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    Análise — Neon Genesis Evangelion: Parte 1

    Caminhando pela Internet em busca de conhecer novos pontos de vista, estar por dentro do que as pessoas acabam sentindo por esses lançamentos mensais e por temporada que os animes vem tendo recentemente, eu descobri que muitas das pessoas acabam por não se interessar muito pela forma e conteúdo mas sim somente pelas suas camadas superficiais e o quão similares elas são com outras coisas já lançadas anteriormente, talvez por remeterem seus detalhes sejam eles artísticos visuais ou de escrita ~inicialmente, eles não conseguem dar muita chance para animes ou obras que possuem um teor um pouco mais acima da média no sentido de querer contar algo a mais do que simplesmente fazer parte de um meio no qual pode-se estar saturado ou no qual ainda nada como isso fora explorado. Nos dias de hoje encontramos animes similares ao que Evangelion decidiu trilhar e vemos ainda sim que após a criação de Evangelion, nós presenciamos animes similares sendo influenciados diretamente pelo que Hideaki Ano conquistou após as inúmeras falhas de desenvolvimento ao longo do caminho mas que com o tempo, veio ganhando seu devido reconhecimento pelo que a sua obra conseguiu atingir, não somente no Japão mas como também ao redor do mundo.

    Hoje destrincharei a obra, não profundamente quanto alguns esperam, em busca de elucidar um pouco as pessoas sobre a sua existência – por mais que seja muito difícil encontrar pessoas que desconheçam sobre a existência e a devida importância que Neon Genesis Evangelion possuí para os animes, seja o que ele revolucionou após a sua criação, seja o que ele acabou trazendo de infelicidade para essa indústria mas que inegavelmente, foi um grande marco que devemos sempre nos lembrar.

     

    Criado e Desenvolvido pela Gainax, a obra teve seu início em Outubro de 1995, possuindo seu roteiro e direção nas mãos de Hideaki Anno, uma figura polêmica e cheia de curiosidades interessantes a se abordar. Seu trabalho foi coproduzido ao lado da “TV Tokyo e Nihon Ad Systems” (NAS) – para quem desconhece, é também uma desenvolvedora de animes e ao mesmo tempo uma companhia de merchandising, possuindo subsidiárias para produções unicamente de bonecos e similares. Obra de renome que ganhou reconhecimento internacional após um longo tempo, assim como inúmeras animações e adaptações batizadas como: “Rebuild of Evangelion” que abordaremos na segunda parte dessa análise.

    “Shin Seiki Evangelion”, o seu nome original, pode ser traduzido diretamente para “Uma nova era do Evangelion” ou “Um novo Evangelion”. O Seu termo “Evangelion” se relaciona com o termo em grego antigo “bom mensageiro” ou “boas notícias”, criando um simbolismo com a chegada do Reino dos Céus através de Jesus Cristo. Seu nome fora escolhido por criar um interessante simbolismo religioso com a obra, assim como o fato de Hideaki Ano afirmar gostar da palavra “Evangelion” por simplesmente ser uma palavra de pronúncia complicada.

    “Neon Genesis Evangelion” tem sua história em torno de uma organização conhecida pelo nome de “Nerv”, que possuí um foco de desenvolvimento e pesquisas em torno de construir robôs de combate especializados em destruir os “EVAS”, criaturas de origem desconhecida inicialmente para nós, telespectadores, mas que ao longo da série vai gradativamente ganhando significados interessantes a se correlacionar com o próprio desenvolvido da própria. Para os leigos, Evangelion se trata inicialmente de uma série focada em batalhas de robôs gigantes mas que surpreendentemente, pelos motivos que futuramente vamos detalhar mais a fundo, acaba ganhando um teor depressivo por focar o seu desenvolvimento em relacionamentos humanos, problemas sociais e dificuldades mentais de convívio social dos personagens que estão relacionados a todos os dramas e dificuldades desse mundo.

     

    Início de Evangelion:

    O Início da produção de Evangelion se inicia com alguns problemas que a Gainax estava possuindo de receber o seu espaço no meio de produção e desenvolvimento de animes. Tamanhas dificuldades poderiam ser conhecidas ao consumir o fantástico “Otaku no Vídeo”, uma animação controversa que possuí como teor narrativo discutir não somente a história de origem da Gainax, como também levantar questões interessantes sobre o que são os Otakus, os seus problemas convencionais em torno do desenvolvimento de animes e o que a Indústria estava se tornando a partir desse ponto. Hideaki Anno afirmava que desilusões sobre a indústria estavam lhe ocorrendo e até mesmo a própria produção industrial do Japão em sua decadência estavam o deixando cada vez mais deprimido e desanimado em seus posteriores projetos. Em março de 1992, a Gainax deu início a produção de um projeto chamado Aoki Uru, no qual serviria como uma sequel para Oritsu Uchugun ambientado 50 anos no futuro. A Produção eventualmente descartou o projeto em 1993 por questões de incapacidade financeira da Gainax de produzir um anime longa-metragem – muitos dos seus negócios estavam fechando as portas e as produções estavam gerando pouco dinheiro e muito prejuízo financeiro.

    Com falhas e muitos projetos sendo criados pela própria autoria de Hideaki Anno mas tendo as inconstâncias da vida e suas depressões o distanciando cada vez mais dos seus projetos e criações, ele logo concordou em uma colaboração entre a King Records e a Gainax enquanto passavam um tempo bebendo com o Toshimichi Otsuki, um representante da King, junto com a garantia e portas abertas para a criação de QUALQUER COISA. Originalmente a história de Evangelion se manteve assim como estava planejado em seu desenvolvimento, porém episódios mais tarde vemos uma mudança drástica acontecendo com o fluir da série e de seus conceitos iniciais, como por exemplo, a diminuição drástica no número dos Anjos combatidos ao longo da série pelos nossos personagens, no qual foi planejado para se terem 28, existem apenas 17. As produções e dificuldades não param por ai. Sadamoto, companheiro de escrita e autor do mangá acabou por causar inúmeros problemas para múltiplas produtoras que alegaram sobre o estilo do mangá e de seus robôs serem impossíveis e/ou muito difíceis de se produzem bonecos – acredita-se ter sido proposital, dizendo que a obra jamais venderia. Mas, futuramente, tivemos a Sega concordando em licenciar todos os brinquedos e as vendas dos jogos.

     

    Problemas de Produção:

    Após a produção de inúmeros episódios, Evangelion foi ao ar: seu primeiro episódio foi transmitido em Outubro de 1995, no Dia 4, longo tempo depois de ter sido planejado. Inicialmente ignorado apesar de ser recebido positivamente pelos fãs do estúdio, os telespectadores eventualmente começaram a crescer e uma base de fãs foi instalada em torno da série. Porém, durante esse tempo a série acabou por receber uma mudança de horário, passando a ser televisionado durante a parte noturna, tendo em visto que seu horário original era pela manhã mas seus telespectadores raramente eram crianças. Além de outros motivos como a presença forte de sangue e violência extrema e orgânica nos combates entre os robôs durante a série. A Partir desse ponto, a série começou a ganhar um teor um pouco mais espiritual – não dentro do roteiro e narrativa da série, mas pelo que ela parecia querer conversar com seus telespectadores. Suas mensagens ganharam uma importância muito forte e a série acabou por receber uma carga narrativa bem mais psicológica e séria do que as obras de robôs estavam habituadas em receber – talvez pelo que animes em geral estavam a receber.

    Inúmeros episódios foram criticados a partir desse ponto, os problemas mentais de Shinji sendo devidamente explorados, cenas de abuso e sexo sendo desenvolvidas em um anime que supostamente era para crianças e coisas desse tipo acabavam sendo massacradas mas que, estranhamente, recebiam igualmente um reconhecimento da sua base de fãs e pouco a pouco Evangelion acabou por se tornar um grande marco, recebendo prêmios incríveis de popularidade como “Série mais Amada” em uma categoria do Anime Grand Prix. Novamente a série acabou por ser televisionada, acarretando em uma popularidade ainda maior do que a anterior e, no futuro, recebendo inclusive um filme para melhor detalhamento do final ambíguo e talvez raso que a Gainax desenvolveu inicialmente para a série.

     

    Narrativa e Desenvolvimento de Personagens:

    E pela primeira vez nesse site, a parte técnica de um anime acabou por ser incrivelmente grande! Mas tudo isso por um propósito de colocá-los dentro de um contexto que muitos desconhecem e/ou não se interessam de buscar conhecimento sobre. Porém, vamos agora pisar com calma e analisar friamente os pontos narrativos e de desenvolvimento que a série tem a nos oferecer. Neon Genesis Evangelion inicialmente conta a sua história de uma maneira bem simples e sem complicações, nós temos nomes jogados como pontas que nos instigam e geram interesses por parte do telespectador onde acreditamos que serão desenvolvidas com o passar do tempo, mas sem influenciar a nossa absorção e imersão dentro da série. Hoje em dia, são personagens batidos e genéricos, porém em seu lançamento, Evangelion acabava por misturar todos os conceitos de personagens que hoje em dia seriam estabelecidos como regras que devem ser mantidas em animes, como a presença de personagens Tsunderes – a típica personagem que fará de tudo para que você não saiba como ela se sente, mesmo que vá contra os conceitos de conduta dela. Personagens exageradamente animados mas que possuem um lado negro a esconderem, coisas do gênero que nos dias de hoje, é quase uma regra.

    A Série sabe nos entregar personagens extremamente humanos, mesmo nos exageros de personalidade da Asuka, nós gradativamente vemos o quebrar desses personagens e a humanização de cada um deles, nos fazendo se sentir dentro de seus corpos e realmente entender como eles se sentem, de que nada do que eles estão passando são aventuras e atividades convencionais nas quais você se divertiria fazendo, pois como vemos dentro do próprio protagonista, viver uma experiência de combate em um Evangelion, é quase um tormento para a sua cabeça, tendo em visto que sua vida caminha ao lado de dezenas de problemas psicológicos e sociais com sua família.

     

    Finais Opostos, mas mensagens similares: Explicação do Final!

    Algumas pessoas possuem uma dificuldade de entender ou apenas negam a existência significativa por trás dos finais que a obra acabou por receber. Como dito anteriormente, Evangelion acabou por receber um final problemático na sua série de TV: Hideaki Anno e sua equipe estavam passando por muitas dificuldades financeiras, a ponto de não receberem mais dinheiro para animarem e terem que, literalmente, venderem seus pertences e/ou residências para conseguirem dinheiro o suficiente que fosse capaz de dar vida a sua animação, amor esse que dificilmente veremos outros diretores e roteiristas tendo com suas obras. No fim recebemos os episódios 25 e 26 como grandes confusões narrativas e animações terríveis, muitas cenas estáticas – mais do que os habituais que a série ao longo do tempo vinha produzindo, mas que demonstram claramente e de maneira escrachada a dificuldade financeira que a equipe vinha recebendo. Originalmente, tivemos um final aberto onde não se explica o que estava acontecendo mas que abria portas para interpretações de que a Instrumentabilidade Humana aconteceria dentro da cabeça do protagonista, explicando alguns dilemas pessoais que ele enfrentaria ao longo dos episódios, suas conversas consigo mesmo e até mesmo a famosa cena dos “Parabéns” ao fim do anime.

    Anos mais tarde, após o sucesso e reconhecimento recebido, a série acabou por receber dois filmes que adaptariam o novo final mas que poucos sabem ser na verdade o exato mesmo final idealizado para a série de Televisão por Hideaki Anno e sua equipe, só que agora, com inúmeros estúdios auxiliando na produção e o devido dinheiro em mãos. Assim, recebemos “Evangelion: Death and Rebirth” onde foi o primeiro filme exibido nos cinemas que adaptou todos os episódios da série e deu início aos dois últimos episódios em sua reta final de filme, adaptando por uma outra perspectiva da que vimos na sua série de televisão, terminando com uma ponte para o seu segundo filme que chocaria cabeças: “The End of Evangelion”, filme que nos apresentou um final grotesco, horrendo e muito assustador por parte da série, mas que nada mais é do que o mesmo final porém com sua devida continuidade e idealização original. O mangá não possui uma história tão diferente escrito pelo Sadamoto, a mensagem por trás da obra é exatamente a mesma porém temos algumas diferenciações nas quais vale a pena você conferir por conta própria, pois talvez eu já tenha estragado um pouco a experiência de assistir esses filmes.

     

    Trilha Sonora:

    A Trilha de Evangelion em sua grande parte é um instrumental bem animado, ao menos em sua primeira metade. Músicas que condizem com as famosas composições de Shiro Sagisu, porém, os grandes destaques de Evangelion estão para as músicas mais centradas e frias, as vezes trazendo músicas clássicas em momentos de tensão e até mesmo suspense como “Clair de Lune” e similares. Trilhas bem editadas ao longo da série que conseguem encaixar bem com a narrativa, dão ênfase aos sentimentos depressivos e animados que os seus determinados episódios querem transmitir. As vezes em algumas cenas de combate, a música acaba por poluir um pouco a experiência sonora e até mesmo algumas mixagens de som influenciam um pouco nisso, mas em seu geral, é uma série que teve um instrumental muito bem orquestrado e dirigido.

    A famosa música de abertura “A Cruel Angel’s Thesis” cantado pela Yoko Takahashi, música mais do que premiada e mesmo após 20 anos continua por receber prêmios, cantada em Pachinkos, Pachislo e Karaokes por todo o Japão.

    https://www.youtube.com/watch?v=jYZfeY8Vg0E

    O encerramento foi produzido pela Claire Littley chamada “Fly me to the Moon”, música essa que possuí diversas versões ao longo do anime e ainda sim, cantado pela mesma mulher em todas elas.

    Comentários Finais:

    “Neon Genesis Evangelion” é um dos animes mais importantes já feitos pela indústria, é o grande exemplo de como a limitação consegue gerar um poder de criatividade nos desenvolvedores e mostrou o gigantesco amor que Hideaki Anno possuí pela série, a ponto de produzir mais e mais animações da mesma até os dias atuais. Sua história possuí uma narrativa confusa mas que dado as dificuldades que a GAINAX estava possuindo, consegue ser facilmente reconhecida e absorvida. Lembrando que: mesmo após você entender o final, todos somos livres para desgostar da série ou amá-la incondicionalmente, nunca devemos nos colocar acima de quem ama ou odeia a obra, vamos debater e discutir sobre o que a série gerou, o que ela significa e qual foi a experiência de cada um assistindo a mesma.

    Eu Recomendo: “Neon Genesis Evangelion” — seu início é comum como todos os outros animes de robôs mas o seu grande potencial está no seu desenvolvimento de personagens, questões de religiosidade e problemas de convívio social, assim como distúrbios mentais sendo discutidos ao longo da série, a humanização de personagens e a representação bem colocada de seres humanos em situações catastróficas como pilotar robôs, lidar com seus sentimentos e ver o próprio mundo em sangue perante seus olhos. Acreditamos ser capazes de lidar com quaisquer adversidades, mas o que será que elas são capazes de fazer com nossas mentes?

    Lembrando que a OtakuPT já esteve presente em um podcast para falar sobre Evangelion! Nosso querido Bushido, o mestre desse site, já deu seu parecer no programa Japaixão onde em sua primeira edição, eles conversaram sobre a obra. Não deixe de verificar!

     

    Não deixe de comentar e nos deixar a par das suas opiniões sobre a série, vamos debater de maneira educada e bem saudável o que achamos da série, lembrando que essa análise representa a opinião de quem o escreveu, não a do site mas sim do próprio escritor. Todos temos o direito de opinar e termos opiniões próprias, não estamos representando verdades mas sim nós mesmos. Continue acompanhando os próximos trabalhos da OtakuPT e a segunda parte de Neon Genesis Evangelion será em torno dos novos filmes que a série recebeu, assim como os jogos e outros produtos que a série veio recebendo após o seu sucesso massivo dado as dificuldades passadas anteriormente.

     

    Até mais!

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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    Ray Santos
    Ray Santos
    13 , Julho , 2019 3:20

    Eu vi somente os novos filmes, mas pesquisando um pouco aqui e ali, daria quase que pra dizer que a batalha contra os anjos é simplesmente um background sendo a verdadeira historia contada uma série de batalhas psicológicas dos protagonistas, o que o diferencia dos que o seguiram é justamente o fato de ter vindo primeiro(duh), e ter “ditado as regras”, e como dito na matéria, o amor que o autor tem por ela.
    No fim das contas é uma maneira diferente e complexa de se ver se comparada a outras séries citando exemplos bem diferentes, um Digimon Adventure, um Fullmetal Alchemist, um One Punch Man, um Akira, algum do Studio Ghibli, ou algo do MITO LENDÁRIO Naoki Urasawa, o mesmo olhar não se aplica a nenhuma delas.
    Matéria muito boa, se após Evangelion vocês quiserem continuar essa série eu recomendo 20 Century Boys(na minha opinião o melhor mangá já criado), gostaria de ver pontos de vista diferentes dos meus sobre essa obra em particular e é uma pena não receba o reconhecimento que merece.

    Hawk Endo
    Hawk Endo
    13 , Julho , 2019 3:20

    Minha nossa depois da análise e os comentários complexos dos amigos abaixo, eu não sei se vou assistir ou não agora.
    Tipo eu assisti muitos animes em 5 anos, só que eu estou em uma fase que acho que o cliche ainda é bom, mas também é uma fase em que eu estou interessado em buscar mais complexidade, no caso animes do gênero, pessoa a ajuda de vcs amigo que dialogaram com tantas palavras e me deixaram no impasse se vale a pena ver Evangelion por favor pessoal kkkk

    Lucio
    Lucio
    Reply to  Hawk Endo
    13 , Julho , 2019 4:17

    Eu vou completar 7 anos vendo anime e mesmo assim evangelion ainda é complexo pra mim tendo eu de rever para entender hahahaha eu até acho um anime importante, mas pessoalmente ele tem meu 7 por eu não gostar muito da maneira como ele aborda, não que seja um defeito isso claro, mas é apenas meu gosto pessoal.

    Lucio
    Lucio
    13 , Julho , 2019 3:20

    ” famosa música de abertura “A Cruel Angel’s Thesis” cantado pela Yoko Takahashi, música mais do que premiada e mesmo após 50 anos continua por receber prêmios,” Cara não gosto de ser chato com isso mas na verdade tem 22 anos hahahaha.

    Weslley de Sousa
    Weslley de Sousa
    Reply to  Lucio
    13 , Julho , 2019 4:17

    E as pessoas vão se perguntar: “Da onde o Weslley tirou esse “5”?” e eu vou responder: “Pois é. Da ONDE o Weslley tirou esse 5?”.

    Corrigido. E obrigado por isso, Lúcio. <3

    Davi
    Davi
    13 , Julho , 2019 3:20

    Desenvolvimento de personagem? O que temos é um background apresentado, mas o personagem em si não muda em nada, continua o mesmo, então onde que a garota ruiva foi desenvolvida?
    Fiquei esperando o anime inteiro o protagonista ajudar elas, mas nada. Decepção total. Fora que no fim, a mensagem que fica é literalmente ”Parabéns” por você valorizar sua vida. Eu não fui ver o anime esperando isso, sendo sincero, esperava essa parte sim mas não que fosse subjugar completamente a parte de ação.
    Fora que como mencionado, o anime é bem simples, basicamente monstro da vez, nada de diferente, nem mesmo as estratégias que poderiam ser diferentes e bem pensadas de um anjo pro outro, não existem, é tudo bem simples.
    O que vejo da galera dizendo que é difícil compreender, eu imagino que seja apenas pelo anime não dizer na cara ”olha, o anime é sobre isso, entendeu?” e nem precisa fazer isso mesmo. Mas pra mim não foi difícil de entender, até porque no fim já sabia que seria isso mesmo, e desde o episódio 3/4 já estava sem saco pro anime, pois sabia que teria o rumo que tomou.

    E por fim, o que dizer dos personagens… Eles são relevantes mesmo?
    Porque no fim o anime literalmente foi sobre o Shinji reconhecendo o valor de sua vida, as outras duas estão apenas como suporte o anime inteiro, e o ultimo anjo, aquele garoto de cabelo branco que aparece a mando dos principais da organização, isso significa que eles tinham esse sob comando?
    E se é o caso, literalmente mandaram ele pro protagonista mata-lo e ter todo um questionamento sobre vida (acabar com a ameaça dos anjos também).

    Eu não lembro direito desse momento, mas de todo modo é o que acho sobre o anime, acho mediano e não gostei, isso pra mim. A mensagem, os personagens chatos, não posso apagar o que já conheço desses tipo de personagens por em Evangelion ser um dos primeiros a apresenta-los, odeio a garota ruiva, e os outros são qualquer coisa, como o Shinji após o 3/4 episódio sendo totalmente chato, e enfim entendi o porque tantos o odeiam, o que pra mim era impensável de se fazer tendo visto os 2 primeiros episódios, mas isso foi a única coisa que deixaram-nos fazer visto o ”desenrolar” do personagem.
    Fora os secundários que também são qualquer coisa.

    Darlan Dos Santos Oliveira Jun
    Darlan Dos Santos Oliveira Jun
    Reply to  Davi
    13 , Julho , 2019 4:13

    primeiro: a asuka é desenvolvida no sentido sentimental em si,sendo completamente destruida e refeita por dentro,como uma alto destruição quando os 9 evas clonados descem ela finalmente entende que não foi atoa que a a mãe dela perdeu tudo o que tinha e luta até o fim por alguma explicação. segundo: o final não é um parabéns pela vida… eu realmente acho que vc não entendeu foi nada. o final foi basicamente um suicidio coletivo dentro da redenção do espaço tempo no conjunto da intrumentalização humana. em que todos os motivos foram dados. e o “ultimo caso dentro da instrumentalização” foi a aceitação de shinji em ser um só com todos. no caso no final do anime ele aceita e isso causa basicamente o fim do mundo. já no filme ele renega e o que parece ser colorido se mostra totalmente destruido e então todos podem escolher se vão viver como em um “sonho” ou voltarem á terra. mas sabendo que lá a morte,tristeza e sentimentos negativos ainda existiram sendo impossivel o prazer humano constante visto á instabilidade dos seres humanos. o anime não foi sobre o shinji até o final focou em CADA um dos casos de cada um deles, sendo a asuka perdendo sua mãe e desconhecendo a vida, a misaki que queria vingança de qualquer jeito. e tomava isso como o “certo” no fim cada um deles eram egoistas e nada era preciso ser feito,pois o ciclo natural seria uma decisão de cada um,tanto da ceele quando da nerv. a instrumentalização é a compreensão e união humana. evangelion inteiro girava em torno da tentativa da humanidade de criar um “deus” se vc não entendeu isso,não,voce não entendeu. e antes que fale qualquer coisa,é só prestar atenção nos dialogos e ver o filme. tudo isso está lá incluindo o final alternativo.

    Weslley de Sousa
    Weslley de Sousa
    Reply to  Davi
    13 , Julho , 2019 4:17

    Eu só queria dizer que “Desenvolvimento” é diferente de “Evolução”, nem sempre um “Desenvolvimento” irá “Desenvolver” narrativamente um personagem de uma maneira a EVOLUIR ele, levando ele de um ponto A ao ponto B de evolução, mostrando de maneira gradativa o seu aperfeiçoamento como ser humano, seja nos seus ideais, comportamentos ou modo de ser.

    Shinji, ou até mesmo o meu vilão preferido de todos os tempos atualmente, Makishima Shogo do Psycho Pass, são exemplos de personagens que simplesmente não evoluem, eles são o que são, e tudo que acompanhamos são as suas presenças influenciando uma história. Makishima como um epicentro que irá reger todos os acontecimentos daquele mundo como um vilão secundário mas central, Shinji como o protagonista que não quer fazer parte daquele mundo e as pessoas constantemente tentem se aproximar dele, mas ele se recusando. Vemos a Misato fazer isso, o ex-namorado da Misato (Me lembra o nome, por favor, esqueci) ou a própria Asuka na conversa que ambos possuem na residência da Misato.

    Outro exemplo de personagem que é DESENVOLVIDO mas NÃO EVOLUÍ, nem como pessoa, nem seus ideais, nem seus comportamentos ou estilo de ser e se comportar: Quase todos os personagens em Bleach ~não sendo esse um motivo dessa obra ser BOA ou RUIM, mostra que eles são personagens que são o que são porque são. Essas pessoas são assim. Evangelion é a mesma coisa. Ser humano é retratado/desenvolvido como uma figura que possuí seus lados positivos, assim como negativos. Não é obrigatório de maneira NENHUMA você EVOLUIR um personagem, transformar ele em um EXEMPLO a ser seguido. As vezes, somos pessoas horríveis. Nada é Branco e Preto, tudo possui seus tons de cinza. (Obrigado 50 Tons. Mentira, obrigado nada.)

    Jean Ricardo
    Jean Ricardo
    13 , Julho , 2019 3:20

    Muito bom, eu conheci a série pelas antigas revistas de animes e já achava a premissa bem interessante, quando saiu o mangá foi um banquete para esse fã confesso, tudo em Evangelion é maravilhoso, inclusive os novos filmes, que história!

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