O que estamos a ver – 18 de Fevereiro de 2024

De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

Sinto que quando Yoichi Takahashi escreveu este arco de Captain Tsubasa que tentou redimir as pontas soltas deixadas pelas personagens (semi) principais que ficaram esquecidas devido ao desproporcional protagonismo dos maiores elementos de cada equipa, nomeadamente Tsubasa e Hyuga. Misaki Taro é uma das personagens e encaixa-se nesta afirmação, realmente acredito que este arco está a ser o mais importante para o seu desenvolvimento. Embora, o preparar de palco para o filho do pintor tenha sido o ponto mais predominante da seleção do Japão, o foco do episódio foi intimidante Karl Heinz contra o ferveroso Uruguaio, Victorino. Claro que o jovem alemão recebeu destaque para colocar medo e inquietação no coração da jovem seleção japonesa. Mas a sério pensava que só Eusébio era o único Pantera Negra, afinal existe outro.

Shangri-La Frontier (18)

A luta contra Wethermon continua com todas as partes a receberem o seu devido protagonismo entre incríveis cenas de ação repletas dotadas de uma profundidade e animação espetacular, com uma coreografia de combate bem interessante, interpolada com táticas. Este na verdade é um elemento que distingue esta série dos inúmeros isekais onde os protagonistas são ridiculamente poderosos. Em Shangri-La Frontier as personagens só são poderosas devido ao desenvolvimento de táticas e conhecimento prévio dos combates. Vou mais longe e afirmo que Shangri-La Frontier apresenta a personagem principal “pior” mas mais divertida, porque usa a sua fraqueza como principal vantagem, ou seja reduzir HP a mínimos para recorrer a uma técnica, aliás forma robótica e padronizada de ataques do Wethermon solidifica ainda mais o elemento gaming na série. Todos estes elementos são sem dúvida uma lufada de ar fresco num género habitado por personagens unidimensionais que apenas são poderosas em prol de um enredo envolto em harém e fanservice. Na verdade, Shangri-La Frontier pega em todos os clichês que conhecemos e atira-os pela janela, aqui só mesmo o jogo importa não existem mortes no mundo real apenas jogadores a quererem dar o melhor de si mesmos. Contudo, não só capaz de ficar indiferente a acreditar que quem se esconde por detrás do samurai cibernético tem a chave para modificar o mundo do jogo divino para todo o sempre, isto claro se for um simples jogo.

Urusei Yatsura (2022) (29)

Esta versão moderna de Urusei Yatsura também apresenta capítulos do mangá que não foram adaptados na versão do Studio Pierrot/Deen de 1981/1986. O Kotatsu do Kotatsu Neko foi um destes e foi resgatado nesta modernização produzida pela David Production. O gato gigante na série clássica surgiu abruptamente junto de um Kotatsu e pouco ou nada sabíamos da origem do seu objeto favorito, felizmente este episódio serviu para demonstrar não só as suas origens como também as suas motivações… e que a mansão do Shutaro parece mesmo viajar num armário de Narnia. Contudo, o ponto mais alto deste episódio, a meu ver, é foi na segunda mini história quando onde a Lum se transforma numa vaca porque levou uma dentada do animal na sua mão. Nestes 10 minutos constamos que a tempestuosa relação da Lum com o Ataru atinge patamares mais altos e descobrimos que a sensual Lum é muitíssimo importante para o rapaz, isto porque ao presenciar a sua mulher a chorar não olha a meios para a confortar e os seus sentimentos momentaneamente falam mais altos do que as suas ações através de um momento belo à chuva pelo jovem casal. Este foi um episódio muito importante para estabelecer um pilar no episódio onde Lum é raptada.

Delicious in Dungeon (07)

Desde o episódio com os Golems senti que o Senshi é muito mais do que um cozinheiro guerreiro. O anão não pensa só em si enquanto “humano” e vê toda a nutrição como um ciclo natural. Este episódio foi extremamente importante para estabelecer regras e leis quer para os aventureiros como para os monstros, ambos devem devem coexistir como raças para garantir a sobrevivência de um ecossistema. Foi realmente incrível como este episódio retratou o ciclo da vida através da nutrição de uma cadeia alimentar robustamente inserida no contexto da série. Começo mesmo a acreditar que o Laios ou é um monstro ou um chinês porque come qualquer coisa que se mexa sem se importar com doenças ou até morrer. Ah e a Marcille apareceu de calças, para evitar choradeiras, e explicou porque está sempre a mudar de penteado.