Estreou finalmente na a adaptação para filme live-action do popular manga de e Takeshi Obata.

Para quem não conhece a história de  aqui fica um breve resumo.

Light Turner (Nat Wolff) é um brilhante estudante do ensino médio que descobre um caderno mágico que lhe dá o poder de matar alguém escrevendo apenas o seu nome e tendo a imagem da sua cara na sua mente. Com a ajuda da sua colega de classe, Mia (Margaret Qualley), ele aplica justiça rápida a todos os criminosos do mundo como uma figura divina chamada “Kira“, mas o seu pai (Shea Wiggum) uniu forças com um misterioso detetive conhecido como “L” (Lakeith Stanfield) para descobrir a verdadeira identidade de Kira e pôr fim ao seu reinado de terror.

Dirigido por Adam Wingard, (The Guest,  You’re Next) o filme tomou algumas liberdades criativas em relação ao material de origem e também aos personagens. Aliás, quando foi anunciado o filme foi muito criticado pelo seu casting em semelhança ao que aconteceu com , sendo que em  não vemos um único ator asiático.

Ryuk

Este filme de pode ter duas interpretações distintas, uma para aqueles que conhecem o anime e manga de e outra para aqueles que nunca entraram em contacto com a franquia.

O filme situa a história nos ano 80 e curiosamente a trilha sonora é um dos pontos que mais gostei do filme. A componente sonora do filme é solida e consegue transmitir tanto a época com a carga dramatológica que estamos a ver.

Light Turner

No início do filme conhecemos Light Turner interpretado por Nat Wolff que para mim foi a pior interpretação do filme. Wolff dá ao personagem um ar demasiado frágil, demasiado dependente, não conseguindo transmitir em pleno a inteligência de Light e na sequência em que ele encontra pela primeira vez Ryuk ele comporta-se como uma “menina histérica”, em vez de transmitir uma sensação de medo, surpresa, mistério a única sensação que tive foi de me levantar e de dar um par de estalos no ator.

Wolff não consegue transmitir a natureza metódica e manipulativa de Light

A claramente poupou uns trocos com a animação de Ryuk e nunca vemos o nosso “Deus da Morte” completamente ou em detalhe sendo que Willem Dafoe foi sublime na maneira como emprestou a sua voz ao personagem. É de longe a melhor interpretação do filme conseguindo transmitir toda a natureza ameaçadora e traiçoeira de Ryuk.

O filme faz um trabalho decente em explicar como funciona o  e curiosamente quando a sua mecânica é apresentada dei comigo a pensar que estava a ver um filme da franquia Final Destination (O Último Destino / Premonição).

Mia

Surge então Mia (Margaret Qualley) uma cheerleader, sim, em pela  não vemos a bela idol Misa que foi assim substituída por uma personagem manipulativa que vai explorar a componente amorosa de Light e que claramente é bem mais sádica que o nosso protagonista. Vai ser ela que vai fazer com que Light ultrapasse a barreira do moralmente correto estimulando-o a utilizar o . Se o objetivo de diretor era fazer com que Mia fosse a grande antagonista do filme conseguiu, e Margaret Qualley conseguiu dar vida a uma personagem que facilmente é odiável.

L

Surge então L, um famoso detetive interpretado por Lakeith Stanfield. Quando o cast foi anunciado muitos criticaram o casting de um ator de raça negra para o papel de “L”, mas já vimos que o diretor tinha planos diferentes para esta versão ocidental de .

Stanfield é claramente um fã do personagem L e consegue transmitir alguns dos maneirismos do personagem bem como o seu intelecto superior, é claramente um personagem com o qual o público vai simpatizar. Stanfield tem assim neste filme uma rampa de lançamento para uma carreira de hollywood, no entanto nem tudo correu bem, não por culpa do ator mas sim da direção.

Para o final do filme vemos L a sair completamente fora de personagem, o personagem de físico diminuto e intelecto superior dá lugar a um herói de ação. Vemos L perder a razão e dar lugar à emoção, a correr armado mais que alguns atletas de alta competição e a conduzir um carro numa perseguição a alta velocidade.

L – Herói de filmes de ação??!!

No filme é retratado também por pouco tempo o duelo entre L e Light que é um dos componentes mais importantes do anime e manga.

O filme termina de uma forma que pode ser considera por muitos como satisfatória, isto se estavam a torcer por um certo acontecimento, e deixa a porta aberta para uma sequela. Resta é saber se o público quer ver mais desta visão de pelo diretor Adam Wingard.

Para quem não conhece , o filme pode entreter mas não passa disso, no entanto se conhecem a história de  vão ficar desiludidos com esta fraca representação daquele universo.

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Lucas Alves
Lucas Alves
13 , Julho , 2019 3:02

Pior que o L negão só alguém dizer que ele atuou bem kkkkkkk esse neguim é tão ruim quanto a bichinha branquela que interpretou o light, e essa mania de forçar a barra dizendo que o Live action da Netflix foi bom só por que deu uma “visão ocidental” da história e preencheu cotas tá chato já…

Shuujin
Shuujin
13 , Julho , 2019 3:02

Resumindo o que eu vi do filme de forma bem simples: Transformaram Death Note em um filme americano cliché de ação…

Gabriel (Joseph Joestar)
Gabriel (Joseph Joestar)
13 , Julho , 2019 3:02

Como assim o filme situa a historia nos anos 80 ? Tem Smarphones, TV’s de LCD, computadores avançados e etc…

Dougfulll
Dougfulll
Reply to  Gabriel (Joseph Joestar)
13 , Julho , 2019 3:58

Na verdade é em 2006 kkkkkkkk

Will
Will
13 , Julho , 2019 3:02

a musica e foda mas o filme em si nao e top nota 5 mas gostei mas espero que proxima coisa que a Netflix fazer melhor ler o manga ou anime para fazer ou melhor so faz o Anime mesmo por que isso de pessoas reais no filme nao da certo

antonio carlos
antonio carlos
13 , Julho , 2019 3:02

eu achei o filme bem chato,o L e praticamente inútil e o filme da soluções sem graça pra avançar a investigação como o pai do light ir a publico so pra n ser morto e o L descobrir quem e o kira,os personagens são extremamente sem carisma e o relacionamento do light e mia e sem graça e genérico como grande parte do filme,parece q o filme saiu de uma maquina de filmes americanos genéricos,so chega “perto” do clima do original na ultima cena quando o filme ja acabou

Dyego Oliveira
Dyego Oliveira
13 , Julho , 2019 3:02

Não achei tão ruim.

O L foi relativamente bem interpretado. Convenhamos, L não é um gênio propriamente dito, mas sim um autista treinado para usar sua capacidade de raciocínio para investigações, e esse aspecto do personagem foi muito bem explorado. A reação explosiva que ele teve na morte do Watari também foi dentro do comportamento esperado, estranho seria se ele agisse com indiferença.

O Light por outro lado, deixou de ser um intelectual sociopata e foi minimizado à um nerd sentimental… foi de longe o personagem mais descaracterizado do filme, e só chegou a lembrar a essência do personagem nos momentos finais.

A Mia/Misa que deveria ser uma “adoring fan” do Light passou a ser uma sociopata badass, também foi descaracterizada bastante.

Se analisar no contexto da adaptação, seria impossível você ter um Light e uma Misa como na obra original no cenário americano. A sociedade americana é bem diferente em seus valores se comparado aos japoneses, a começar que nos EUA não existe essa pressão da família pelo bom desempenho escolar e nem essa competição velada pela superioridade acadêmica que há entre os jovens estudiosos do japão. Também não tem idols de forma que é bem mais difícil ter uma garota bonita e famosa obcecada por um estudante “inteligente” nos EUA pois as prioridades são diferentes nos países. Já no caso do L, ele ficou mais parecido com o original pois em ambos os casos ele é um “outsider”… é um personagem que deve ser esquisito obrigatoriamente.

Apesar das semelhanças, não tem como comparar com Dragonball Evolution… Em Death Note eles colocaram as ambientações de acordo com o que seria na sociedade americana… já em dragonball eles fizeram uma merda que não tem absolutamente nada a ver com a obra original.

Os pontos ruins é que tentaram transformar um Thriller em um filme de Ação. Sem contar em falhas óbvias, como o Watari não ter um sobrenome. Ainda assim, ficou melhor que as adaptações japonesas tanto em atuação (exceto o Light) quanto visualmente, apesar de ter perdido a atmosfera da obra original. O título de pior L dos live actions de Death Note continua sendo o da série… E francamente, espero que esse filme tenha uma continuação, mas provavelmente não vai acontecer devido ao feedback negativo.

ChadGrey
ChadGrey
Reply to  Dyego Oliveira
13 , Julho , 2019 3:59

Qual o requisito usado para dizer que o pior L é o da série quando a série é, salvo alguns detalhes diferentes, baseado no manga e anime e não o L do filme Netflix que o puseram… nisto que não sei o que é?!?
Não é possivel comparar… Para enfatizar um pouco, seria o mesmo que aparecer uma personagem por acaso chamada L em Game of Thrones e vir para aqui dizer que o L de Game of Thrones é o melhor de sempre. Simplesmente não se compara. Para além de que sim, aqui no filme o Marcus Holloway – desculpem – o L nem é nada demais… Ainda bem que temos tanto os filmes Live Action como a série vinda de territórios orientais para poder ignorar este enorme disparate que a Netflix nos fez.

ChadGrey
ChadGrey
Reply to  Dyego Oliveira
13 , Julho , 2019 3:59

L sempre foi um génio. Independentemente de todos os seus outros problemas psicológicos ou comportamentais, L é – ou deveria ser – um génio.

Hollowfied
Hollowfied
13 , Julho , 2019 3:02

“Será que desiludiu os fãs?”

Os fãs nunca foram iludidos,eu pessoalmente assim como todo mundo estava com um pé atrás nesse filme,sinceramente eu esperava que o filme ainda teria a essência do mangá assim como os filmes japoneses já que o produtor Masi Oka (conhecido pela série HEROES) disse que a essência da obra estaria ainda lá mas não foi o caso.

Primeiramente o diretor Adam Wingard trouxe uma abordagem bem diferente para quem está acostumado com a obra original,ele mudou as regras do Death Note,uma coisa que me incomodou muito,ao ver que qualquer acidente poderia ser possível,outra coisa que me decepcionei foi que ele botou muito gore no filme e os conflitos psicológicos que é a coisa mais famosa da série foi deixado bem de lado.

Os atores foram bem no papel,achei que Nat Wolff fez um bom Light,mas o Light dele tá bem distante do verdadeiro Light Yagami,as motivações dele foram apenas por vingança pela mãe dele,algo bem clichê na verdade.Willian Dafoe fez um excelente Ryuuk,acho que de ponto positivo nesse filme mais altos.

Outro ponto positivo é a fotografia,bem elétrica e cheia de cores neon,que virou moda atualmente,mas funciona no filme, com a assistência da ótima trilha sonora, cheia de sintetizantes e músicas conhecidas e que se encaixam perfeitamente em algumas cenas, com The Power of Love na versão do Air Supply fechando o filme.

Enfim,o filme funciona mais pra quem nunca viu o filme como está mencionado na analise,é um filme que quem é fã da série deve ver com mente aberta e ver como uma versão alternativa de Death Note.

ChadGrey
ChadGrey
Reply to  Hollowfied
13 , Julho , 2019 3:59

Pondo – ou tentanto por – de parte as características físicas de cada personagem o que a mim já me deixa desconfortável (e para aqueles que dizem que não ou que é irrelevante bla bla bla gostaria de ver a sua opinião sobre filme sobre a Segunda Guerra Mundial onde o Hitler seria representado por um actor de raça negra… Aí queria eu ver a comunidade negra a apelar pela diversidade… se calhar iria ser o contrário… mas adiante); mudar as regras do Death Note foi “a gota de água”.

Concordo com todo o teu comentário, não conseguiria explicar melhor, e claro que realmente de um filme mediocre (no máximo, um 3,5/10; e já puxadinho) o ponto mais alto é o Ryuuk.

No entanto, eu não recomendaria este filme aos fãs de Death Note nem aqueles que não conhecem nada da sua original história mas tem curiosidades em relação a um livro sobre um caderno da morte. A esses (se não gostarem de animes ou mangás) recomendo a série Live Action ou os filmes Live Action made in Japan.

Denyboy Uchiha
Denyboy Uchiha
13 , Julho , 2019 3:02

death note evolution kkkk