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    Análise: Kill la Kill IF

    Análise: Kill la Kill IF

    Artigo por Bruno Reis.

    2013 ficou marcado por duas séries de enorme sucesso, chamadas e Attack on Titan (Shingeki no Kyojin). Enquanto o segundo jogo recebeu 2 entregas os anos foram a passar e Kill la Kill, parecia ter ficado esquecido para um possível formato de videojogo. Isto até no verão passado a Arc System Works, anunciar que Kill la Kill receberia um videojogo! Fast Forward até o presente e finalmente chegou o momento de vestirmos o nosso Kamui e partirmos para arenas cheias de emoção. Vamos descobrir se Kill la Kill IF é um título digno da série anime onde retira elementos!

    A primeira surpresa que o jogador se deparará é o bloqueio de modos de jogo. Inicialmente só podemos participar no modo história e apenas com a progressão do mesmo podem ser selecionados os restantes modos de jogo e personagens. Até mesmo o modo online encontra-se barrado, por isso já sabem se desejam mergulhar no mundo de Kill la Kill IF a fundo, primeiro têm de percorrer a sua narrativa por inteiro.

    Todavia se esperam reviver os eventos desta explosiva série animada, fiquem desde já a saber que os mesmos não serão vividos da mesma forma.

    Kill la Kill IF, mostra-nos uma versão diferente aos olhos da implacável Satsuki Kiryuin, que embora parta a meados da primeira parte da história os acontecimentos como a rebelião de Satsuki terão um sabor bem distinto. Este fator achei muito bem introduzido no jogo, evita usar a mesma história, acontecimentos e personagens transmitindo alguma frescura, e evitando títulos como os infindáveis jogos de Dragon Ball, que teimam em costumar a mesma narrativa criando já um afastamento prévio para o jogador. Mesmo com situações ligeiramente diferentes podem contar com spoilers aqui e acolá, daí que recomendo assistirem a um das melhores séries anime desta última década antes de partirem para esta visão alternativa da história. Contudo, a mesma fica aquém do esperado quando comparado a sua versão original, no entanto, não chega a níveis de desapontamento.

    Só depois de conquistar o modo história é que o resto estará disponível a nosso bel-prazer. Kill la Kill IF, não sai muito da zona de conforto em fighters a respeito de modos de jogo. Além do vital versus onde se situam as batalhas locais e online, existem os modos de treino, um “brutalissimo” Survival, que não é meigo na dificuldade e finalmente um modo reminiscente de um musou onde as nossas personagens combatem hordas de covers em desafios cronometrados ou até sucumbirem as life fibers. Como extras a produção pensou a fundo na sua demografia base e colocou um glossário muito interessante da série e personagem, assim como um modo onde podemos comprar figuras virtuais, diversas poses e cenário para emularmos alguns dos melhores momentos da série.

    Respeitante a personagens, a produção não foi muito meiga. Inicialmente existem apenas 6, podendo apenas aumentar para já o seu número para 10. Felizmente e ao contrário de arena fighters, todos jogam de maneira diferente e independente. Embora Ryuko e Satsuki possuírem “espadas”, jogam e atuam de maneira diferente. Enquanto a senhora Kiryuin aposta na velocidade, Ryuko disputa de forma bruta colocando combos devastadores que derretem a vida do oponente. Embora seja um elenco muito reduzido qualquer jogador pode encontrar a sua zona de conforto consoante o seu estilo de jogo, sejam personagens mais técnicas como Gamagoori Ira ou Non Non Jakuze que aposta em técnicas e luta a longa distância.

    Como movimentos todas as personagens têm ao seu dispor, ataques a curto e médio alcance, guard breakers e um ataque especial consoante os mesmos. Como Kill la Kill IF tentou ao máximo aproximar o jogador ao anime, temos ainda ao nosso dispor em troca de duas barras de especial a possibilidade de emular os duelos desbocados das suas personagens. Conhecidos como Bloody Valor, partem da mesma regra de um simples de papel, tesoura e folha. Por exemplo, se o nosso adversário escolhe Mock e nós Taunt, Taunt vence a Mock logo perdemos o duelo. Se este continuar durante mais duas rondas não só podemos recuperar uma pequena quantidade de saúde em cada ronda como completamente de sangue quente poder executar o Fiber Lost, um movimento ao concretizar corretamente desnuda o adversário terminando imediatamente o combate. A respeito de jogabilidade, Kill la Kill IF, consegue transmitir bastante frescura a arena fighters, contudo, o seu número diminuto de personagens e o seu fluxo colocando mecânicas como o Bloody Valor fazem os combates seguirem uma linha muito semelhante e repetitiva. Espero ansiosamente o DLC grátis da fervorosa Mako que entra nos ringues de Hounnouji com a sua versão de presidente do Fight Club, e do DTR o “mecha” dos Nudist Beach. Espero que de futuro a A+ Games coloque no elenco as formas alternativas de Senketsu e Junketsu ou o estado zombificado de Ryuko.

    Kill la Kill IF, tecnicamente é um misto um pouco estranho. O seu grafismo é absolutamente sublime, chegando por vezes a questionar-me se o que estava diante do meu monitor era um jogo ou um episódio anime, contudo, algumas expressões e animações não apresentaram a mesma fluidez, mas que felizmente não mancharam esta pintura. O som apresenta parcialmente a majestosa banda-sonora de Hiroyuki Sawano que tão bem conhecemos da série e faixas originais para o jogo, bem como os gritos estridentes das nossas personagens quer na faixa original como na versão americana. Nestes dois pontos é quase impossível apontar defeitos, contudo, a respeito de port para PC este quadro já não é tão positivo.

    Se como eu possuem meios técnicos para elevarem a resolução para 4K, fiquem a saber que “legalmente” a PQUBE, não nos deu essa possibilidade. Apenas podemos escolher resoluções mais avançadas (para já) com um ficheiro criado por um utilizador na Steam que aumenta a resolução deste jogo. Por defeito a resolução máxima é 1080p. Também as opções gráficas são quase nulas, apenas temos a possibilidade de aumentar ou baixar pequenos efeitos de sombra, ou partículas. Planeiam jogar este jogo com um comando? Por enquanto apenas podem usar os oficiais de Xbox e Steam, outros comandos de terceiros fazem logo o jogo ser terminado assim que premimos num botão. Por último por vezes o áudio continua a tocar entre eventos, para terem uma ideia a faixa “My Body is Dry” continuou a tocar entre sequências, loadings e combate. Não obstante, este titulo corre a 60 fps (desconheço se está barrado) sem quebras absolutamente nenhumas o que partindo da intensidade e dinamismo de alguns combates é um feito espantoso. A PQUBE está ciente dos problemas desta port e promete lapidá-los em futuras atualizações, por isso penso que na próxima atualização deveram ser resolvidos.

    Kill la Kill IF, é um produto que só terá o seu valor perante a sua demografia base. Os restantes públicos têm melhores alternativas a um preço mais reduzido, porque sejamos sinceros o preço deste titulo é bastante para tão pouco conteúdo quer sejam fãs ou não fãs. No entanto, se encontrarem a um preço mais reduzido deixo a minha recomendação pelo menos para todos os fãs desta fantástica série anime.

    Este titulo oferecido gentilmente pela PQUBE foi jogado num PC equipado com uma GTX 1080ti e foi jogado por cerca de 15 horas.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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    Anthoni Vedovato
    Anthoni Vedovato
    11 , Agosto , 2019 20:12

    Um Ótimo Jogo Nota 10000!!!
    Vou pegar pro Meu PS4!!!

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