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    O Preço da Verdade – Island Episódio 2

    Logo no início do episódio, Rinne explica o mal que a acomete e dá, “como quem não quer nada”, abertura para um romance com o felizardo Setsuna (os entendedores entenderão). Tudo isso acontece à luz do dia, e falando em dia, o turno diurno é, como visto anteriormente, o turno em que a princesa da noite costuma — até agora — ir dormir, enquanto que seu criado, quando já acordado e pronto para o trabalho, faz suas devidas tarefas. Longe da casa de Rinne (ou nem tanto), está a escola de Karen, a qual, pela primeira vez, aparece no anime. E adivinha quem é a primeira estudante a vermos em sala de aula? Sim, ela, a ilustríssima Karen, que guarda consigo um folheto relativo a uma vaga de emprego na casa da família Ohara.

    Será que Karen formará uma criadagem com o Setsuna? Veremos. Agora, voltemos a falar do Setsuna, que, aliás, trabalhou duro neste episódio.

    Finalizada a sua árdua labuta, Setsuna sai em busca de respostas à síndrome de Rinne, a qual é conhecida como Síndrome das Chagas Fuliginosas. Pelo caminho, encontra as amigas de Karen, as quais são perguntadas se a direção que ele tomava naquele instante o levaria à biblioteca, e elas afirmam positivamente que sim, que a direção tomada por ele é a mesma que conduz à biblioteca.

    Chegando lá, ela já estava fechada, e ele bem sabia disso, porque as meninas já o tinham alertado sobre o fechamento. Não havendo outra alternativa, Setsuna vai até a sacerdotisa, com a esperança de que ela o ajude em sua empreitada. Quando chega ao templo, Setsuna vê a pequena sacerdotisa fazendo oferendas, mas ela, ao notá-lo, interrompe, ruborizada, suas atividades e diz a ele: “Acabei de pedir aos deuses que milha armadilha sexual dê certo. ” Convenhamos, esse apelo recorrente ao sexo envolvendo personagens tão infantis não se encaixa bem. Sinceramente, de modo algum se encaixa. Esse poderia ser o único ponto negativo do Island. Bom, acho melhor voltarmos a Sara. Caso contrário, este texto não terá um final agradável. Enfim, Sara, a sacerdotisa, como conta neste episódio, foi a sobrevivente dum incêndio criminoso que acabou a tirando de seus pais. Ela foi a única sobrevivente do incêndio, cujos culpados saíram incólumes das devidas punições legais. É nesse encontro com o Setsuna que Sara nos fala da lenda que envolve as três famílias mais importantes da ilha, que são as famílias Ohara, Kurutsu e Garandou. Esta última é a da nossa bem desajustada sacerdotisa. Os nomes, como explica Sara, de suas amigas, se é que podemos assim chamar, e o seu são parte da tradição dessas famílias.

    Conta ela (Sara) que quando a ilha ainda era conectada ao continente, Rinne (não a atual, mas sim a da lenda) tinha um irmão chamado Setsuna. Eles começaram a se amar como homem e mulher, sem que ninguém soubesse disso durante um certo tempo. A primeira a saber do caso foi Karen, que também era apaixonada por Setsuna. Reprovando o incesto cultivado por eles, Karen pede a uma sacerdotisa mascarada que os separe. A sacerdotisa, em resposta, amaldiçoa Rinne e a transforma num monstro. Com isso, Rinne entra em desespero e tira de si sua própria vida. Sozinho, continua Sara, o irmão da falecida segue o conselho da sacerdotisa da família Garandou e vai à misteriosa ilha da sacerdotisa mascarada, com a qual, posteriormente, faz um pacto, que se dá da seguinte forma: no futuro, em uma data desconhecida, Rinne será revivida, e se eles se encontrarem e ficarem juntos novamente, a maldição será desfeita. Por conta disso, Setsuna, numa urna de gelo, dormiu por vários anos à espera desse dia. Na passagem interminável do tempo, Setsuna recebeu o nome de Sanzenkai, que significa “o protetor do cosmos”.

    Já fora do templo e do alcance da tresloucada Sara, Setsuna volta à casa da patroa e encontra Karen lá. Pois é, minha gente, parece que teremos uma dupla dinâmica agora, pois Karen foi aceita para trabalhar com o Setsuna. Ou seja, a filha rebelde do prefeito — sim, prefeito, eu errei na minha primeira postagem ao afirmar que o policial Harisu era prefeito — será a companheira de trabalho do Setsuna. Ah! Agora sim! Sendo sincero, a Karen é a personagem com quem eu mais simpatizei, simples assim. Ela, a ilustríssima, pretende juntar a grana do trabalho para poder bancar sua viagem, aparentemente, definitiva para o Oriente. A pequena quer rever sua mãe, e eu torço muito para que isso aconteça. Aproveitando as férias, Karen passa a trabalhar para família Ohara, e descobrimos no decorrer do episódio um pouco mais sobre a síndrome de Rinne.

    Segundo o médico que atendeu a senhora da imagem acima, em casos extremos, o portador da síndrome pode ir a óbito ao entrar em contado com a luz solar. O azarado que sofre da síndrome tem seu corpo inflamado, quando exposto a luz do sol, e pode morrer em até cinco minutos. Lembrando: isso só ocorre em casos extremos.

    Detalhe: ainda não há cura para esse mal. A única coisa que se pode fazer é controlar os sintomas, como acontece com quem tem diabetes, por exemplo. A ilha encontra-se isolada do resto do mundo por conta disso, dessa doença sem cura, que faz de seu portador um prisioneiro da noite. Estranho, não? Do outro lado do mundo, temos uma vasta quantidade de doenças sem cura, mas lá, na ilha Urashima, só por conta de uma única doença, o mundo cortou seus laços com a ilha. Apesar de ser um anime, há coisas que são difíceis de engolir (tipo: suco de jenipapo, café frio etc.). Uma única doença isolou a ilha do resto do mundo. UMA SÓ!!! Nem é contagiosa!

    Em se tratando da síndrome, uma coisa nos foi revelada: a Rinne não sofre dessa enfermidade, embora creia ela que sofra. Até sua mãe — não a sua, a de Rinne (: D) — disse que ela não sofria desse mal, e disse isso repetidas vezes a sua filha, conta Ohara Kuon, e não Ohara Kune, como eu havia escrito anteriormente, por conta da legenda do Crunchyroll ter dado justamente esse nome e só ter corrigido o erro no segundo episódio. Enfim, corrigimo-nos e é isso que importa. Vamos ao que interessa! Ohara não disse isso ao vento ou de si para si, havia dito a alguém. Esse alguém era o Setsuna, com quem ela partilhou essa preciosa informação, a preciosa princesa da noite não estava, esteve ou está doente, não sofre desse mal.

    Rinne, depois de perder a memória, começou a acreditar ser ela a Rinne da lenda. Sua mãe, preocupada com o futuro da miúda, pede ao Setsuna que a salve dessa ilusão

    Setsuna, agora caminhando ao lado de Rinne pela praia (na areia, que fique bem claro isso),  ao ver, por “antecipação do futuro”, a reação de Rinne ao ser confrontada com a realidade, muda sua abordagem a fim de que a pequena não sofra, tentando convencê-la de ir à praia ao dia, junto com suas amigas Sara e Karen. A imagem logo abaixo mostra a reação da Rinne em relação à verdade nua e crua. Quando a verdade dói…

    Setsuna decide então abrir o jogo com a Rinne, falando que ela ficaria bem se fosse exposta ao Sol. Notando a participação da mãe nessa afirmação, pergunta “Minha mãe que te disse isso?”, e Setsuna responde que sim. O desenlace do episódio em questão se dá exatamente nessa conversa. E uma coisa ficou bem clara nesse diálogo entre o Setsuna e a Rinne: ela não quer saber de ser outra que não a da lenda. Advinha por quê? Ela acha que assim o Setsuna será sempre seu. É mole?!

    Análise semanal por Otaku Safado.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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