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    Veterano do Studio Ghibli diz que os animadores são fracos na negociação e não têm a força de personalidade da geração anterior

    O veterano do Studio Ghibli, Shigeo Akahori, dá algumas soluções para os problemas da indústria anime

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    Shigeo Akahori, um veterano do famoso Studio Ghibli, numa recente entrevista ao Gamebiz falou sobre os muitos problemas da indústria anime e deixou algumas soluções.

    Com mais de 40 anos de experiência e tendo trabalhado em animes como The Tale of the Princess Kaguya, Fullmetal Alchemist: The Sacred Star of Milos, The Secret World of Arrietty, Monster e Paranoia Agent, o animador afirmou que os animadores mais novos são mornos, mais fracos na negociação e não têm a força de personalidade da geração anterior. Os altos escalões precisam de negociar com os que estão na base e permitir que os funcionários colham os frutos dos direitos autorais e do licenciamento.

    Akahori falou que nos tempos iniciais da indústria anime criadores talentosos “foram capazes de usar livremente a sua engenhosidade, resultando em muitas obras-primas e, vendo isso, pessoas ainda mais talentosas entraram para a indústria de anime“. Porém, hoje em dia, “é importante que os originais do mangá sejam fiéis à obra original, por isso são necessárias pessoas que sejam mais artesãos do que criadores”.

    Para resolver os problemas que isso causa, Akahori pede animações mais curtas e que o governo pressione por meios que conectem os fãs aos bastidores da produção de anime.

    Animações mais curtas podem ajudar a salvar a indústria anime

    Apesar de ser polémico pedir projetos animados mais curtos, Shigeo Akahori afirma que exibi-los em conjunto com as temporadas padrão de 30 minutos e 12 episódios seria eficaz. Isso “atrairia amadores e animadores que tinham ideias, mas não tinham onde colocá-las em prática”.

    Embora a sugestão de Akahori espere atender às demandas da indústria anime produzindo obras de maior qualidade, outros sugeriram aumentar a quantidade através de ‘animes mais leves’ mais baratos de serem produzidos.

    Akahori mais tarde na entrevista faz referência à importância de animes mais curtos ao elogiar o cineasta  (your name., Tenki no Ko, Suzume) como uma figura necessária para superar os problemas da indústria anime. Shinkai fez uso frequente de curtas-metragens de animação antes de se estabelecer como líder global em longas-metragens. Akahori diz que isso proporcionaria um ponto de entrada crucial, permitindo o surgimento de mestres em seu ofício.

    O CEO da Aniplex e produtor de Demon Slayer, Atsuhiro Iwakami, recentemente compartilhou sentimentos semelhantes com Akahori em relação a criadores talentosos. Nos seus extensos comentários, ele acrescentou que a forma como as coisas são criadas no Japão dependem em grande parte de um único génio. Em muitos sentidos, a produção de anime tem sido caracterizada por histórias de uma força singular da natureza, como Hayao Miyazaki, Hideaki Anno ou Yoshiyuki Tomino. Iwakami diz que a indústria precisa levar em conta a questão dos modelos estrangeiros, onde a produção é mais “lógica e organizada”, mas muitas vezes falhou no Japão.

    SourceGamebiz
    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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    Kuya
    Kuya
    4 , Fevereiro , 2024 18:47

    Midia do ocidente e uma bagunça não sei onde logica e organização se encaixam no argumento do akahori mais que se for questão de produção mais barata não faz sentido anime ganha mais do que custa pra produzir não tem por que os estudios não focarem em contratar animadores talentosos nesse caso e melhor so acompanhar anime dos melhores estudios da industria nesse caso toei animation e ufotable.

    Last edited 2 meses atrás by Kuya
    TKBettas
    TKBettas
    Reply to  Kuya
    5 , Fevereiro , 2024 4:17

    Vírgula. Ela existe e deve ser utilizada.
    Em relação ao Artigo, acredito que ao citar a “organização Ocidental”, Akahori está se referindo ao modelo com foco em resultados e descentralizado, sem depender de uma única mente, de um único foco. Porém, mesmo no Ocidente, temos vários exemplos contrários, como Steve Jobs. Então, no final, não há uma fórmula mágica para que as coisas funcionem como deveriam. Porém, acredito que programas para incentivar novos animadores, conforme dito, com curtas metragens, seriam um bom começo.

    Last edited 2 meses atrás by TKBettas
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