Ide embora, vós com pouca fé! Apenas aqueles prontos a enfrentar a verdade do nosso salvador, o Cordeiro, devem permanecer! 

Pois ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo! Ou… que o devolve. Depende das vossas escolhas, mesmo. 

Cult of the Lamb é um jogo de 2022 desenvolvido pela Massive Monster e publicado pela Devolver Digital, do qual estamos agora a fazer a análise no âmbito do lançamento do seu próximo update, Sins of the Flesh, dia 16 de Janeiro. Neste jogo, o jogador encarna o papel do Cordeiro, prestes a ser sacrificado pelos seguidores da Fé Antiga. No entanto, é salvo por um deus sinistro que lhe promete vida eterna, desde que o Cordeiro siga as suas ordens de criar um culto em seu nome… 

Mas o que é na verdade é um buraco negro para as horas da vossa vida. Verdadeiramente um daqueles jogos de “Oops, são duas da manhã!” 

E como é óbvio, tem um mini-jogo de pesca

O ciclo do jogo, tal como em muitos roguelites, é enganadoramente simples. O Cordeiro tem de lutar através das terras controladas pela Fé Antiga, e ao fazê-lo, traz novos seguidores para o seu culto, arranja novos diagramas para construir decorações, materiais e comida, e os ossos dos seus inimigos. De volta à base do culto, pode construir edifícios para desenvolver a sua fé, edifícios e decorações para melhorar a vida dos seus seguidores, ou dar sermões e executar rituais, assim como escolher doutrinas para serem seguidas. 

Os seguidores têm fome, podem ficar doentes ou cansados, envelhecem e morrem, e é o papel do Cordeiro que os lidera de tratar de tudo isto… a bem, ou a mal. 

Podes decidir realizar funerais para os teus seguidores, de maneira a suavizar o golpe das suas mortes, ou podes decidir que os sacrifícios são a Melhor Cena de Sempre, e em vez dos teus seguidores ficarem assustados, celebram a morte de um deles. 

Podes decidir ter um ritual em que fazem jejum durante três dias, e ninguém fica com fome, ou exactamente o contrário, e ter um ritual onde comem um enorme banquete que enche a barriga a todos. 

E com o novo update, Sins of the Flesh, a sair dia 16 de Janeiro, vais poder até ter rituais de acasalamento e bares para os teus seguidores apanharem a tosga. 

E armas de fogo. Também vai ter armas de fogo. 

Nada como a boa velha pólvora para lidar com os infiéis

O jogo é extremamente divertido, com um ciclo de jogo viciante, em que após voltar de uma cruzada (as partes do jogo em que vais explorar o mundo e lutar), gastas os recursos acumulados ao longo da viagem, e queres logo voltar à carga, até porque os teus seguidores podem-te pedir favores, que tu como Grande Líder quererás obviamente cumprir. 

É também estranhamente fofo e confortável de jogar. A morte não tem grande peso, pelo que nunca te sentes muito triste quando uma cruzada te corre mal, e não há qualquer penalização por escolher uma dificuldade mais baixa, nem por pausar o tempo no culto enquanto se parte numa cruzada. No entanto, é ainda um jogo que requer a atenção do jogador, não sendo o tipo de jogo que é possível jogar enquanto se está a fazer outra coisa, pelo menos para mim. 

Os gráficos, com o seu estilo adorável, estão num meio-termo perfeito entre o fofinho e o assustador, e a perspectiva isométrica é discreta e não prejudica o combate. 

Falando de combate, existem vários tipos diferentes de armas que o nosso Cordeiro pode utilizar, como espadas, machados, garras ou punhais. E armas de fogo, em breve. Não nos esqueçamos das armas de fogo. Todas estas armas têm formas diferentes de atacar com alcances e ritmos de ataque diferentes. As armas disponíveis também vão aumentando de nível à medida que se vai jogando, fazendo mais dano, e podem também ter características especiais, como aplicar veneno ou curar o Cordeiro quando um inimigo morre. 

Eu, a levar dano porque tentar tirar fotos e lutar ao mesmo tempo não é a situação ideal lol

Temos também as maldições que o Cordeiro pode utilizar, ataques especiais que requerem Fervor, adquirido ao matar inimigos. Estas podem ser tentáculos a sair do chão para atacar os infiéis, projécteis disparados, e muitas mais. Finalmente, existem as relíquias, que são recarregadas ao atacar inimigos. Estas têm efeitos como curar, atacar todos os inimigos, etc. 

Tudo isto faz com que o modo de combate do jogo seja constantemente variado, pois nunca se sabe qual a combinação de arma, maldição e relíquia vamos ter numa cruzada. Também podemos escolher o nosso próprio caminho enquanto estamos na cruzada, o que faz com que cada uma seja sempre diferente. 

No meu caso, eu joguei o jogo na Switch, e acho que é uma excelente plataforma para este jogo. Não notei nenhum tipo de problema em termos de lag, e a única coisa que tenho a apontar é que os ecrãs de carregamento na geração dos mapas são um pouco longos. 

Honestamente… é dos melhores jogos que joguei nos últimos tempos, e esta análise teve de ser maioritariamente escrita enquanto eu estava fora de casa e longe da minha Switch, porque caso contrário eu só fico agarrada ao jogo durante todo o meu tempo livre. 

Na verdade, se calhar quem foi convertida para o culto do Cordeiro fui eu. 

Sem comentários.

TL;DR: O meu Cordeiro sacrificou uns seguidores, casou-se com outros, deu jantares e celebrou a pesca, matou os hereges, e mal posso esperar para o update para que possa… vestir os seguidores em roupas fofas. Prioridades, pessoal. 

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Rita
Rita
15 , Janeiro , 2024 15:22

Adoro o jogo, também estou ansiosa pelo DLC!