Eu tenho a impressão que esse anime quer, no fundo, passar uma mensagem, ao invés de somente chocar o público com os mais variados tipos de violência. O choque vai continuar existindo porque é o objetivo principal do anime, entretanto, a série não se sustentará por muito tempo se não tiver algo a mais.
Este site, no qual preto serviços como redator, já divulgou várias vezes notícias sobre a indústria idol no Japão. Algumas notícias do tipo “fã tenta matar idol” são absurdas, todavia a industria de entretenimento, mas precisamente a de idols, tem sua parcela de culpa devido ao fato de capitalizarem em cima de desejos doentios de uma parcela de fanáticos. Enfim, o terceiro episódio faz uma crítica à esse segmento da indústria do entretenimento. Todavia, é tudo mostrado de forma tão caricatural que fica difícil de levar a sério o tom crítico que o episódio quis passar.
O grupo de “Pet Idols” simbolizam muito bem a maneira de como os fãs enxergam e tratam as idols. Elas não são apenas artistas que levam alegria ao povo, e sim verdadeiros bichinhos de estimação, que devem “obediência” absoluta aos seus donos fãs.
Embora haja exageros na história, nada parece ser por acaso. Um bom exemplo disso é o báculo mágico da Nijimi (uma calcinha) que, ao analisarmos bem, há uma mensagem crítica por trás. A simbologia metafórica (de mal gosto) de uma peça íntima que tem o poder de controlar as pessoas ao seu redor é interessante, pois as idols são “produtos” da indústria de entretenimento que são capazes de “hipnotizar” o público, os tornando semelhantes àquele personagem coadjuvante louco por pela Nijimi apresentado durante o episódio.
A Nijimi, embora tenha um lado muito assustador, me pareceu mais ingênua do que eu imaginava (eu esperava uma garota completamente pisicopata), pois ela, à primeira vista, não é mal intencionada, porque se fosse ela causava muito estrago com o poder que ela tem. Não sei se você reparou, ela continua chamando os seus apoiadores sob o efeito de seu poder de fãs e não de escravos, o que pode indicar que ela não tenha noção do poder que ela tem em mãos. Caso a vida dela se esvair rápido devido ao uso excessivo de seu báculo, isso pode simbolizar a “vida curta” da carreira de uma idol, afinal de contas quem segue tal carreira não pode manter o status de “garota pura” pela vida toda.
Foi muito reconfortante ver a Aya sorrindo, pena que deve ser por curtíssimo tempo, devido ao tom do anime. Ela e a Tsuyuno agora tem um objetivo a cumprir, o que é bom, pois aponta uma direção para onde o show tem que seguir. Não será nada fácil e pelo caminho haverá muita dor e sofrimento. Por falar em Tsuyuno, foi legal da parte da direção mostrar um flashback dela, apesar da mesma ter recusado a contar sobre seu passado para a protagonista, pois assim ficamos a saber um pouco mais sobre essa misteriosa e importante personagem.
O fato da Sarina estar viva, mesmo após um ferimento mortal, não foi algo que me surpreendeu, pois a mesma aparece na imagem promocional do anime ao lado das outras mahou shoujos.
Até o próximo artigo!
Uma das surpresas da temporada pra mim, juntamente com Hinamatsuri e Dorei-ku
Eu estava com o pé atrás em relação a MSS, mas está sendo um dos melhores que estou vendo na temporada. Obrigado pela participação!
ótimo texto, concordo com tudo. E se voce ler o mangá verá que as coisas não acabam bem para ela, a maioria das Mahou Shoujo desta obra são psicopatas.
Fico muito feliz em saber que tenha gostado do texto. De boazinha só tem a Aya, que é praticamente uma santa. Obrigado por esse comentário, e pela participação nos artigos sobre esse anime.