenção ao episódio 13 é nele que tem um dos momentos que mais me fez chorar, meu deus, eu solucei, na carta de Chiho Sakura, a garota que Hina defendeu do bullying, um coração quebrado emocionalmente nunca é fácil de se recuperar. Gosto do que a professora de Chiho lhe ensinou, os 3 passos para fazer amigos, “Faça amizade com animais”, “com pessoas mais velhas que você”, “enfim, com pessoas da sua idade”. É um pensamento simplório, mas muito gentil. Interessante é notar que depois dessa carta, Hina tira um peso enorme de suas costas, ela também faz amizades na escola graças aos esforços de seu professor.

Eu demorei demais pra falar sobre ele, mas é o momento perfeito, pois é incrível, nem sei como me expressar ao certo, aquele que é o Meijin, o melhor jogador de Shogi, o gênio bizarro, Touji Souya. Em seu primeiro aparecimento já é nos passado sua superioridade, ele está em outra dimensão, é interessante analisar que seu estado atual talvez seria algo que Rei se tornaria caso não aparecessem pessoas que o ajudassem. O contato entre os dois vai além da mesa de Shogi, é quase nada, mas ao mesmo tempo é extraordinário, Souya não fala nada, mas sabe tudo que tem que fazer com as situações em que foi jogado.

Temos um título para ser disputado entre Shimada e Yanagihara, o peso de sua determinação é incrível e triste, eu queria muito que o Shimada vencesse, pois eu gosto muito dele, mas ao final da partida eu já não sabia para quem torcer, algo bem estranho de se sentir.

Faltando 4 episódios para o fim da temporada, o assunto do bullying é terminado, resolvido de maneira satisfatória, lembrando que, o ministério da educação do Japão junto da autora de 3-Gatsu no Lion, se uniram para conscientizar as pessoas sobre o bullying no Japão, colocando posteres na escola, de Hina estendendo a mão para Rei. É muito satisfatório ver Hina se divertindo com Rei e o pessoal da escola dele, isso motiva ela a entrar nessa mesma escola. Algo que ajudou não apenas Hina, mas eu também, foi a dica que Rei deu a ela enquanto estudava matemática, “matemática é algo que só aprendemos fazendo exercícios” ou seja, pratique até cansar. Felizmente Hina passa na prova.

Chegamos em outro trecho que me emocionou bastante, Rei e sua família adotiva. Após vários acontecimentos que o fizeram crescer, a mudança ao encontrar seu pai é totalmente diferente da que vemos no primeiro episódio da primeira temporada. Não só isso, podemos ver até mesmo os sentimentos da mãe, oque ela pensa sobre tudo que aconteceu, família complicada essa. E no final, é nos apresentado um pouco do distrito de 3-Gatsu, estou falando do bairro em que moram as irmãs, um lugar cheio de vida e pacato. Além do corte de cabelo novo de Hina após o encerramento e o começo de sua vida no colegial. Os últimos segundos só me fizeram querer mais, meu deus como eu quero uma terceira temporada, a esperança é a última que morre.

Desculpe se pareceu raso e corrido pra vocês, eu queria ter falado de muitos outros personagens, mas é realmente difícil escrever sobre uma obra tão complexa, eu quase não falei de momentos engraçados, acreditem eu gostaria, mas seria muita coisa mesmo… Se eu me atentasse a cada mínimo detalhe esse post seria maior que a linha do equador. Deixem aqui o que acharam da obra, seus desejos para uma terceira temporada. Caso surja interesse, o capítulo seguinte do mangá para continuar a história é o 90, infelizmente só temos traduzido em inglês, se você souber inglês vale a pena.