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    O que estamos a ver – 07 de Janeiro de 2024

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Ishura (01)

    “Causar uma boa primeira impressão” foi precisamente isso que este início de Ishura provocou nos espetadores. O anime abre como uma sequência muito breve numa academia onde uma dupla de jovens, que parece nutrir sentimentos uma pela outra, divide os seus dias de estudo de feitiçaria com atividades do quotidiano tais como sair com as amigas e passear. Este mundo apresenta e partilha costumes e arquitetura do médio oriente, vive sob a proteção de um labirinto e é regido por uma magia em forma de palavras. Contudo, certo dia este vasto quadro de harmonia e paz é completamente tingido com tons negros e vermelhos quando subitamente a própria cidade “acorda” e manifesta a sua verdadeira forma, um gigante de aço! Após este despertar não perde tempo ao enviar o seu exército de seres mecânicos, intitulados de golems, para atacar toda a região. Foi durante estes momentos que senti que Ishura subiu a fasquia. As mortes dos habitantes da cidade foram extremamente gráficas, recomendo a não estarem a ingerir nenhum alimento, dado que vão visualizar cenas impróprias para os mais impressionáveis. Esmurrar em corpos indefesos até ficarem reduzidos a uma poça de sangue, arrancar braços, pernas e outros membros enquanto as vítimas gritam e choram a pedir por misericórdia foram apenas algumas das situações que assistimos dotadas de uma animação impressionante quer a nível técnico como de crueldade. Quando tudo parece perdido para a protagonista eis surge um herói para dar uma verdadeira volta de 180° em todos os sentidos nesta história.

    Ishura é o último dos samurais da sua era que viajou até à da protagonista para encontrar um adversário digno de provar a sua técnica de espada de vácuo, pelo menos é o que me pareceu se estiver errado por favor digam nos comentários. O jovem guerreiro é o que realmente me fez ficar com pé atrás nesta série porque preenche todas as checklists de um herói shonen, e é do mais genérico possível, isto para já na superfície. É extremamente confiante, arrogante e conquista sem qualquer esforço as barreiras que se erradicaram neste primeiro momento, de salientar que o seu confronto foi um misto de Attack on Titan com Shadow of the Colossus. No entanto, como a animação foi no mínimo peculiar já que mistura CGI, em algumas instâncias bastante manhoso, com uma animação impressionante e fluida e a história cativar por apresentar momentos grotescos, decidi que vou dar-lhe uma hipótese. Também gostei de como as personagens principais, embora sejam unidimensionais, são movidas por motivações fora do espectro do shonen clássico, a jovem acompanha o herói apenas para o ver morto já que foi parcialmente responsável pela perda dos seus amigos e família enquanto este apenas deseja adversários dignos de provar aço da sua espada. Se Ishura continuar a surpreender desta forma poderemos estar perante um “sleeper hit” para se juntar uma lista onde constam nomes como, Shirokuma Cafe, Buddy Daddies ou Heavenly Delusion, mas como parece que vai tomar a vida de um battle shonen como diversos personagens a enfrentarem os protagonistas ainda e bastante cedo para sabermos.

    Chained Soldier (01)

    Akame Ga Kill, foi um anime que acompanhou a adolescência de muitos fãs de anime, por isso Chained Soldier era uma das estreias mais aguardadas desta temporada para muitos, já que é uma adaptação do mesmo autor e criador do mangá. Literalmente mesmo numa fase muito prematura Chained Soldier pode ser descrito como um Akame Ga Kill 2.0 porque mantém a base desta série imaculada. A história apresenta Yuuki um protagonista que partilha imensos paralelos com Tatsumi visto que também é salvo por uma guerreira que faz parte de uma força de elite e lhe dá a capacidade se transformar numa criatura poderosa conhecida como servo. De salientar que esta guerreira soldado (Kyouka) é extremamente parecida à célebre esDeath e partilha as mesmas características ou seja, o seu lado sádico e demente esconde uma mulher frágil e dócil. Akame Ga Kill também apresentou alguns momentos de ecchi e em Chained Soldier creio que esses momentos vão surgir quando Kyouka e as outras meninas recompensarem os escravos que “montam” com beijos, toques e outras práticas sexuais, a própria Kyouka afirmou que o seu corpo se move involuntariamente nestes momentos por isso neste parágrafo já devem saber o que contar. Outro elemento que também certamente que vamos poder contar é com a ação, que tal como Akame Ga Kill é pura e dura, combates entre demónios e humanos -transformados em demónios. Com tantos paralelismos e são fãs de Akame Ga Kill não deixem Chained Soldier passar-vos ao lado, pois tudo aponta que vai ser o máximo que teremos da segunda temporada de Akame Ga Kill, isto menos num futuro próximo.

    Super fighting maiden, Mega Woman

    Delicious in Dungeon (01)

    Por vezes nada melhor que depois de um dia de trabalho agitado descomprimir na companhia de um grupo de personagens coloridas num mundo divertido com muito para saborear… esta é a premissa simples de Delicious in Dungeon. A história apresenta Laios e o seu grupo enquanto exploravam uma masmorra. Tudo parecia correr às mil maravilhas até serem atacados por um dragão vermelho e no processo, além de quase acabarem por perderem a vida, ficam pobres e sem sustento. Faminto, Laios afirma que se voltar a enfrentar a masmorra vai morrer de fome por isso toma a decisão de ser subsistente e comer todo o tipo de monstros habitam na mesma. Felizmente conhece Senshi, um guerreiro culinário que lhe introduz à deliciosa arte da cozinha com ingredientes de monstros. Acreditem que mesmo que o grupo cozinhe monstros podem crer que vão sentir muita fome porque a forma como os monstros se transformam em iguarias vão vos dar uma valente vontade de lamber ecrãs, ainda mais com uma arte e animação tão requintadas produzidas pelo Studio Trigger. O célebre estúdio de Kill la Kill e do SSS. Gridman Universe anime por fim está de regresso e é mais que notório o seu selo de qualidade nesta obra deliciosa. O estúdio não poupou esforços a apresentar os pratos e ingredientes da forma mais deliciosa possível. Claro que para comer escorpiões e cogumelos humanoides é preciso ter muito estômago e para transmitir e imprimir senso comum na história a produção utilizou com mestria uma das personagens que mais sobressaiu nesta entrada antes do prato principal, a elfo feiticeira, Marcille.

    Senti que a membro original do grupo de Laios atuou como o senso comum dos espetadores porque as suas expressões e intervenções, além de serem hilariantes, contextualizaram, avançaram a história e em várias instâncias senti o mesmo o que personagem, sejamos sinceros quem nunca rejeitou um prato pelo seu cheiro ou aspeto para depois ao provar e se sentir nas nuvens com o seu sabor? Nem tudo precisa de ser exageradamente complexo e servir de pretexto para momentos de ação frenéticos, este é precisamente o aroma de um prato que penso que vamos saborear nas próximas semanas.

    Linkle

    Solo Leveling (01)

    A história de Solo Leveling transporta-nos até um futuro distante onde a humanidade foi invadida por misteriosos portais habitados por formigas gigantescas, goblins, dullahans, e outros seres que outrora apenas viviam nas nossas histórias de fantasia. À semelhança destas estes seres estão longe de serem pacíficos e assim que pisam o Planeta Terra começaram a atacar sem dó nem piedade os humanos. Infelizmente as armas da humanidade são ineficazes contra estes seres e para se defenderem desenvolvem os Hunters, humanos corajosos que viajam em expedições entre estes portais. Mesmo que trabalhem em equipa, o líder da associação dos Hunters criou um sistemas de ranks para os destacar quer em valor, prestigio e liderança. A, B, C, D, E, estas são as referências que cada é rotulado e é precisamente sobre escalão o mais baixo que esta célebre história vinda da Coreia do Sul se debruça. Jinwoo, é conhecido como o Hunter mais fraco, muitos até podem questionar o que se tornou num Hunter visto que já quase perdeu a vida em muitíssimas situações, e durante uma expedição a um templo que o seu grupo é confrontado por estátuas gigantes, mas será que Jinwoo vai enganar novamente a morte?

    Solo Leveling é um Manwhua é esse elemento foi imediatamente perceptível no inicio do episódio. Além de muitas cenas de gore e sangue o seu criador inspirou-se em obras ocidentais como StarGate ou Avatar. Também senti que algumas expressões tentaram emular uma breve sincronização labial e que obviamente os nomes são coreanos, embora possamos ouvir os nomes adotados pelos japoneses. Senti o mesmo efeito que tive no primeiro episodio de Attack on Titan com Solo Leveling, ou seja ficar logo colado ao ecrã onde 20 minutos passaram a correr, este era uma valente candidato a ter um episodio de 40 minutos porque a forma como acaba e o lore que introduziu só me fez ficar mais entusiasmado para ser sábado novamente.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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