TOP 5 Melhores Animes — Weslley de Sousa

Olá, Amigos Otakus!

Faz um bom tempo desde que eu não produzi qualquer tipo de conteúdo para o site, hein? Mas retorno para poder interagir mais com vocês, contar um pouco sobre meus gostos envolvendo os 5 Melhores Animes que já assisti na minha vida. Espero poder elucidá-los ainda mais sobre como a minha cabeça funciona, quais são os meus gostos e porque eu gosto tanto de personagens bem peculiares nos animes e mangás que acompanho. Esse TOP 5 representa nada além do que a minha opinião, não venho aqui trazer uma verdade mas sim compartilhar meus gostos pessoais.

Então… Vamos para o TOP 5?

O que faz eu gostar tanto de School Days a ponto de colocá-lo em quinto lugar na minha lista pessoal de melhores animes que eu já assisti na minha vida? É devido o quão similar ele consegue ser a minha experiência com casos similares na vida real! É uma história que retrata com clareza o cotidiano de adolescentes que se apaixonam fortemente uns pelos outros e devido suas inexperiências de socialização uns com os outros, eles acabam por cometer ações e decidirem coisas impensáveis em suas vidas que mal eles acreditam na possibilidade de cada escolha acabar por gerar uma grande catástrofe em suas vidas. O caso mais recente foi quando eu estava na faixa dos 16/17 anos de idade e eu experienciei um dos meus melhores amigos se aproximar de uma garota na época da escola, eles iniciaram um relacionamento porém em menos de três meses ela já estava dando sinais de gravidez e pouco tempo nós descobrimos que ela estava, de fato, grávida. E eles eram apenas adolescentes que tomaram escolhas erradas em suas vidas devido seus hormônios que falavam mais alto e desde então, foi uma decisão errada atrás da outra na vida dessas pessoas que acabou por gerar a morte da criança que a garota carregava por conta das irresponsabilidades que eles tinham como novos pais. E por criar essa conectividade comigo através da sua narrativa, é o motivo central para eu gostar de School Days.

A História ela é bem esticada e bem arrastada em um romance muito clichê que nos dias de hoje principalmente é algo extremamente batido e com uma fórmula que estamos cansados de ver, eventualmente se aproveitando dos elementos do Ecchi para criar cenas sensuais através da sua história durante os relacionamentos dos personagens que acabou por gerar uma das cenas mais controversas da história que é o personagem principal, acabar por se relacionar com quase todas as garotas da sua escola. O que para vocês pode ser algo extremamente exagerado e que nunca aconteceria na vida real: Eis uma notícia bombástica, isso acontece. Escolas públicas principalmente onde a maior parte da minha vida eu passei, eram casos extremamente similares de garotos que se relacionavam puramente por prazer com todas as garotas da escola, era algo extremamente visível e que parecia fazer parte da nossa rotina observar aquelas coisas acontecendo, jovens se relacionando para somente se satisfazerem em alta escala e que por vezes acontecia escolhas erradas como gravidez, traição e até mesmo brigas por conta de pessoas se relacionarem com o que elas acreditavam ser namorados ou relacionamentos íntimos.

É por esse exato motivo que eu gosto tanto de School Days. Essa conexão que o anime acabou por criar comigo. Eu também gosto bastante da direção do anime que possuí referências de edição muito fortes aos famosos e clássicos cortes dignos de Tarantino como focos de velocidade que são interrompidos por um close no rosto – algo muito característico dos clássicos filmes desse diretor que eu tenho tanto carinho. Um anime que possuí cenas bem dirigidas, um roteiro que eu consigo me emergir e criar uma conexão: Esses são os motivos que me fazem amar School Days, além claro, do seu final que é extremamente impactante e na época, me pegou de surpresa.

Colocar “Hell Girl” nessa lista foi extremamente difícil porque ao mesmo tempo que outras obras que aparecerão mais acima dela me chamaram mais atenção, principalmente o meu primeiro lugar, a minha conexão com Jigoku Shoujo é muito forte pelos temas que ele aborda e da maneira que ele decide abordar. É um anime com uma narrativa arrastada que o payoff por vezes acaba por ser exatamente da mesma forma antes dele realmente mostrar ao que veio e focar-se na sua verdadeira história por trás dos incidentes que vamos acompanhando por longo da viagem, mostrando casos diferenciados de pessoas que são levadas ao extremo nessa sociedade com casos opressores que fazem nossos sentimentos se sentirem extremamente frágeis perante a alguma coisa próxima a nós. O Anime ressoou comigo de uma maneira muito íntima devido os assuntos que ele decide abordar na sua primeira temporada e por mais que algumas pessoas acabem por sentir que esse começo é repetitivo devido as exatas histórias com diferentes temas narrativos e roteiros similares levarem a exatos payoffs no fim dos seus episódios: Eu consigo gostar disso, sabe? Porque me leva a acreditar que são situações extremas que ressoam tanto comigo devido ao que elas acabam por gerar com aqueles personagens tão secundários perante a história central ou a mensagem por trás daqueles episódios, eles são criados com uma carga emocional muito forte e que conseguem contrastar com o resto dos outros animes lançados na mesma época e até mesmo nos dias de hoje, um feito digno de ser comemorado pelo menos por mim.

Além disso, uma trilha sonora extremamente emersiva com toques pesados e que transmitem um sentimento opressor que conseguem conversar bem com os personagens inseridos naquela realidade e também com todo o seguimento criado que os levará ao extremo de seus sentimentos a fim de uma mensagem que, para nós pode ser uma coisa fútil ou irreal mas que naquela mentalidade de uma sociedade que realmente consegue ser opressora em um nível surreal, combina bastante com tudo aquilo. Personagens e diálogos que me enchem os olhos de tão bem escritos e talvez com um dos melhores encerramentos com melhores letras que eu já vi um anime produzir na minha vida! Fica aqui não somente a recomendação do próprio anime, caso você nunca tenha o visto, como também a recomendação da sua música de encerramento que é fantástica.

Esse terceiro lugar talvez fosse algo óbvio de se esperar tendo em vista o que eu mais vejo de importante em um anime para ser considerado um dos melhores da minha lista. É o quão “Humano” esse anime consegue transmitir os seus personagens através da sua narrativa, o quão bem escrito eles são, as suas temáticas ao longo dos seus episódios e a qualidade da direção que me entregará isso. Steins;Gate ainda não é o melhor nesse quesito, pessoalmente falando, mas é fabuloso o quão bem escrito é a interação de personagens nesse anime, criando um relacionamento que assim como aquelas pessoas inseridas nessa realidade, consegue me emergir tão facilmente para algo que eu consigo me sentir dentro como se eu estivesse vivendo aquilo. A Interação entre aquelas pessoas, a forma como eles conversam entre si e demonstram amor pelo que fazem naquela realidade e o quão bem construído são os mistérios em torno do que eles estão fazendo para ter talvez uma das melhores quebras de expectativa e realidade que eu já vi em toda a minha vida com exceção do meu segundo lugar e também primeiro que são extremamente mágicos e recompensadores depois de uma longa construção de personagens.

A Qualidade da animação em si é muito boa, porém o que mais me chama atenção em Steins;Gate é a preocupação cuidadosa que os diretores e animadores tiveram de transferir todas as suas mensagens de falta de responsabilidade, falta de cuidado com o desconhecido e a inocência daquelas pessoas inseridas em algo que elas desconhecem e estão brincando como se as consequências não viesse nunca. E isso é mágico, porque poucos animes conseguem te construir esse sentimento de que você está mexendo com uma coisa que talvez você não devesse e que talvez você esteja muito encrencado devido isso. Apesar desse clima, a trilha sonora ela te ajuda a te colocar nas cenas, sejam elas felizes, momentos calmos onde tudo que temos é a trilha ambiental com pássaros cantando, folhas voando e o vento quase que batendo em nossos corpos literalmente com o excelente trabalhado de mixagem, todos esses quesitos contribuindo para desenvolver uma ambientação que gradativamente vai ficando mais livre, solta mas que ao recebermos o nosso payoff, recebemos o que eu considero como uma das maiores maravilhas de uma narrativa que é o famoso: “Tapa na Cara”. É aquele momento que nos questionamos: “Por que eu deveria estar me sentindo relaxado?” ou “Eles estão fazendo tudo isso e não estamos tendo nenhuma consequência? Eu deveria estar mesmo relaxado sobre isso?” e a maneira como o anime nos tapeia é de uma forma brutal. E depois disso, é um desenvolvimento muito bem-feito para destruir os nossos corações e nos fazer se sentir culpado – não somente nós, mas também o protagonista – por tudo que estivemos acompanhando até então. E, mais uma vez: Uma música de encerramento com uma letra perfeita! Conversa extremamente bem com toda aquela história que eles querem contar, por mais que seja uma história bátida e clichê onde nós sabemos exatamente o final daquela história. Nós esperamos o “meio” dela! Afinal, o bom de uma história, é o “durante” e não “como ela termina”.

https://www.youtube.com/watch?v=jjr26PyVbi4

Durante um tempo, eu não sabia escolher entre esse anime e o meu primeiro lugar pelo extremo cuidado de desenvolver personagens humanos que esses dois animes possuem. Então eu decidi separá-los em primeiro e segundo lugar mas gostaria de adiantar que ambos estão empatados no carinho emocional que eu tenho com eles porque ambos são extremamente fantásticos em suas histórias. OreGairu é um anime de duas temporadas de Slice of Live que possuí o que eu considero ser o melhor protagonista de um anime cotidiano da história dos animes. Os seus questionamentos sobre o ambiente que ele está inserido são fantásticos, conversando exatamente com aqueles que já estiveram sob a sua pele ou que ainda estão vivenciando os mesmos dilemas escolares que ele, trazem uma humanidade e um fator de individualidade que nunca antes havia sido abordado em uma temática escolar – ao menos eu desconheço a existência de outros. Apesar de estar inseridos em gêneros batidos, OreGairu ele subverte todas as suas expectativas e busca focar na interação social daquele personagem dentro daquela realidade tão próxima a nossa no qual já estivemos em sua pele questionando as mesmas coisas. E talvez, o maior diferencial dessa obra perante outros animes, é construir um sentimento de “anti-herói” naquele protagonista que nunca antes vimos em outros do mesmo gênero, pois ao término da primeira temporada e talvez durante toda a segunda temporada, vemos a decaída dessa pessoa que nos afeiçoamos e nos aproximamos durante o primeiro seguimento, para então acompanharmos a sua decaída e cada vez mais que isso progride, assim como as pessoas a sua volta, nos sentimos extremamente mal apesar de conseguirmos compactuar com todas as suas escolas durante o anime.

Momentos que seriam banalizados a clichês de extrema facilidade de serem contados, são desconstruídos e a magia do anti-heroísmo daquele personagem surge, nos fazendo se sentir mais próximos de todos aqueles personagens que graças a ele, são desconstruídos igualmente e cada vez mais nós conseguimos ver o verdadeiro ser humano dentro de cada um deles. Em especial, um episódio na segunda temporada onde vemos a total falta de personalidade própria em uma personagem onde em um mísero detalhe passado em branco onde poucas pessoas notaram, vemos onde que OreGairu está focando seus esforços narrativos. Sim, em nós, seres humanos, e como somos fracos perante outros ao nosso redor – Episódio 13 da segunda temporada, aquilo que eu considero ser o melhor episódio da série desconstruindo o que eu considero ser a melhor personagem após o protagonista.

É talvez o anime que eu mais me senti conectado, emersivo e preso desde o primeiro episódio até o seu encerramento, seja a sua primeira temporada que muitos – inclusive eu, considero a melhor, seja a segunda temporada ou até mesmo o seu filme. Os seus personagens são colocados em um contexto futurista e distante da nossa realidade em uma Utopia que até então parece perfeita mas como todas as histórias onde vemos uma sociedade perfeita nós sabemos que algo acontecerá e que uma Distopia acontecerá, mas é devido ao quão humano os personagens conseguem ser e o quão bem escrito eles são.

Para aqueles que me conhecem, já deviam esperar que em algum momento alguma coisa escrita pelo grande roteirista e diretor Gen Urobuchi apareceria e talvez estejam estranhando como não tem dois ou três animes escritos e dirigidos por ele nesse TOP. Porém, eu devo dizer que Psycho Pass talvez seja o melhor trabalho dele seja dirigindo ou escrevendo uma história no meio dos animes, porque esse cara sabe como transmitir sentimentos e comportamentos humanos em um anime através da sua narrativa. Desde o início nós vemos progressivamente todos os personagens ao nosso redor sendo desenvolvidos de maneira gradual, a mentalidade de cada um deles sendo bem explorada e de maneira sútil eles integrando e adicionando cada vez mais ao plot que acompanhamos durante todo o seguimento que envolverá a ruptura dessa sociedade e a desconstrução dessa ideia perfeita, apresentando ao mesmo tempo o que eu considero ser o melhor vilão já criado nos animes: Makishima Shougo, não somente é a pessoa que protagonizou o que eu considero ser o melhor episódio já dirigido em um anime – também conhecido como Episódio 11 de Psycho Pass, como também é o causador da queda de popularidade da série na sua segunda temporada pela sua falta de presença. Porque o trabalho de Gen Urobuchi em desenvolver esse vilão é muito bom!

Cada vez mais nós o vemos por fora das câmeras, aos poucos entendendo qual é o seu papel dentro dessa narrativa que gradativamente vai aumentando seu escopo e suas ambições até o devido momento onde ele nos mostra o real motivo a que veio com a cena mais angustiante desde a clássica cena do Eclipse em Berserk. E após isso, não somente os personagens como o telespectador é pego de surpresa em uma grande investigação policial que aumenta e ao mesmo tempo destrói os personagens pouco a pouco, remetendo diretamente a trabalhos anteriores do mesmo homem como: Madoka Magicca, onde vemos personagens sendo levados aos seus limites enfrentando os terrores daquele mundo no qual estão inseridos. A Trilha Sonora principalmente é algo fenomenal que acompanha e consegue realizar um excelente trabalho de aumentar as tensões envolvidas em cada cena, sejam elas de ação, sejam elas de suspense ou apenas cenas nos quais dois personagens estão sentados em uma mesa tomando um drink e conversando sobre como resolverão um caso. Em um bom tempo eu não assistia um anime que o seu único pecado fosse eventuais más distribuições de custos ao longo dos seus episódios em quesito animação, mas juntar Gen Urobuchi com Akira Amano para se envolverem juntos em um anime talvez tenha sido uma das melhores combinações que eu já vi criadores de conteúdo no entretenimento animes/mangás em todos os tempos. Psycho Pass é o meu anime preferido de todos os tempos, não o acho perfeito mas sem sombra de dúvidas ele é a melhor coisa que eu já vi essa indústria produzir em um bom tempo desde Viagem de Chihiro em quesito narrativo. Fica a recomendação!

Espero que tenham gostado de ler esse TOP 5 de Melhores Animes que eu já assisti na minha vida, lembrando mais uma vez que é um TOP realizado sob a minha opinião e que não condiz com a opinião de outros membros e sequer está vindo para estabilizar uma verdade, cabe a vocês concordarem ou discordarem sobre e, claro, deixarem nos comentários vossas opiniões para que possamos discutir de maneira saudável quais são os nossos 5 melhores animes que já assistimos nas nossas vidas!

Faz um bom tempo desde que produzi algum conteúdo para o site então até que uma análise produzida por minhas mãos chegue, eu gostaria de interagir mais com vocês e aproveitar esse gancho para pegá-los desprevenidos com uma análise que pode surpreender vocês no futuro. Seria Evangelion Parte 2? Seria um anime sangrento que temos nos decepcionado recentemente? Não sabemos, mas fica as expectativas soltas no ar. Obrigado mais uma vez e nos vemos no próximo Top ou na próxima análise.

Tchau!