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    InícioAnimeO que estamos a ver – 25 de Junho de 2023

    O que estamos a ver – 25 de Junho de 2023

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Kimetsu no Yaiba: Swordsmith Village Arc (11) FIM

    Demon Slayer foi uma obra que teve a sorte de se aliar a um estúdio de animação com um grande orçamento para produzir uma adaptação anime. Por duas temporadas e um filme, as aventuras de Tanjiro e Nezuko conseguiram ficar impunes às suas grandes falhas porque produziram momentos de uma enormíssima qualidade visual. Contudo, quanto mais assistimos às várias temporadas da série, mais este fator deixou se ser novidade e as suas inúmeras inconsistências narrativas e desenvolvimento de personagens começaram a brotar. Nesta temporada este efeito explodiu literalmente na cara quer dos espetadores como da própria produção. O episódio final do indiscutivelmente pior arco da obra de Koyoharu Gotouge até à data voltou a reutilizar a sua exaustiva fórmula. O dramatismo hiperbólico de Tangiro para cortar a cabeça de um demónio, um vilão unidimensional, flashbacks que cortaram o pace à lei da faca e um desenvolvimento de personagens inexistentes. O único fator redentor desta temporada foi a Nezuko que finalmente deixou de ser uma personagem que só existe para proteger o seu irmão para finalmente tomar as suas decisões, contudo, e a meu ver não foi o suficiente. Os vilões foram do mais aborrecido e não tiveram fundações credíveis, não fiquei muito convencido pelas motivações do Muzan e o seu (inútil) flashback -a cena com as criadas de tão absurda que foi produziu comédia. Sinceramente não senti nesta temporada o que senti nas anteriores, aquele entusiasmo aos domingos quando um novo episódio ficava disponível. O mundo de Demon Slayer precisa de mais conteúdo, de mais Inosuke, e uma nova fórmula.

    Vinland Saga Season 2 (24) FIM

    Thorfinn regressa a casa após mais de uma década a viver uma vida trágica. De início este regresso não é visto com bons olhos, felizmente uma mãe nunca esquece o seu filho vê neste as feições do seu falecido marido. Thorfinn, o filho de Thors é muito possivelmente uma das personagens mais “humanas” que assistimos numa serie anime. Quem diria que um jovem que só pensa em violência e mortes evoluísse para um homem dono de um pacifismo sem precedentes. Esta dualidade também foi sentida pelas restantes personagens. Todas apresentaram dois lados e Thorfinn foi o principal catalisador para o desenvolvimento de cada. Enquanto o tema da anterior temporada foi a resolução, nesta o foco foi o pacifismo e como ficar indiferente a um mundo governado pela violência pode ser uma arma tão ou mais acutilante que uma faca. Aliás numa era onde infelizmente vivemos uma guerra, Thorfinn demonstrou-nos que a guerra é um ciclo e que quanto mais violento é um conflito mais este se arrasta e conduz a mortes, mas que se uma das partes ceder à paz este termina. A direção artística também ajudou a introduzir um misto de dramatismo e humanidade muito incomum em séries anime em todos os momentos, tudo foi importante desde a procura para um cavalo até a uma invasão manchada de sangue. Na verdade, devido a estes senti Vinland Saga -especialmente esta segunda parte- mais próxima de uma série ocidental não só devido à sua própria abordagem como também pelo grafismo e demografia que sem esforço alcançou, acreditem que mesmo gente que não acompanha anime semanalmente ficou tão ou mais ansioso por um novo capítulo todas as semanas. O estúdio Mappa está mesmo de parabéns, acredito mesmo que superou o que o Wit Studio construiu e que pensávamos ser insuperável.

    Incrível como Vinland Saga conseguiu também introduzir momento de comédia

    KonoSuba: An Explosion on this Wonderful World! (12) FIM

    A aventura da Megumin terminou de uma forma demasiado abrupta porque essencialmente senti que já não tinha nada para contar e se tinha algo para desenvolver seria apenas a tempestuosa relação Yuri entre ambas as Magas Carmesim. Não vou relatar muito mais do que já disse anteriormente, visto que a série há um par de semanas já devia ter terminado. O “confronto” com o demónio foi mais sentido como um “plot device” do que outra coisa para estender uma estadia já bem gasta da Megumin e YunYun. Ao menos serviu para servir-nos com a terceira temporada de Konosuba para o ano.

    Uchiha Megumin
    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Willian de Assis
    Willian de Assis
    26 , Junho , 2023 10:51

    Não concordo adorei a temporada é cada vez mas tenho vontade de ler o mangá por conta do anime que ao meu ver foi fantástico.

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