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    O que estamos a ver – 31 de Dezembro de 2023

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    FELIZ 2024 PARA TODOS LEITORES DO OTAKUPT, obrigado por continuarem conosco e a seguirem este espaço.

    Bruno Reis

    Captain Tsubasa: Youth Tournament Arc (13)

    Este episódio de Captain Tsubasa fez-me aperceber do quanto Tsubasa e a sua família foram determinantes para o desenvolvimento de Roberto Hongo. O futebolista do Brasil estava completamente perdido devido ao abandono forçado da sua paixão e foi Tsubasa com a sua irreverência e inocência que o fez voltar a viver e encontrar um propósito. Estes momentos também muito inteligentemente serviram para introduzir um breve resumo atenção que foi servido como que estamos habituados a ver mas num formato muito orgânico, funcional e direto para inserir e apresentar, de uma forma muito condensada, o percurso de Tsubasa até ao campeonato de futebol de sub 17 de juniores na França.

    Quem está dentro das aventuras futebolísticas do mago da bola sabe certamente que os torneios escolares já receberam diversas adaptações ao longo dos anos e foi refrescante assistir desta a um destes resumos por cerca de 10 minutos, pois julgo que dedicar mais um bloco de episódios no confronto de Tsubasa e Hyuga não fazia sentido, ainda mais quando foi adaptado em 2018. A segunda parte do episódio fechou o primeiro cour com um autêntico ciclo, pois terminou mais ou menos como começou e abre portas para uma segunda parte recheada de momentos explosivos e intensos que vão ser determinantes para o crescimento do Tsubasa e todos os seus companheiros.

    Quantas versões já assistimos desta cena?

    Shangri-La Frontier (13)

    Shangri-La Frontier é muito diferente do MMO Isekai corrente visto que o seu foco não é a sua personagem mas sim o próprio jogo. Podemos descrever as aventuras de Sunraku como um jogo dentro de vários que atuam para desenvolver o mundo e consequentemente personagens. Vou mais longe a afirmar que rotular Shangri-La Frontier como um  simples Isekai pode chegar a ser depreciativo já que a personagem parte e regressa a bel-prazer entre o jogo divino e o mundo real e ambos se complementam, também para cimentar este quadro e separar das restantes obras deste subgénero concluo que não existem os tais perigos ou outras implicações do mundo virtual no real. A meu ver Shangri-La Frontier é apenas um obra sobre um conjunto de aventuras de um indivíduo que conquistou dezenas de jogos medíocres e partiu à descoberta de um muitíssimo superior, contudo para dar alguma profundidade à narrativa constamos que o jovem não esqueceu as suas experiências anteriores. No papel este elemento talvez possa parecer negativo para muitos, no entanto, senti muito mais como um efeito bem positivo, afinal quem não está de farto de um jogador OP que ultrapassa provas só a recorrer a estatísticas sem uma ponta de estratégia? Ao longo destes 12 episódios foram mais que notórios os momentos onde Sunraku recorreu aos seus conhecimentos de jogos medíocres para conquistar provas aparentemente impossíveis e outros desafios numa realidade aparentemente perfeita, para complementar as personagens possuem sinergias bem interessante e se complementam. O lore também acompanha este tendência e este episódio contribuiu não só para unir algumas pontas soltas da narrativa como servir as personagens e os espetadores para a continuação da caçada do Wezaemon, que ficamos a saber que é bem mais que um monstro e guarda o tumulo da NPC, Setsuna. Algo que adorei neste episódio foram as cores e sombras a produção parece que caprichou no HDR.

    O Dark Souls dos animes

    Jujutsu Kaisen -Segunda Temporada- (23) FIM

    Se existe uma obra que partilha tanto de positivo como de negativo este ano é Jujutsu Kaisen, isto porque a adaptação de Gege Akutami brindou-nos algumas das melhores cenas de ação animadas polvilhadas com animação bastante questionável e controversa. Quem está atento a este espaço, e ao nosso site, certamente que sabe que o estúdio Mappa semeou uma verdadeira maldição ao produzir um sem fim de obras anime ao longo dos tempos sem se importar com cronogramas ou o bem-estar dos seus funcionários. Acredito que grande parte destes desenvolvimentos nesta série se devem ao final definitivo de Attack on Titan, afinal estamos a falar de, provavelmente, a serie de anime mais célebre da última década e claro que teria de ser estar à altura de fãs e críticos. Como se não fosse bastante Chainsaw Man, Vinland Saga e outras super produções ao longo de várias temporadas também imprimiram mais fadiga nos funcionários do estúdio. Algo ou alguém teria de ceder e a maldição caiu sobre Jujutsu Kaisen a meados do célebre incidente de Shibuya que tanto sangue suor e lágrimas produziu. Polémicas técnicas à parte este foi um arco bem muito comparável às inúmeras mortes de Game of Thrones. isto porque tanto George como Gege não tiveram o mínimo de problemas em matar brutalmente as personagens favoritas da maioria, atenção que quando digo brutalmente não estou a exagerar porque não faltaram tripas a voar em todas as direções.

    De salientar que o nosso animador português João Moura esteve presente em alguns episódios e brindou-nos com algumas das melhores coreografias de luta sob uma realização muito do estilo que o estúdio já nos habituou. Realmente tenho mesmo muita pena que o resultado não foi constante e por essa razão considero que este arco foi uma espécie de “Acesso Antecipado” e que a sua versão completa apenas vai ser lançada em Blu-ray isto claro se forem retificadas as suas falhas técnicas, mas por favor por agora deixem os funcionários descansar quer na produção da “Blu-ray Box” como na produção da sua terceira e temporada.

    Jujutsu Kaisen Shibuya’s Incident descrito numa imagem

    Dropkick on my Devil! Inferno

    Ao assistir a este episódio de Dropkick on my Devil! senti o mesmo efeito dos OVAs à moda antiga, ou seja, um episódio com uma arte mais requintada e animação superior, o anime parodia este elemento de início. Outro efeito presente nos OVAs clássicos é o facto de ser um episódio desconexo da narrativa e foi neste ponto que Drockick on my Devil! Inferno se debruçou. O mesmo foi literalmente uma paródia de Hokuto no Ken, onde Jasshin-chan acompanha de Medusa parte para desenvolver o Hokuto Shinken e “salvar” a cidade da Shizune que se tornou numa versão sádica do Raoh. Pelo caminho conhece o próprio Kenshiro as suas aliadas e parodia a sua própria obra original. Se temporadas de uma Lamia com a mania das grandezas não foram suficientes têm aqui um episódio para vos saciar.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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