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    O que estamos a ver – 09 de Outubro de 2022

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Mob Psycho III (01)

    Mob e Reigen regressam para uma temporada de mirabolantes novas aventuras e muita loucura. Com base na premissa deste primeiro episódio, julgo que este bloco será baseado no crescimento do Shigeo, o passar de testemunho do Reigen e a misteriosa árvore couve-flor que imergiu na cidade. Mob sente-se muito incerto sobre o seu futuro. Mesmo estando a terminar os estudos não sabe que via seguir. Neste mar de incerteza decide se reunir diante do seu mentor para receber conselhos. Contudo, ao chegar depara-se com um novo e estranho exorcismo para lidar.

    Mobile Suit Gundam: The Witch From Mercury (01)

    Embora o primeiro episódio revele uma premissa diferente do seu prólogo, alguns elementos foram transitados para o mesmo. Para já esta série tem como foco uma sociedade regida pelas conquistas de cada. A criança de quatro anos que assistimos no prólogo cresceu, tornou-se numa adolescente e ingressou numa academia militar longe do seu planeta natal, Mercúrio. Porém, como cresceu numa sociedade muito diferente da sua, desenvolveu uma enorme timidez. Ao defender uma das suas colegas num duelo mecha acaba por se tornar no seu marido por vencer o anterior noivo da sua mulher num duelo. É notório o ambiente yuri nesta nova série. Além de apresentar imensos elementos neste género também foi escrita por Ichirou Ookouchi, o criador de Revolucionary Girl Utena. Aliás o primeiro episódio apresentou uma série de paralelismos com a sua obra original, dado que a heroína também salvou um “noivo” de uma relação abusiva. Outro elemento muito interessante que sobressaiu, foi o capitalismo e como somos literalmente engrenagens numa máquina sócio capital. Quando as nossas rodas ficam gastas são cruelmente deitadas para o lixo e repostas por outras novas. Claro que para a maioria o maior registo deste episódio -e esperamos que consequente série- foi a sua direção artística e arte. Não me lembro de ter assistido a uma série mecha tão requintada neste quesitos. Embora animação seja num pseudo CGI, os filtros 2D atribuem uma frescura sem paralelo, a cena de batalha com os Funels foi um regalo para os olhos. Para já tudo aponta que Gundam voltou para novamente se destacar dentro e fora do seu género e sem ficar preso à gravidade do complexo Universal Century.

    Depois da Bright Slap eis que surge a Butt Slap

    Akiba Maid Sensou (01)

    Em todas as temporadas é comum assistirmos a uma série de que destaca das anteriores, não devido à sua notoriedade, mas sim pela ausência desta. Tudo aponta que Akiba Maid Sensou seja a surpresa desta temporada. A premissa é do mais mirabolante, mesmo que estejamos a falar do panorama anime. Nesta realidade, a dobrada do milenio passado foi dominado por dezenas de Maid Restaurants em Akihabra no Japão. Wahira Nagomi é uma vibrante jovem que sonha em trabalhar num destes restaurantes e viaja até Akihabara para esse efeito. Após várias tentativas consegue trabalho num apelidado Ton Tokoton, que tem com elemento principal orelhas de porco. No entanto, o que encontra é algo bem mais sinistro e estranho do que poderia imaginar. Cada café é regido por uma gangue e todos estão em disputas uns contra os outros. Parece que Lycoris Recoil abrir as portas de meninas fofinhas empunhando pistolas. Tal como a Licoreco, Akiba Maid Sensou divide a sua narrativa com muita ternura e grandes doses de violência. Contudo a produção da PA Works (dotada de uma arte e animações espetaculares) enveredou pela violência pura e dura, polvilhada com algumas doses de comédia irónica, dado que num das cenas apresentou uma das maid a dizimar um grupo de inimigas ao som de uma cantiga fofinha. Akiba Maid Sensou apresenta um sem fim de paralelismos com Lycoris Recoil, porém, também se sente como um produto bem diferente, realmente é bem difícil o rotular nesta fase. Se fosse para o caracterizar diria que está muito próximo de ovas do final e início deste milénio. Uma coisa será certa vai dar que falar e quem sabe agradar ao Tio Kojima.

    Devil Maid Cry

    Dragon Quest: The Adventure of Dai (2020) (98)

    É notório o sprint final para a grande aventura do rapazinho que apenas desejava se tornar num herói. Antes do duelo final entre este e Vearn, o Rei Demónio reconhece contesta os esforços da humanidade. Se os humanos são tão fortes de espírito, porque perdem tempo, já que apenas ganham tempo até as suas inevitáveis mortes? Quando todos pensavam -até os espetadores- que Vearn também seria banhado pela humanidade de Dai e Popp, eis que finalmente os reconhece como ameaças. Entre a espada e a parede Dai também reconhece a sua herança e mesmo ciente que pode não regressar a ser pessoa de antigamente decide se tornar no maior e mais valoroso Dragon Knight, ao unir as duas Dragon Crests na sua testa para soltar poderes ainda mais fortes que os do seu pai.

    Mairimashita! Iruma-kun -Terceira Temporada- (01)

    Iruma, o único humano que vive no inferno, está de regresso com todos os seus amigos demónios em novas e divertidas aventuras. Após os eventos do Walter Park, a turma do barulho é vista como heróis na escola. Porém este efeito não agrada ao seu desprezível professor. Para os retirar da prestigiada sala de aula obtida na segunda temporada, este propõe-lhes uma nova prova. Iruma e os restantes membros da turma devem aumentar o seu rank ou são despojados da mesma. Para tal são divididos em grupos de dois em que cada vai ser chefiado por um prestigiado líder da academia. Iruma e um dos seus amigos são introduzidos a uma poderosa, mas caprichosa demónio. Se a abertura não for publicidade enganosa, prevejo uma terceira temporada com uma destaque lutas e ação. Impressão minha ou os seiyuu mudaram?

    Shinobi no Ittoki (01)

    Realmente não sei o que pensar daqui. Enquanto uma premissa de ninjas muito característica de animes dos anos ’90 achei interessante, a unidimensionalidade das personagens foi tremenda. Ittoki, a personagem principal, é um jovem do mais denso possível. As suas motivações foram de tal forma vazias que acabaram por gradualmente perder o interesse do episódio enquanto progredia. As motivações das restantes personagens também não foram as melhores, e contribuíram para manchar ainda mais uma pintura já bem borrada.

    Rolling around at the speed of sound, got places to go, gotta follow my rainbow…

    SPY x FAMILY (14)

    O que previa gradualmente vem ao de cima nesta temporada. Enquanto SPY x FAMILY dedicou bastante tempo a interiorizar e desenvolver personagens, a segunda pega no que amealhou ao apresentar eventos mais contínuos e menos episódicos. Anya pela primeira vez saltou para a realidade. A criança se interioriza que histórias do Spy Man, são apenas ficção e que a vida no real não é assim tão fácil. Contudo, foi interessante assistir ao seu misto de inocência e conhecimentos que adquiriu da série ao tentar avisar o seu pai que se abrisse a porta do esconderijo dos traficantes a torre do relógio explodiria levando a vida do seu adorado pai no processo. Este seria um registo fácil para uma menina de 5 anos telepata, no entanto, como este descobriria que a filha era uma criança dotada de poderes não só poderia a abandonar como a sua missão e a paz do mundo ficaria abalada. Num ponto filosófico, Anya demonstrou-nos que existe sempre uma terceira via se a decidirmos procurar. Outro registo muito interessante deste episódio foi como a misteriosa “Handler” citou por frases uma vida conturbada. Com base nas mesmas, esta mulher cresceu e viveu no meio de guerras. A ação também foi pura e dura, um registo já bem característico nesta genial série. Entre uma intensa perseguição de carro, e momentos de grande tensão, a animação e arte estiveram à altura, aliás continuo a achar este arranque de cour ainda mais qualitativo. Mesmo com doses menores de comédia, a mesma não foi esquecida, se bem que foi polvilhada com uma Yor mais consciente do seu papel de mãe e uma Anya que teve imensas dificuldades para saber ver as horas num relógio.

    Pop Team Epic 2 (02)

    O destaque da semana em Pop Team Epic 2 foi um mini episódio de uma paródia mecha. Os seus eventos já se faziam sentir desde o final da primeira temporada, já que esta dupla de bocas sujas meteu-se em apuros com um processo em tribunal por colocar canções com direitos de autor no seu anime. Para metaforizar a situação transformou a King Records num vilão mecha genérico e sentou a Pipimi e a Popuko também noutro. Os grandes elementos deste mini episódio foram as suas animações e nuances deste género. Além da arte ser extremamente cuidada também teve uma direção artística muito própria dos anos 90 onde assistimos a praticamente todos os clichés do mecha clássico. Grandes olhos, caras esborrachadas e brincos enormes fez-nos mesmo desejar uma série nestes recortes e elementos. Quanto a seiyuu convidados penso que um foi a Romi Park.

    Será que só eu que vejo aqui uma Cherry de Saber Marionette J?

    Uzaki-chan wa Asobitai! W (02)

    O desporto foi o mote desta semana nas brincadeiras da Uzaki. Além da nossa pestinha voluptuosa os seus tempos de natação na escola, também participa numa partida de futebol e no final para recuperar energias come Udon. Gradualmente sinto que a série perde a sua identidade e a transformar-se numa vulgar romcom.

    Helder Archer

    Cyberpunk: Edgerunners

    Um dos animes que mais gostei de assistir este ano. Mistura uma história interessante acompanhada de visuais pelo estúdio Trigger a condizer.

    Tivemos alguns momentos bem memoráveis e a série vem provar a popularidade e o poder do anime em todo o Mundo.

    Ricardo M.

    Star Wars: Andor (Episódio 3 e 4)

    No terceiro episódio tivemos o “recrutamento” de Andor para o lado da resistência, inclusive foi-nos introduzido o primeiro grande momento de ação que demonstra que nesta série é colocada apenas nos momentos certos. Contudo, no episódio quatro fomos transportados para Aldhani onde o protagonista, acompanhado de Rael, é apresentado a novos personagens que fazem parte da resistência, integrando também órgãos do império, Dedra Meero representada por Denise Gough. Podemos ainda experienciar um vislumbre da fascinante capital da galáxia, que de certo modo me fez lembrar a comissão europeia, introduzindo assim a vertente mais política de Star Wars. Continuo a não deixar de estar surpreendido com a qualidade visual, gostando particularmente da ambientação de cada planeta.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    josenilson vinicius
    josenilson vinicius
    10 , Outubro , 2022 4:24

    Bruno, a dupla feminina do episódio de pop team epic foi a Park Romi e Kugimiya Eri, justamente o Alphonse e Edward de Full metal

    Samuel Silva
    Samuel Silva
    10 , Outubro , 2022 8:56

    Dos animes novos da nova temporada gostei dos primeiros episódios de Bocchi The rock, Blue Lock e The crazy human university, este último tem uma premissa muito interessante e é preciso olhar para lá da animação muito limitada. Praticamente perdi o interesse em Housing Complex C com o primeiro episódio. SpyxFamily, Golden Kamuy e Mob a manter o nível e expectativas das temporadas anteriores e MHA promete muito.

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