Após a recente notícia em que foi revelado que Vampyr, da Dontnod Entertainment, terá uma série, sinto a necessidade de fazer uma breve análise ao jogo, que merecidamente recebe esta adaptação.

Em Vampyr tomamos o papel de Jonathan Reid, um veterano da Grande Guerra que regressa a Londres, quanto é transformado numa criatura, que até este ponto, acreditava ser apenas um mito.

É um jogo com pequenas mecânicas de RPG, e um combate pouco profundo com controlos bastante básicos, o que faz com que seja fácil de se perceber qual será a direção que irá tomar no que toca ao gameplay, e a progressão das habilidades do personagem. Sendo um jogo prático, ainda assim possui dificuldades ao longo do percurso da história, isto porque durante a campanha, enfrentamos pequenas escolhas que no final acabam por dar forma, obtendo resultados diferentes. Jonathan Reid é ainda um médico especialista em transfusão de sangue, e esta é uma das ironias da história, porque além de ser motivado curar e cuidar das pessoas, precisa ainda do seu sangue para obter poder.

A história passa-se logo após a Grande Guerra, tomando um aspeto muito de época, e sendo que é uma criatura da noite, possui bastante relevância no escuro e negro com pequenos tons de vermelho, realçando a sua necessidade de sangue. Sendo ainda um jogo de produção média, os gráficos não são necessariamente o mais atraente, mas o estilo de arte definitivamente cria o ar e ambiente que precisa.

Como consequência do tamanho da produção e talvez da ambição demasiado alta, Vampyr possui bugs e glitches que nunca pensaríamos encontrar num jogo deste calibre. Estes bugs podem definitivamente tirar da emersão do jogo, e para alguns até mesmo desistir por completo, os loadings inesperados, e os erros na aplicação foram alguns dos que encontrei, de forma que incomoda até mesmo o jogador mais paciente. Contudo, estes são erros que podem ser corrigidos com o tempo, como tem ocorrido, mas sabe sempre mal para quem investiu no jogo no primeiro dia.

Ainda assim, isto não me fez abandonar a fantástica história de Jonathan Reid, com ramos de diálogo, e segredos que acompanham todas as personagens bastante distintas, que vamos a conhecer. 

O jogo oferece um tom de áudio muito característico ao ambiente do jogo, com um ritmo talvez mórbido, e que acompanha a narração e combate.  

Em conclusão, Vampyr é um jogo que sofre por ter uma ambição demasiado alta, mas não deixa de entregar uma experiência interessante com bastante relevo na história, nas escolhas e consequências das ações do jogador, com um gameplay pouco profundo mas intuitivo.

Vampyr está disponível para PS4, Xbox One, e PC.

 

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