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    O que estamos a ver – 14 de Janeiro de 2024

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Captain Tsubasa S2 (14)

    Captain Tsubasa continua com mestria a misturar drama com intensos momentos de futebol. Tsubasa é um prodígio nos relvados, mas não é o único e gradualmente nos apercebemos que de certa forma foi como um rã num charco. Este arco introduz uma das personagens mais importantes para o desenvolvimento do mago da bola porque de certa forma Juan Diaz e o seu companheiro Pascal foram apresentados como antíteses e paralelos de Tsubasa e Misaki. Ao passo que Tsubasa é um jogador técnico vindo de uma família unida e abastecida, Juan Diaz antes de ser encontrado por um olheiro vivia nas ruas da Argentina e jogava futebol com o seu amigo Pascal com todo o tipo de objetos, tais como caricas ou latas porque as suas famílias eram de tal forma pobres que nem sequer tinham dinheiro para lhes comprarem uma bola. Como cresceram os dois juntos desenvolveram também uma “golden combi” semelhante a Tsubasa e Misaki e Juan uma capacidade física digna de um ginasta.

    Contudo, o elo une Tsubasa a Juan, é Roberto Hongo sendo que o número 10 da seleção de juvenis da argentina ferra no talento japonês onde mais dói, no seu orgulho como futebolista. Antes do encontro ambos trocam palavras e Tsubasa apercebe-se que algures na plateia Roberto está a observar o jogo. Roberto é ao mesmo tempo a força e fraqueza de Tsubasa nesta fase porque sinto que quando o abandonou em criança gerou uma espécie de trauma, e Tsubasa devido a este episódio sentiu que não é digno ainda mais quando Diaz conhece Roberto e até lhe ensinou a desenvolver uma versão da sua técnica, o Drive Shoot (chuto orientado). Felizmente Tsubasa é um eterno otimista e devido ao espirito inalável da sua equipa e amizade descobre e desenvolve uma nova combi, desta vez com o seu outrora rival, Hyuuga.

    Uma imagem quase descreve este episódio

    Frieren: Journeys End (14)

    Sein foi uma personagem que sinto que partiu demasiado cedo do grupo de Frieren. Mesmo ausente o sacerdote foi determinante para a sobrevivência de Fren, porque a jovem prodígio de cabelos roxos adoece e Frien e Stark recorrem a um livro de mézinhas para criar um remédio. Já tínhamos visto anteriormente as dinâmicas de Frieren com Sein (a melhor química) e Fren, mas nunca com Stark. Este episódio retificou esse problema ao colocar ambos na recolha de ingredientes para um remédio. Realmente não esperava que ambos tivessem uma relação tão boa porque a personalidade de Stark é muito semelhante à de Zenitsu de Demon Slayer enquanto a de Frieren é mais impulsiva e por vezes aventureira.

    Shangri-La Frontier (14)

    Shangri-La Frontier continua a semear o campo para daqui a semanas brotarem raízes repletas de ação e momentos frenéticos! A narrativa não sente pressa e gradualmente continua a introduzir lore e até revisitar jogos antigos como o “BOSTA” para desenvolver Sunraku e o seu trio de protagonistas. Tudo essencialmente se manteve como o episódio anterior, porém atualização do update de versão do jogo onde um PK que mate um jogador seja morto por outro faz com que o seu dinheiro e equipamento passe para quem o matou e o deixe sem nada quando fizer respawn, vai sem duvida fazer correr muita tinta no jogo divino.

    E se o Sunraku quer ser cá da malta…

    One Piece (1089)

    Wow One Piece, que te viu e quem te vê, se pensavam que a arte do arco da Terra de Wano era surpreendente esperem até verem o traço que a Toei Animation vai utilizar no Egghead arc de One Piece. Os tons carregados deram lugar a uma arte mais suave como tivesse sido pintada com lápis de cor num estilo de conto de fadas com pequenos contornos imperceptíveis e sofisticados quando comparados, com os do arco de Wano. Este episódio também foi incrível pelas suas revelações, preparem-se por este arco vai explodir neste segmento, e demonstrar o poder e crueldade de um ser que vai ser uma figura de destaque muito em breve. Incrível como no início One Piece era uma obra em redor de piratas, aventura e tesouros, no presente é uma obra que gira em torno de escravatura, totalitarismo e diferenças sociais.

    Ishura (02)

    O segundo episódio de Ishura trocou-nos literalmente as voltas porque ao invés de continuar a história do último samurai a produção decidiu apresentar-nos um grupo de novas personagens e mudar de ambientes. O foco foi um conflito entre dois dragões lendários um com centenas de anos e outro que é um Wyvern que decidiu se alugar aos humanos. Além do conflito dos dragões os humanos também foram mergulhados e numa carruagem pudemos assistir a um trio que consiste num esqueleto espadachim, uma árvore humanoide e uma jovem que parece ser o elo entre todos. Devido a estes desenvolvimentos sinto que Ishura está bem próximo de uma espécie de League of Legends onde uma guerra vai unir seres lendários numa disputa para decidir que é o maior campeão. Outro efeito que é mais que certo é a sua violência gráfica isto porque corpos desembarcados e muito sangue voltaram a jorrar em todas as direções do ecrã. O Lore também não para de introduzir conceitos e elementos e como foi narrado pelo seiyuu do Vearn e foi um Rei Demónio que também é uma das peças fulcrais do enredo, não deixa de ser interessante.

    Metallic Rouge (01)

    Não há dúvidas que Metallic Rouge é uma obra destinada ao público adulto. O primeiro episódio transportou-nos até uma sociedade futurista e distópica em marte onde a humanidade coexiste com androides. Embora tenhamos uma visão ainda muito nublada desta realidade o primeiro episódio nos deu um vislumbre do que esperar. Ao que parece os androides desejam equiparar-se aos humanos e lutam pela sua emancipação, contudo, para sobreviverem parece que se têm de inocular para sobreviver e uma das personagens principais, que adora chocolate e tem a capacidade de se equipar com um fato mecha. Senti que Metallic Rouge é uma obra pré My Hero Academia no Studio Bones, devido aos seus temas e personagens. Esta é por excelência uma obra bem ao estilo das preferências e recomendações do Hideo Kojima.

    Um Vash mais Vash que o Vash de Trigun Stampede

    Urusei Yatsura (2022) (24)

    Urusei Yatsura regressa com mais uma temporada repleta de gritos estridentes, choques elétricos, muita loucura e diversão. Neste primeiro episódio Ten revela ao Ataru as pastilhas extraterrestres do pensamento e Lum torna-se incapaz de compreender e interpretar a língua japonesa. Gradualmente assistimos aos primórdios do tradicional estilo de comédia de Rumiko Takahashi que se tornou imagem de marca nas suas obras onde o tradicional martelo gigante e as manobras de wrestling são dois dos seus destaques e foram uma constante neste festivo episódio. O que também voltou a marcar presença foram os sentimentos do Ataru quando Lum parte e podem crer que doravante vão ser mais frequentes e impactantes daqui para a frente.

    Dungeon Meshi (02)

    Dungeon Meshi continua a ser um verdadeiro prato cheio de diversão e animação. Desta vez a party do Laios desce até um novo piso da masmorra para caçar basilisks e mandragoras. Algo que estou a adorar, além das excêntricas iguarias, é como as personagens são desenvolvidas em função dos pratos e das suas características. A série poderia tomar uma via muitíssimo mais simples ao simplesmente introduzir uma caçada aleatória, mas ao incorporar a sua história no ADN das personagens consegue não só o feito de apimentar demasiado um enredo básico como alimentar ainda o apetite de novos episódios a cada semana.

    Chained Soldier (02)

    Como Chained Soldier introduziu algumas personagens no primeiro episódio às três pancadas sem sequer dar a oportunidade de as apresentar não foi de todo estranho que a sua via fosse a apresentação das mesmas ao invés de continuarmos a assistir a festivas lutas. Para o fazer o autor da história enveredou para a via mais simples e funcional de harém anime, os maus entendimentos e os efeitos que o protagonista tem de lidar para sair ileso. A meu ver tudo foi previsível, diria mesmo demasiado previsível e talvez o momento mais surpreendente do episódio foi quando assistimos à mestre e servo a jogarem Super Street Fighter II Turbo, ou preferirem Super Strip Fighter II Turbo. Aposto que estavam à espera de outra peça de roupa quando o nosso herói tentou despertar o seu poder de servo, nisto até dou a palmatória do autor enveredar por outra via em prol dos elementos das personagens.

    Solo Leveling (02)

    Os humanos são por excelência as criaturas mais regidas pelas suas motivações e crenças, foi este o grande tema do segundo episódio de Solo Leveling. Quando estamos perdidos e a esperança de sobrevivência é muito reduzida temos a tendência a orar certo? Mas, o que acontece quando nem mesmo orações ou divindades são ouvidas para quem se perdeu nas trevas? na maior parte das vezes mergulhamos ainda mais num abismo e somos regidos ao instinto mais básico que é a sobrevivência. Sem entrar muito em pormenores este foi o elemento mais predominante deste intenso segundo episódio que tanto sangue fez jorrar, corpos esvoaçar e gritos ecoar enquanto deu-nos um vislumbre da família do Jinwoo. Tal como Hunter x Hunter também gosto como o conflito é interpretado pela negociação e diferenças de cada uma das personagens.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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