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    InícioO que estamos a verO que estamos a ver – 1 de Abril de 2024

    O que estamos a ver – 1 de Abril de 2024

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Urusei Yatsura (2022) (35)

    Desde o início deste Urusei Yatsura moderno que acompanhámos praticamente a perspetiva do Ataru quando a Lum está ausente ou em perigo. Felizmente este episódio demonstrou o quanto a bela extraterrestre está disposta a lutar quando a vida do seu darling está prestes a terminar. Evidentemente que a escrita de Rumiko Takahashi não revelou esta premissa de uma forma dramática, diria mesmo que foi anticlimática e o mais surpreendente é que o fez sem sair dos moldes pré-estabelecidos de cada personagem. A luxúria e a gula do Ataru colocam-no numa corrida entre a “vida e a morte” e Lum foi a única que o podia salvar. Como não podia deixar de ser a sua autointitulada esposa não olhou a meios para o salvar, mas como os espetadores sabiam de toda a verdade ao invés de se tratar de uma situação dramática tomou uma via cómica. Contudo, como o dramatismo de Lum foi imenso não fui capaz de me sentir um pouco culpado por estar a rir com a situação porque o choro da Lum foi do mais puro e sincero até à data. Além da escrita da Rumiko Takahashi ser bastante modelar e desconstrutiva nas suas personagens também consegue ter a ousadia de moldar ambientes e até géneros como vimos nesta ocasião.

    A segunda história continuou os sentimentos não correspondidos do raposinho com a Shinobu que embora perceba que foi colocado na história para humanizar e instigar valores maternais na personagem, a perspetiva do animal pode levar os espetadores a pensarem em outras coisas e ter um significado completamente diferente. Na realidade não sou grande fã desta criatura e com capítulos mais cómicos a serem adotados como por exemplo o dos cogumelos mágicos e a performance da turma de Tomobiki julgo que seriam bem interessantes.

    Shangri-La Frontier (24)

    Quem acompanha este separador semanal sabe certamente que Shangri-La Frontier é um hino ao gaming. No entanto, o que não estava à espera é que Shangri-La Frontier fosse tão incisivo neste termo ao ponto de se tornar quase biográfico. A cada episódio que passa cada vez mais sinto em Sunraku diversas partes de mim. O homem com máscara de pássaro além de adorar desafios além de procura formas de aumentar a sua dificuldade também inventa meios para “lucrar” no jogo com os seus desenvolvimentos. Senti-me mesmo em casa quando o gamer recorreu a uma mecânica no próprio jogo para amealhar itens raros. Esta é uma vertente que costumo usar nos RPGs, quando tento desafiar inimigos para recolher itens raros ou “impossíveis “ numa fase prematura do jogo. Enquanto Sunraku amealhava cristais raros dos escorpiões de cristal, na minha mente surgiram as memórias de Xenoblade Chronicles quando prendi os gorilas gigantes numa saliência e atirei para um abismo para recolher armas endgame no início da aventura, em Final Fantasy IX quando derrotei o Ozma da forma mais shonen e épica possível e ambos partilhámos um misto de loucura e alegria no meio de tudo.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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