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    A Criança de Deus – Island Episódio 5

    A Criança de Deus – Island Episódio 5

    No quinto episódio, Setsuna, em mais um de seus sonhos, vê uma mulher (e que mulher, hein!) com o mesmo rosto de Sara em meio a chamas, falando-lhe de erros cometidos pelas pessoas da ilha, os quais devem ser descontinuados em pró duma mudança que torne aquela ilha melhor. Ao que parece, Setsuna acredita ser essa mulher Sara, mas, ao que me parece, trata-se mais da mãe de Sara, a julgar pelos seus atributos físicos. Assim que desperta do sonho (um tanto quanto quente), nota, em sua própria cama, Sara a dormir. E advinha quem também estava no quarto do forasteiro? Ninguém mais e ninguém menos que Rinne. Esta pega os dois no flagra (por que flagra?), isto é, testemunha que os dois haviam dormido juntos. Contudo, nada, segundo Sara, ocorreu entre eles, tranquilizando o coração da enciumada Rinne.

    A pequena tresloucada havia parado lá porque tinha feito uma importante descoberta que poderia resultar no alívio dos sintomas causados pela síndrome que acomete exclusivamente as pessoas da ilha Urashima. Como se daria isso? Da seguinte forma: com a extração do veneno produzido pelas serpentes marinhas de Urashima, poder-se-ia, segundo uma certa lenda da ilhota, aliviar os sintomas da síndrome, bastando apenas que o Setsuna fizesse o trabalho de captura dessas serpentes, as quais, aliás, foram a razão da morte de muitos dos ancestrais de Sara. Em outras palavras, Setsuna, aceitando a missão e no jocoso linguajar dos gajos brasileiros, estaria ferrado! Com medo, Setsuna pergunta se ela não se importa de ele ser mordido por uma delas, ao qual Sara responde, baseada em sua teoria (cheia de pontas soltas), que ele não morreria se o fosse, “dissipando” assim toda a preocupação do Setsuna, já que as garantias dadas pela pequena maluquinha foram por demais convincentes. Quais foram as garantias? Resposta: nenhuma!

    Mesmo assim, Setsuna consente em ajudá-la, uma vez que o motivo que movia Sara a pedir seu auxílio era realmente nobre. Em sua missão suicida, Setsuna acaba sendo aparente e supostamente mordido, ficando a debater-se na água e a dizer “(…) Tô morrendo! Tô morrendo! ” Suas amigas o socorrem a tempo, levando-o à Clínica Morisu, na qual é prontamente atendido.  Nela ficam a saber do caso do Setsuna, que não foi mordido por serpente alguma, mas sim foi vítima duma vespa marinha. Lembra da caravela-portuguesa? Pois é, é um bichinho parecido com ela. Algum tempo depois, gemidos fazem-se ouvir na casa da família Ohara, que já contava com a presença de Sara, Setsuna e Rinne. Falando em contar, eu já contei que a mãe de Rinne é tão guapa quanto a filha? Ela, Ohara Kuon, é quem estava gemendo e se deleitando com a massagem (quase tântrica) da sacerdotisa Sara. Setsuna tinha ouvido os gemidos e foi, a título de curiosidade, conferir a procedência deles. Chegando lá, vê a rainha — sim, rainha, pois a princesa é Rinne — da noite comprazendo-se com os dedos (e a imaginação vai a mil) e as mãos de Garandou.

    Não passa muito tempo até que Sara termine a sessão “tântrica” de Kuon-sama (pus o sama de propósito, que fique bem claro isso), para logo vermos o Setsuna ser cobaia de mais um dos testes da Sara. Posta a “vítima” no ponto de “abate”, Sara decide executar nela (no Setsuna) um tal ritual proibido da família Garandou chamado de “a estocada de orifício ascendente”. Pelo nome, já dá para saber que tem coisa errada aí no meio, né? Pois é. Setsuna acaba tendo uma ereção em função do ritual realizado nele, chocando a pequena Garandou. Como punição por sua reação, ele teve que levar Sara de bicicleta a todas as vinte e três casas da ilha em que havia pessoas desejosas dos cuidados prestados por Garandou. Essas pessoas sempre a recebem com satisfação, porque é justamente ela quem traz o alívio de suas dores, de seus sintomas. A essa altura, você já deve ter inferido que elas são portadoras da síndrome, suponho. E está perfeitamente correto seu raciocínio. Elas deveras são.

    Terminada a tarefa caridosa de Sara de ajudar os doentes da síndrome, Setsuna e ela, no caminho de volta para casa, acabam caindo de bicicleta. A boa notícia é que ninguém se machucou. Os dois desatam a rir da situação, e Sara, mais uma vez, fala de sua teoria, de sua suspeita ou de sei lá o quê. Ela acha que Setsuna é o homem com quem ela deve ter um filho. No templo, a baixinha mostra uma foto ao rapaz na qual há uma mulher — de seios bem fartos — amamentando seu bebê. Essa mulher é a mãe de Sara, e o bebê, Sara (óbvio, né?). A coisa fica bem louca quando Sara se diz ser a mãe de si mesma, dando um nó na minha cabeça. A maluquinha acha que deu à luz a si mesma!!! Uma cicatriz em seu peito é o que a faz pensar ser o que supõe ser, haja vista que a mulher da foto mostrada ao Setsuna tem uma cicatriz idêntica. Eu mesmo já ouvi falar de ressurreição dos mortos, de viagem no tempo, de pragas do Egito, mas a concepção de si próprio(a) é demais para mim.

    Continuando com a ficção absurda, a Criança de Deus, outro nome por que Sara era chamada, quer apenas que sua família volte a ser amada e que não haja mais a tal síndrome na ilha. A partir do nascimento de Sara, nenhuma outra criança nasceu com a doença. Houve um momento de tranquilidade na ilha. Todavia, com o incêndio que vitimou sua família, Sara havia perdido seu suposto poder, o poder que fazia dela a Criança de Deus. Já na casa de Rinne, Setsuna tenta juntar as peças desse quebra-cabeça, e um segredo concernente à família Garandou vem à tona pela boca de Rinne, dissipando a louca teoria de Sara. Segundo Rinne, havia uma tradição principiada pelo tio de Sara de ilhar (conveniente esta palavra, não?) e silenciar as crianças que nasciam com a síndrome. Trocando em miúdos, os bebês doentes eram entregues à morte, eram trancafiados e abandonados num local secreto. E isso se sucedeu por dez anos, ou seja, “ninguém” na ilha teve conhecimento durante esse decênio de nascimentos de crianças com a síndrome. O tio de Sara fez parecer que a vinda de Sara ao mundo tivesse erradicado a doença das crianças vindouras ao nascimento de sua sobrinha, quando, na verdade, tudo não passava de uma armação desumana orquestrada por um Garandou sumamente perverso. O facínora havia obrigado os pais de Sara a cometerem esse crime hediondo. A restauração da autoridade da família Garandou a qualquer preço foi a razão distorcida que estimulou o ímpio tio de Sara a fazer o que fez.

    Sara, ao ouvir a verdade por trás da tradição dos Garandou, sai em disparado, chorando amargamente, surpreendendo os dois, Setsuna e Rinne, que não contavam com a presença de Sara naquele instante. Setsuna corri atrás da sacerdotisa, que foi em direção ao seu destino, a saber, o templo, que outrora fora incendiado e que haveria de ser novamente. Ao subir as escadas que dão ao templo, uma imagem chocante se mostra aos olhos do rapaz: tudo estava em chamas. E pior: Sara estava dentro daquele inferno. Setsuna, como todo pecador destemido, entra no “inferno” por uma grande causa: salvar Garandou Sara. Apesar da intensidade das chamas e do desabamento do templo, Setsuna consegue salvar Sara e a si graças a um objeto sagrado que havia no templo, que nada mais era do que um caixão oco que havia resguardado Sara de chamas anteriores, isto é, do incêndio anterior que vitimou sua família há cinco anos.

    Após passar dois dias na clínica (preciso dizer qual?), Sara desperta e fica a par de tudo, de como ainda está viva, do porquê da cicatriz em seu peito, do equívoco de sua teoria e da escolha de seus pais em não continuar com a horrenda tradição de sua família. Com tudo esclarecido, Sara ainda não havia encontrado motivos para viver, mas eles estavam ali, do seu lado, bastava apenas ver. Seus amigos, as pessoas que com ela contavam, os presentes dos doentes em seu quarto e o carinho de seus companheiros para com ela testificavam a estima que tinham pela pequena Sara, fazendo-a chorar feito uma criança e a correr para junto dos seus preciosos amigos.

    Análise semanal por Otaku Safado.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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    Shiba
    Shiba
    11 , Julho , 2019 18:55

    Pena o arco da melhor garota ser tão corrido.

    Joey
    Joey
    Reply to  Shiba
    11 , Julho , 2019 20:51

    Ainda tá em lançamento?

    Greatachado Foderoso
    Greatachado Foderoso
    Reply to  Joey
    12 , Julho , 2019 0:01

    Sim.

    Greatachado Foderoso
    Greatachado Foderoso
    Reply to  Shiba
    11 , Julho , 2019 20:52

    Devo confessar que a Sara me comoveu neste episódio. A baixinha é realmente uma personagem e tanto!

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