Conexão Moe #8 – Review: Slow Start

Depois de duas temporadas (seis meses) de “hiatus forçado” em decorrência de problemas particulares, o Conexão Moe retorna com o objetivo de abordar animes focados em garotas, que normalmente são deixados pela mídia especializada.

Neste artigo, venho trazer uma singela análise de um anime que terminou recentemente. Mas antes de começar, peço desculpas por não ter conseguido escrever sobre este anime, no qual estou abordando neste artigo, semanalmente durante esta temporada que se encerra em breve.

Slow Start conta a história de uma garota chamada Hana que por motivos particulares ficou 1 ano sem estudar, portanto quando voltou a estudar ela era a mais velha de sua turma.

O drama da protagonista é um tanto bobo para quem está assistindo a série, mas ao conhece-la melhor começamos a ter compreensão do que ela passa e, consequentemente, empatia pela personagem.

O elenco, tanto o principal como o de apoio, é simpático e possuem química, fazendo que as interações fossem divertidas. Num anime simples como esse, as interações e as personagens fazem toda a diferença.

Em relação a parte cômica, eu classifico essa obra como suave, ou seja Slow Start não é o tipo de anime para dar risadas o tempo inteiro. Outro ponto a ser destacado é o toque sutil de drama, que realmente emociona graças a fragilidade e a sensibilidade que a protagonista transmite para o espectador, fazendo-o despertar um instinto protetor (moe).

A história transmite muito bem a vida escolar de uma pessoa tímida. As situações vividas pela Hana são verossímeis a que muitas pessoas com a mesma (ou similar) personalidade dela viveu e/ou vive. 

Para uma pessoa muito tímida, o ambiente escolar é desafiador. Até uma simples apresentação no primeiro dia de aula é motivo para pânico. Conseguir fazer amizades é algo complicado, mas como esse anime é uma história fofinha, a protagonista tem a sorte de encontrar boas companheiras que a acompanham pela sua jornada estudantil.

Cada uma das amigas da Hana tem personalidades diferentes, proporcionando várias combinações de interação. A Kamuri, por exemplo, é a “mascote” do nosso time de heroínas. A aparência infantil da mesma passa a impressão que ela é uma bonequinha ou um animalzinho de estimação. Sua personalidade tímida e dependente (especialmente da Eiko) corrobora com essa impressão de “mascote” que ela passa. Já a Tama (Tamate) ela representa o arquétipo da garota animada e cheia de energia. Por ultimo, temos a Eiko, que dentre as principais, é a mais madura e possui um lado “predador” (sedutor), mas que no fundo é apenas uma garota pura. 

Das personagens secundárias, a Hannen-san, Shion (prima da Hana) e a professora da classe das nossas heroínas, são as maiores destaques, servindo como bons suportes para as personagens principais.

No que diz respeito a parte técnica, essa obra tinha uma boa animação, um character design fofo (embora não gostasse da falta de brilho nos olhos) e uma trilha sonora somente funcional que não teve muito destaque.

No geral é uma obra divertida e fofa para quem gosta de animes com histórias leves e bonitinhas. Mas Slow Start não se limita apenas à fofura, pois o toque emocional (como já citado anteriormente) também está presente para que possamos criar empatia com a protagonista. Por fim, reitero o fato do anime representar bem a vida escolar de uma pessoa tímida representada na figura da Hana, que apesar das dificuldades que ela enfrenta por ser tímida, a história passa um clima relaxante, leve e até com uma mensagem positiva. Afinal, em tempos difíceis como o que estamos vivendo, um anime que nos faça relaxar é sempre bem-vindo.