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    O que estamos a ver – 09 de Janeiro 2022

    De uma forma resumida falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Kimetsu no Yaiba – Entertainment District Arc

    Kimetsu no Yaiba regressa à sua velha forma, ou seja, energéticas lutas dotadas de requintados efeitos visuais. Enquanto o Tanjiro continua a enfrentar a Daki, Inosuke revela-nos os seus dotes de toupeira e viaja por intermédio de um túnel até ao covil de um dos servos da demónio -que mais parece um “Stand” vindo do mundo excêntrico de JoJo’s Bizarre Adventure. No local resgata Zenitsu, e duas das três mulheres do Hashira do Som. De salientar o efeito da morte de Rengoku no espírito do Tanjiro. Como previa o Hashira do fogo atuou como um sacrífico para o desenvolvimento do jovem caçador de demónios. Também foi muito interessante assistir como a respiração -além de ser um medidor de poderes- atua numa luta, e as expressões hilariantes do guerreiro selvagem com máscara de javali que me arrancam sempre uma breve gargalhada.

    Hakozume – Kouban Joshi no Gyakushuu

    Hakozume – Kouban Joshi no Gyakushuu, narra o quotidiano da agente da polícia Mai Kawai e da sua colega Seiko Fuji numa pequena esquadra de polícia distrital japonesa. Mai, apenas ingressou nesta atividade pelo pedido do seu pai, pois este desejava que a sua filha tivesse um salário fixo e seguro. Contudo, com o passar do tempo, a jovem sente que a vida policial pode ser o que almejava, mas com a chegada da impulsiva e sem tento na língua Seiko, começa gradualmente a abraçar a sua vida de agente. Tal como esperava esta série narra o dia a dia de um grupo de “PSPzitos” e as suas histórias parecem ser conclusivas sem grandes implicações. O que não esperava era assistir a uma realidade bem diferente da nossa polícia nacional e penso que reflita de certa maneira o estado a japonesa. Segundo a série a mesma é enxovalhada pelos cidadãos, nem mesmo podem levantar a palavra, enquanto são bombardeados com agressões verbais e até ameaças. Para já foi interessante assistir às “PSPzitas”, a arte é muito reminiscente à que tivemos na dobrada deste milénio, a narrativa, e as personagens são suaves e envolventes chegando a ser relacionáveis mesmo nesta fase inicial.

    Orient

    Esta é exemplarmente uma série “Shounen” de recortes modernos. Todos os clichés e “nuances” do género encontraram-se neste prelúdio. Sociedade dominada por mentiras para encobrir um mal maior, jovem ostracizado por pensar ou agir de forma diferente, e passado que liga dois irmãos não biológicos, foram apenas alguns dos seus registos. Contudo, como vimos em Black Clover, a execução ditará as regras, e penso que com o tempo Orient se evada dos seus pilares. Para já foi agradável assistir, embora por vezes a animação sofresse uns decréscimos de qualidade e a relação entre personagens principais fosse muito característica à de Asta e Yuno. Acreditem vai impossível não sentir fragmentos de outras séries neste episódio.

    Leadale no Daichi Nite

    Mais um “Isekai” como a indústria tanto nos habitou neste últimos anos. Contudo, a história e personagens de Leadale no Daichi Nite distanciaram-no mais dos convencionais e aproximaram-no mais de obras como The God of Ominiponent ou The Ascendance of a Bookworm que ao invés das personagens é mais focado no mundo que as rodeia. Outro elemento que achei bem interessante foram as caretas ou expressões da protagonista que respiram totalmente de obras da década de 90.

    Ousama Ranking

    Enquanto o nosso pequeno herói continua a viajar até ao seu reino, no mesmo os reis do submundo decidem quem se senta no trono. Ousama Ranking teve um pequeno resumo, por isso não se deixem enganar que foram só uns minutos. Mais uma vez o aspeto “conto infantil” encobriu momentos grotescos.

    Dragon Quest: The Adventure of Dai (2020)

    Se a aventura não fosse RPG o suficiente, o cliché da noite antes da última batalha que se se estendeu a tantas aventuras deste género marcou este episódio. Enquanto todos os companheiros recebem novas armas, a Maam descobre que ainda ama o Hyunckel e Popp perde a sua oportunidade de brilhar, o Dai sonha com a sua mãe… que sinceramente não sei como é possível se nunca a viu. A Leona devia mesmo de parar de ler Revistas Maria.

    Shaman King (2021)

    O Yoh regressa ao torneio e defronta toda a tropa angelical vestindo um pouco da frieza do Hao. Nos minutos finais Shaman King decide ser mesmo “Stand King” porque tivemos o momento mais JoJo até à data, que foi do mais estranho e descontextualizado nesta obra, a meu ver. Esta é sem dúvida a série mais “fiel” de Shaman King, devido às lutas serem essencialmente painéis, onde o movimento é quase uma miragem tal como lemos no mangá.

    Sono Bisque Doll wa Koi wo Suru

    Gojo sempre adorou bonecas desde a sua mais tenra infância. O seu maior sonho é tornar-se num artesão de bonecas Hina tão bom como o seu avô. Devido a este caricato gosto, Gojo foi sempre ostracizado socialmente, desde um primeiro amor, até não ter amigos numa idade mais avançada. Contudo, este quadro negro está prestes a receber novas cores. Marin, uma colega da sua escola, depois de algumas peripécias pede-lhe para criar um fato de cosplay de uma das suas personagens favoritas. Mesmo sem experiência em criar fatos à escala humana Gojo aceita. Uma agradável surpresa além de uma arte maravilhosa, e uma narrativa que inclui um elemento muito patente -mas pouco explorado- a dinâmica entre personagens parece estar muito interessante.

    Kaijin Kaihatsu-bu no Kuroitsu-san

    Lembra-se quando aquele bode humanoide servo da Rita Repulsa (Power Rangers), aparecia e indicava que produziu um novo monstro? Pois, esta é a dinâmica de Kaijin Kaihatsu-bu no Kuroitsu-san, onde acompanhamos o quotidiano de um laboratório que se dedica a criar monstros para “Tokusatsus”. Não estava a espera de gostar de uma série que nos mostra o lado “Sentai” da perspetiva dos vilões. O “fanservice” é que considerei escusado.

    Quanto a jogos vão saber o que joguei durante estas semanas na próxima quarta-feira.

    Ricardo M.

    The Witcher – Segunda Temporada

    A segunda temporada de The Witcher não me encantou tanto quanto esperava, isto porque parte da história podia ter sido menos prolongada. Mesmo assim, os oito episódios proporcionam um enredo mais coeso e maduro, destacando-se com o crescimento da relação “parental” entre Geralt e Ciri. Ao contrário da temporada anterior, a princesa deixa a imagem da donzela para dar lugar a uma jovem decidida e lutadora, conseguindo lidar com um treino intensivo, os bruxos da fortaleza de Kaer Morhen e principalmente com seu destino. Estas interações também introduziram um novo elenco que foram valiosas para destacar o principal desta temporada, o desenvolvimento dos laços familiares entre eles que quebra a imagem insensível dos mutantes.

    Já acerca do propósito da feiticeira Yennefer de Vengerberg, pareceu uma missão secundária que serviu na teoria para aumentar a longevidade da obra, ainda que esta tenha uma finalidade maior para o futuro da série, esperemos nós. Ao menos, o retorno do bardo divertiu-me com o seu temperamento característico. De referir que o sucesso da série também trouxe benefícios ao seu elemento técnico e visual, e isso nota-se nos detalhes num todo.

    Kimetsu no Yaiba – Entertainment District Arc

    Ação contínua a intensificar no mais recente arco de Kimetsu no Yaiba. Tanjiro determinado a derrotar a poderosa Oni Cortesã, acaba por dar utilidade ao seu treino secreto para controlar o poder que possivelmente herdará, a respiração do sol. Enquanto isso, os caçadores de Onis e as duas esposas do Hashira do Som reúnem-se no subsolo, causando nesse instante um bom momento de humor que começam a tornar-se habituais ao longo da série. A Ufotable está a fazer um óptimo trabalho quanto à qualidade da animação, atribuindo uma atenção especial aos movimentos energéticos dos personagens em combate e dos efeitos das suas habilidades.

    O Livro de Boba Fett

    Com a estrutura idêntica ao de The Mandalorian, nesta jornada situada no universo da série Star Wars, Boba Fett, o vilão e ex-caçador de recompensas é desta vez o protagonista, onde os acontecimentos da sua história são apresentados entre o passado e o presente. Durante os dois primeiros episódios pouco desenrola para tirarmos uma opinião mais concreta, no entanto, serviu para introduzir o que aconteceu com Boba depois de ter sido atirado no passado para dentro de uma criatura alienígena no deserto de Tatooine ( Episódio VI – O Regresso do Jedi.) Parte destes eventos chamam atenção com o ritmo das cenas de ação bem coreografadas, explorando também uma faceta mais compatriota dos Tusken Raiders, o povo nómada que eram conhecidos até então como selvagens.

    Marvel’s Guardians of the Galaxy

    Depois do fiasco que foi Marvel’s Avengers, foi fácil ficar reticente quando soube que Marvel’s Guardians of the Galaxy estava nas mãos da Eidos Montréal. Mas ao contrário do julgado, foi a melhor viagem que fiz pela galáxia ficcional da Marvel. Independentemente da jogabilidade linear, ainda que divertida, é na narrativa que descobrimos o que precisamos para ficar presos aos eventos carismáticos deste jogo que englobam Star-Lord e os seus companheiros, célebres nas adaptações cinematográficas pela imprevisibilidade e o senso de humor invulgar. Foi fantástico acompanhar os diálogos frequentes que nos invadem durante as missões, salientando Rocket Raccoon pela ironia e o seu particular lado explosivo e Drax pela honestidade “admirável” ligada a sua incapacidade de entender o sarcasmo dos outros. Por outro lado, a exploração entrega um leque incrível de planetas, cada um deles, encantador em particular pela sua fauna e flora e ainda pelos ambientes que se destacam com as cores vibrantes. Aproveitei cada instante do modo fotografia, até porque não quero esquecer tão cedo esta experiência.

    Helder Archer

    Num semana muito preenchida a nível profissional para mim, o destaque vai para:

    Kimetsu no Yaiba – Entertainment District Arc

    Kimetsu no Yaiba volta a mostrar que consegue misturar ação, drama e comédia de forma sublime e este episódio teve de tudo um pouco de forma equilibrada.

    Felipe Soares

    Kimetsu no Yaiba – Entertainment District Arc

    Este episódio recente do anime foi bastante empolgante e inesperado. A parte empolgante é claramente as lutas se desenrolando e com uma animação muito bem produzida. Foi bastante legal ver a dinâmica de Inosuke para encontrar as pessoas capturadas, principalmente pela possibilidade de ver uma cena de Zenitsu lutando claramente desacordado.

    A parte inesperada foi Tanjiro afirmando que seu corpo não seria adequado para a Respiração da Água. Não sei sobre os acontecimentos do manga, então quando o pai do Kyojuro Rengoku cita no anime sobre a existência de um estilo de respiração que teria gerado os outros estilos achei que Tanjiro, por ser usuário (mesmo que por intuição por enquanto) desse estilo, poderia se adequar a outros estilos no decorrer do tempo (e das experiências em batalha).

    Orient

    A adaptação para anime do manga de Shinobu Ohtaka, a criadora do mangá Magi, estreou nesta quarta-feira (05 de janeiro) e eu falei as minhas primeiras impressões deste primeiro episódio da obra em um texto.

    Primeiras impressões de Orient

    Dragon Ball Super: Broly

    Depois de enrolar bastante tempo esperando sua chegada em uma plataforma de streaming no Brasil, finalmente assisti ao filme da franquia Dragon Ball que reintroduz um personagem que é bastante querido dos fãs da série.

    Fui assistir ao longa de forma despretensiosa (assim como já faço normalmente com as coisas da franquia Dragon Ball) e fiquei impressionado com o quão bem produzido o longa é. Acho que desde o arco do Torneio do Poder não tinha visto alguma história relacionada a franquia que tivesse um roteiro bem escrito, com personagens com alguma profundidade e reviravoltas bem feitas (afinal Dragon Ball é conhecido de forma geral pelos gritos, cabelos coloridos e personagem caindo na porrada a todo o instante).

    A animação é com toda certeza o ponto alto da produção do longa. Fica bem visível os diversos tipos de animação usadas no decorrer do longa, passando por animação mais tradicional em 2D, indo para a mistura entre 2D e CG e chegando em cenas produzidas totalmente em CG. Tudo isso sem deixar cair a peteca através de cenas de luta ágeis e com toda uma pirotecnia visual e muito colorida, e que parece estar se tornando uma boa característica da série.

    Tomb Raider

    Aproveitando a gratuidade que a Epic Games deu para a aquisição da nova trilogia da franquia Tomb Raider, eu aproveitei para me aventurar no primeiro jogo da série em sua edição Game of the Year.

    Não vou citar a parte de gráficos ou de jogabilidade pois não tenho muito conhecimento desta parte, mas em questão de história posso dizer que fiquei imerso por várias horas em um enredo que é bastante linear e que possui um ritmo gostoso para ser jogado, apesar de passar por muitas mortes para os lobos por causa do meu lado desajeitado para jogar com teclado e mouse.

    Teen Wolf

    Lançada nos Estados Unidos em 2011, esta série foi uma real surpresa para mim no decorrer destes últimos meses (eu venho acompanhando a série desde antes da criação desta rubrica).

    Fazendo uma comparação com animes, Teen Wolf é bem próxima de uma série Shonen (incluindo os seus clichês) com toques de terror e um pouco de comédia. Os toques de terror são justamente para esconder a falta de verba para efeitos especiais, por outro lado a série usa muito bem esse lado do terror para desenvolver sua história.

    A história da série desenvolve, no decorrer de suas seis temporadas, a amizade do grupo de protagonistas e seus familiares, seus aliados e inimigos (às vezes inimigos se tornam aliados e o contrário também), abordando temáticas do mundo adolescente, como temores sobre o futuro após o colégio, e questões mais pesadas, como questões psicológica e preconceitos contra minorias.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Noᥙzᥱᥒ Ψυκιησ
    Noᥙzᥱᥒ Ψυκιησ
    10 , Janeiro , 2022 1:42

    Ep de Kimetsu foi pika dms

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