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    O que estamos a ver – 08 de Janeiro de 2023

    SPY x FAMILY "regressa", Trails of Cold Steel mostra um lado pseudo animado, 2B deslumbra, Nagatoro diz "olá" e Vash cala muitas bocas nesta primeira semana de 2023.

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Urusei Yatsura (2022) (12)

    Lum recebe a visita do Ten-chan o seu pequeno sobrinho que também vai viver consigo no lar dos Moroboshi. A vida não podia piorar mais, esse era o anterior pensamento de Ataru até conhecer este pequeno diabrete. Assim que este menino aterra no Planeta Terra não só impede o marido da Lum de caçar miúdas como através da sua inocência conseguir o que deseja. Devido a este efeito, Ten-chan faz o impossível e consegue um encontro com a deslumbrante Sakura. Não se deixem enganar pela sua idade ou aparência, Ten-chan é tão perverso como o próprio Ataru Moroboshi. Este apenas recorre às armas que tem para adquirir as mulheres que deseja. Com o passar do tempo os dois até vão fazer alianças para levarem avante todo o tipo de conquistas e planos perversos. Foi refrescante a David Production integrar nesta adaptação um excerto de um capítulo que ficou de fora da adaptação anime de 1981, o já referido filme erótico. Quanto à nova abertura começamos a assistir ao efeito Rumiko Takahashi, ou seja, o destaque para um enorme elenco de personagens numa história simplista que apenas avança pelo desenvolvimento destas. Relativamente ao novo fecho, prefiro o anterior, embora a arte seja interessante e tenha um pequeno easter egg da primeira abertura da obra clássica para os mais atentos.

    The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel: Northern War (01)

    Uma das séries mais antecipadas por mim para este 2023 finalmente fez a sua estreia. Este episódio mais podia ser chamado de episódio 0. Este não foi um efeito pejorativo como aconteceu em alguns casos, afinal falamos de The Legend of Heroes, uma de série de jogos dotada por um world building vasto. Sem surpresa, o primeiro episódio foi essencialmente de exposição, dado que relatou a situação política e económica de North Ambria. O norte gelado de Zemuria foi mergulhado na pobreza devido ao pilar de sal, um incidente que julgo que não foi relatado nos jogos. Como não bastasse, o Império de Erebonia após assimilar a cidade de Crossbell e conquistar grande parte da República de Calvard planeia continuar a expandir o seu domínio e North Ambria promete ser o próximo alvo. O impensável é que conquistou estes territórios apenas com o auxílio de um agente do governo e o seu Panzer Soldat.

    Perante tais desenvolvimentos, Rogan, um lendário guerreiro Jaeger afirma que North Ambria tem de se defender das investidas Erebonianas e para tal deve reunir os seus melhores Jaegers para contra-atacar. Antes de mais volto a relembrar que está não é uma adaptação “fiel” dos jogos, mas sim uma história que apenas foi relatada em The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel II com o suporte de textos e imagens. Assisto a muitos comentários frustrados de espetadores que esperavam ver a Class VII, infelizmente aqui não vai ser o caso. No entanto, para os fãs do jogo a série é obrigatória, dado não só explica acontecimentos que apenas temos noções como também podemos assistir ao lado “B” de personagens rotuladas de vilões. Para já o anime em termos de produção parece ser bem mediano. As cenas de ação são robóticas e desinspiradas e a arte apresenta demasiados altos e baixos. Não obstante, para os fãs, será no mínimo interessante assistir às tropas de Aurélia e ao encontro de Rean com uma Juna muito jovem e o que levou este a se tornar num instrutor em Thors. Um efeito que gostei e relatei nas Conversas Otaku que felizmente está presente nesta produção é a majestosa banda sonora dos jogos.

    Nier Automata ver 1.1a (01)

    Se a série anterior não teve quase paralelismo com o jogo em questão, o primeiro episódio de Nier Automata ver 1.1a narrou literalmente os primeiros minutos das campanhas iniciais de 2B e 9S em formato anime. Os 20 minutos não deixaram nenhum elemento esquecido. Desde o ataque à frota do Goliath até ao confronto com este. Este efeito também teve efeitos negativos, por exemplo, as personagens nos veículos e outros elementos em CGI por vezes pareceram figuras de ação inseridas nestes. Assisti a um verdadeiro choque quando o mecha aéreo da 2D foi destruído e esta saltou deste, foi como tivesse a assistir a uma série completamente diferente. O CGI tosco deu lugar a incríveis cenas de ação e coreografias de luta, muito mais mesmo muito próximas das que executamos no jogo. Tudo foi ainda mais orgânico ao som da incrível banda sonora original que permanece intacta nesta adaptação. Se assim continuar fiel desta forma, preparem-se para uma das mais belas e impressionantes histórias que alguma vez vão testemunhar em qualquer “media”. No final tivemos um momento bem característico de Yoko Taro por favor digam-me que vão mostrar-nos o final do peixe.

    SPY x FAMILY dos Chineses (BUDDY DADDIES) (01)

    Buddy Daddies -se preferirem SPY x FAMILY dos Chineses- narra a história de uma dupla de agentes (julgo que um é assassino) que durante uma perigosa missão natalícia encontra uma criança em busca do seu pai. Para a salvar, um destes a rótula a criança de filha e até a convida para viver consigo no seu apartamento porque segundo parece foi responsável pelo assassinato do seu verdadeiro pai. SPY x FAMILY demonstrou que mesmo que um público que não gosta de anime, consegue vibrar com histórias animadas de espiões e crianças metidas ao barulho. Por isso não é surpresa que outras produções tentem tentar capitalizar este sucesso. Esta parece ser mesmo ser a premissa de Buddy Daddies. No entanto, sentimos que a sua energia é bastante diferente da obra de Tatsuya Endo, mesmo que os pilares sejam essencialmente os mesmos. Ao passo que SPY x FAMILY relata uma história de espiões de contornos mais clássicos, Buddy Daddies possui uma energia mais moderna, algo como um filme de espiões do nosso tempo, também parece ser mais sério de um certo sentido por não possuir elementos sobrenaturais. Devido a este contraste, senti Buddy Daddies como um cruzamento entre SPY x FAMILY e Yakuza’s Guide to Babysitting. Claro que é mais que evidente que as aventuras semanais vividas pelo trio composto por Royd (Kazuki), Iori (Rei) e Tanya (Miri) vão sofrer imensos paralelos com as da família Forger, não só devido à premissa como determinadas situações que julgo serem inevitáveis. Espero que a P-A Works continue a surpreender como fez com Akiba Maid Sensou, para começar adorei as cenas de ação.

    My Hero Academia 6 (14)

    O segundo cour da sexta temporada das aventuras dos super-heróis japoneses abre com um dos episódios narrativamente mais surpreendentes da série até a data. Além de inteligentemente abrir com um resumo dos acontecimentos mais marcantes da batalha ente heróis e vilões, também assistimos aos efeitos desta. A reputação dos heróis foi abalada por todos, quer se tratem de simples cidadãos ou mesmo colegas todos contestam o seu lugar. A sociedade até colocou um cartaz de “not here” no seu símbolo de paz e segurança e começamos a sentir gradualmente o fosso que Deku vai mergulhar muito em breve. Este episódio foi a prova que exposição se tiver um bom pacing e for bem introduzida pode apimentar e dar um novo sabor a efeitos presentes.

    Trigun Stampede (01)

    Partilho quase tudo o que o meu colega Felipe relatou na sua análise neste episódio de Trigun Stampede. Na minha ótica, esta versão modernizada de Trigun é uma espécie de remake à maneira de Final Fantasy VII Remake, visto que parcialmente conta uma nova versão da história alternativa com base nos eventos da clássica. Logo de início assistimos aos eventos da reta final da história de 1998 com os irmãos “plant” e Rem. Avançamos uns anos mais tarde e encontramos Meryl Strife desta vez acompanhada por Roberto de Niro, ao invés de Milly Thompson. Desta não assistimos a aventuras de agentes de seguros, mas sim jornalistas. Contudo, o propósito é o mesmo, encontrar o lendário Vash The Stampede. Ao chegarem junto da Rosa assisti a um efeito muito interessante na série. Rosa revela ao grupo que Vash não é um criminoso, mas sim um herói que outrora salvou a sua cidade. Caso não se recordem, Vash salvou a mesma na versão clássica, o que me leva a crer que parcialmente a nova série partilha acontecimentos com a série de 1998, e esta é uma versão alternativa da história com nos eventos da anterior. Realmente o CGI não me afetou nem um pouco. O Studio Orange pegou em toda a sua mestria no CGI de Beastars e consegui fazer o impossível, traçar uma linha onde quase nem pudéssemos sentir se é 2D ou CGI.

    As expressões faciais por vezes até se assemelharam a superproduções animadas ocidentais, e as cenas de ação foram excelentemente bem animadas e fluídas. Só não gostei da caracterização do novo Vash, o novo design e voz não combinam com a personagem na minha opinião. O tom cómico julgo que esteve em várias instâncias fora de sítio e uma voz grave e melancólica não assenta numa personagem que alterna entre o cómico e o sério de imediato. Masaya Onosaka na minha opinião ainda é o verdadeiro Vash. O que também achei diferente foi a atmosfera. O ambiente western rock deu lugar a um western bem mais clássico com assobios e paisagens ao estilo das de WILD ARMS. Não obstante, Trigun Stampede foi uma das estreias que mais gostei nesta temporada e tudo aponta que mantenha a qualidade.

    Animação oriental ou ocidental?

    Ijiranaide, Nagatoro-san 2nd Attack (01)

    Yahoo! Boas notícias -para já- para os fãs da Nagatoina, do Senpai e de todo o seu animado grupo. Isto porque não caiu no espectro da Uzaki e abandonar a sua comédia em prol do romance. No primeiro episódio da segunda temporada o Senpai aprende como as jovens estudantes de liceu se cumprimentam e como calçar collants na Nagatoro.

    Helder Archer

    My Hero Academia 6 regressa com um rescaldo da guerra e despede-se de alguns dos seus personagens. Já NieR:Automata Ver1.1a mostrou que tem potencial, um bom anime que é manchado por um 3DCG muito duvidoso que será o ponto fraco deste anime e que o vai impedir de voos mais alto.

    Ricardo M.

    The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel: Northern War (01)

    Para primeiro episódio, The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel: Northern War abre de um modo razoável. Comecei por apreciar pouco o traço dos personagens, mesmo que os seus trajes e cenários onde os eventos ocorrem tenham saltado à vista. Revelarem a identidade e origens da protagonista (Lavian) e apontar Rean como o centro do conflito teve um efeito positivo para deixar em aberto a curiosidade para os próximos episódios. Quero acreditar que a narrativa será o ponto fulcral deste animé, até porque a série de jogos The Legend of Heroes tornou-se reconhecida por essa razão.

    Felipe Soares

    My Hero Academia 6 (13 e 14)

    É bastante interessante como os acontecimentos da batalha entre os heróis e vilões repercutem dentro da sociedade da série. Isso acaba fazendo um paralelo com o mundo real, onde a notícia de determinado acontecimento acaba respingando em pessoas de dentro e de fora do ocorrido. Gosto como esse desenvolvimento do anime vem ocorrendo, apesar que existe algo que vem incomodando bastante. 

    Ver Deku pensando em Shigaraki precisar de ajuda acaba me fazendo refletir na possibilidade dos personagens se tornarem aliados contra um vilão maior, algo bem comum dentro da história dos mangas da Shonen Jump. Não sei como esta ocorrendo atualmente a história no manga, mas essa possibilidade acaba fazendo com que a obra se torne um pouco mais fraca, algo que já vinha ocorrendo desde que Deku começou a ganhar novos poderes.

    Saving 80,000 Gold in Another World for My Retirement

    Atualmente sempre fico com os dois pés atrás em relação a animes Isekais, mas me surpreendi com o primeiro episódio de Saving 80,000 Gold in Another World for My Retirement. Foi bem interessante a apresentação da protagonista e da ideia que ela teve para conseguir se aposentar. 

    A comédia do anime é bem simples, assim como sua animação, mas é bem divertida para quem gosta de algo bem leve.

    Revenger

    Fazia bastante tempo que não via um anime de época e com a temática Samurai tão bem produzido. Este primeiro episódio funciona muito bem mostrando uma aventura simples. Gostei que cada personagem possui um estilo de luta único e interessante, que vai do estilo Samurai com a katana ao uso de uma pipa com linha com cerol como arma.

    A animação foi muito bem produzida, com um estilo que lembra animes mais antigos. O uso de sangue não foi economizado neste episódio, apesar de que a violência neste episódio não foi grafica ou usada de forma excessiva.

    Trigun Stampede

    Neste sabado estreou o primero episódio de Trigun Stampede e no texto abaixo escrevi minhas primeiras impressões.

    Primeiras impressões de Trigun Stampede

     

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Samuel Silva
    Samuel Silva
    11 , Janeiro , 2023 12:14

    Adorei o episódio desta semana de Urusei Yatsura. É comédia da Rumiko Takahashi no seu melhor. Das estreias, o Trigun, apesar de preferir que fosse adaptado num estilo de animação mais clássico, não desapontou em nada. Revenger não teve um primeiro episódio que me prendesse ás personagens e história mas a produção é muito boa. Gostei mais do Tomo-chan is a Boy do que pensava. Mou ippon não me convenceu mas vou ver os próximos episódios.

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