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    Análise — One Punch Man

    ONE PUNCH MAN! 00

    Nossos leitores e fãs incondicionais de animes e mangas já imaginaram diversas histórias favoritas com um plot similar ao da história que falaremos aqui hoje. Um personagem invencível com tamanha força que ninguém é capaz de superá-lo fisicamente, alguém tão superior que bastaria apenas um único golpe para que seus inimigos fossem destruídos e levados a derrota. Antes de sua criação, já tínhamos personagens similares que após um longo período de treinamento em suas próprias histórias, se descobriam possuidores de poderes além de suas capacidades e podemos citar inúmeros exemplos, tais quais suas histórias continuam até os dias de hoje. Mas quem imaginaria que teriamos desde o começo de uma história… um personagem que está depressivo por se sentir tão poderoso que seus inimigos caem após um único soco? Vamos falar hoje de One Punch Man!

    One Punch Man é uma Webcomic, ou quadrinhos on-line, que são quadrinhos cuja publicação é veiculada exclusivamente pela internet. Novos cartunistas possui grandes chances de apresentarem seus trabalhos possuindo mais facilidade de atingir uma audiência, justamente com os quadrinhos on-line. Ela foi criada pelo autor com o pseudônimo ONE, publicada desde 2009. Não demorou muito para que ela se torna-se um fenômeno viral, alcançando uma marca de mais 7.9 milhões de acessos em Julho de 2012. Seu nome é uma brincadeira/paródia com a personagem Anpanman. Soreike! Anpanman é um dos mais populares animes infantis no Japão criado por Takashi Yanase. Em 2011 a personagem principal foi eleita a mais popular no Japão entre s crianças de 0 a 12 anos, durante dez anos consecutivos em uma pesquisa realizada pela Bandai. Um remake do manga digital foi ilustrado por Yusuke Murata e publicado na Young Jump Web Comics em 2012, revista semanal japonesa da Shueisha que publica os mais variados mangás do gênero Seinen. Entre os títulos mais conhecidos da revista estão Gantz, Elfen Lied e Tokyo Ghoul. Nos países anglófonos, a série é publicada na revist Weekly Shonen Jump pela Viz Media. No Brasil, o mangá é publicado pela editora Panini desde março de 2016. UM pouco mais cedo, uma adaptação em anime foi produzida pela Madhouse, exibida entre outubro e dezembro de 2015, totalizando doze episódios e mais sete OVAs. A série foi dirigida por Shingo Natsume e escrita por Tomohiro Suzuki. Nos países lusófonos foi transmitida simultaneamente pela Daisuki. O mangá possui 10 volumes, o anime possui 12 episódios e tanto ele quanto só OVAs possuem durações de 24 minutos cada.

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    A história se passa em uma cidade japonesa fictícia chamada de Cidade Z, lugar de entrada para aparição de vários monstros muito estranhos cujo tem causado diversas catástrofes, geralmente são experiências malucas ou mutações genéticas mas quase nenhum deles possui uma profundidade por trás, mostrando suas origens detalhadamente. No entanto, somos apresentados ao personagem Saitama que após um treinamento árduo e bem pesado, ficou entediado por simplesmente conseguir derrotar seus inimigos com apenas UM SOCO.

    Com apenas esse pequeno plot que eu passei a vocês, eu basicamente contei como vai se começar cada episódio de One Punch Man! E como vai ter terminar cada episódio. A fórmula sempre é a mesma, é repetitiva e nós desde o início sabemos como as coisas vão se encerrar, afinal o nome do próprio anime já entrega isso. Mas um fato interessante a se notar é que nunca sabemos o desenrolar dos fatos, o ‘meio’ dos fatos. Uma das poucas coisas que realmente não são previsíveis nesse anime é o seu desenrolar, toda vez teremos uma trama se iniciando com monstros estranhos e com Designs bem interessantes aparecendo na cidade para atacá-la por seus motivos mais clichês. No fim, saberemos que Saitama terminará com esse vilão com somente um soco, porém cada vez mais alguns elementos são colocados em cena como a introdução de novos personagens, novas tramas acontecendo em volta de todos os incidentes por trás dos ataques e cada vez mais a sociedade, mesmo que de forma superficial e quase que irrelevante, dando seus sinais sobre o que tem acontecido. Em determinado episódio vemos que a cidade realmente está de saco cheio com as ações de Saitama para derrotar seus inimigos, porém é um caso bem isolado e não é muito bem explorado, afinal o grande tom por trás do anime é a comédia e a sua forma única de parodiar os tão conhecidos Super Heróis.

    Os personagens em One Punch Man!, com exceção de Saitama, são até que de certa forma bem colocados e em qualquer outra situação, seriam personagens interessantes ou medíocres de qualquer Shounen de porradaria. Superpoderes, ataques velozes, sentidos aguçados, frases de efeito, muitas explosões, diálogos expositivos e cenas de batalha interessantes. O que coloca um gostinho a mais em toda a trama em volta de Saitama pois cada vez mais nos colocamos na pele do personagem que está de saco cheio de tudo a sua volta, não levando oponente nenhum a sério, situação nenhuma a sério e nem mesmo se importando muito com as pessoas a sua volta mesmo quando está indo resgatá-las. De certa forma, Saitama consegue ser um bom personagem com um carisma nunca antes visto, pois ele é o que os super-heróis nunca conseguiram ser – narrativamente. Após ganhar infinitos poderes, o personagem perde o interesse em quase tudo a sua volta, mesmo quando está indo resgatar as pessoas ou salvando a cidade de monstros gigantes, ele não liga muito para os efeitos de suas ações pois o que basta para ele é derrotar o inimigo e voltar para casa para não perder a próxima liquidação de compras.

    O humor funciona em One Punch Man? Sinceramente eu admito que SIM! São piadas bem colocadas e tiradas da personalidade do Saitama, um personagem herói genérico que perdeu as estribeiras e a emoção, ele não liga mais para quase nada a sua volta e é esse tipo de personalidade em contraste com os outros personagens cheios de diálogos e emoções, que nos fazem cair em gargalhadas diversas vezes quando eles são colocados na frente e trabalhados no mesmo cenário que Saitama. Apesar disso, a série possui seus momentos que consegue angustiar o telespectador, momentos onde você sente que o personagem é incompreendido pela sociedade a sua volta, suas ações quase nunca possuem retorno – para não dizer nunca – e quando é visto salvando as pessoas, nunca consegue ficar com o crédito por suas ações e nos sentimos mal por isso, diferente do personagem que se acostumou e cada vez mais vemos ele lidar com tudo isso. Fator interessante para cada vez mais entendermos o personagem, pois se ele fosse somente uma pessoa cínica o tempo inteiro, ficaríamos entendiado do anime rapidamente.

     

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    Quem se lembra de minha pessoa, vai se recordar da minha análise que eu fiz sobre o anime Death Parade que você pode conferir aqui na OtakuPT, onde eu analiso de forma diferente e sem Spoilers o anime como um todo, analisando cada episódio individualmente e dando um veredito final – na minha opinião e não representando a opinião de todos da OtakuPT como um todo. Novamente me encaro em uma análise relacionada a uma obra da Madhouse que pelo visto tem se mostrando bem típica daquele famoso ditado: Ou é 8, ou é 80. Como essa não é uma obra original da Madhouse e sim uma adaptação de uma obra de mangá/webcomic, meus comentários e críticas serão diferentes da anterior afinal analisarei as adaptações em volta do que foi feito na obra original, o mangá e a web comic.

    Em quesito de animação, novamente, eu senti que em alguns momentos a Madhouse extrapolou no que eu gosto de chamar de animação forçada, como se ela quisesse estender aquele momento com maiores movimentos e ângulos de câmera para nos dar a impressão de que aquela animação é tão bem-feita, mas tão bem-feita, que ela está sendo mostrada em diferentes ângulos e em muitos quadros por segundo. Eu não vou dizer que as animações da Madhouse, em sua maioria, são feias. Pois não são! E isso eu tiro o chapéu para ela, porém eu consigo ver claramente rabiscos e linhas de curva mal produzidas ou mal desenhadas em suas animações, me fazendo crer que eu estou vendo algo inacabado ou vendo que os retoques finais daquela animação não forma feitas. Em alguns episódios, senti os personagens mal desenhados e também mal animados mas isso não influenciou em nada a minha experiência com o anime. Apesar de bem animado, eu senti falhas na sua animação. Alguns rostos de personagens são mal colocados, suas expressões na maioria das vezes faz parecer que faltou um capricho maior, os pequenos retoques finais, entende? Eu senti que certos elementos do mangá poderiam ter sido passados para animação para um enriquecimento de detalhes maior, o orçamento do anime foi bem alto e podemos ver isso na qualidade dos episódios e na sua produção, então eu senti que eles poderiam ter trazido esses elementos mas não o fizeram, abaixo vocês notarão um ótimo exemplo de uma cena que, ficou muito boa, mas, eu senti que faltou retoques adicionais que poderiam ser adicionados a animação. Assim como o sombreamento não ficou tão bem colocado, na minha humilde opinião.

    ONE PUNCH MAN! Comparação

    One Punch Man, assim como alguns animes em específico, possui uma abertura introdutória que foi feita exclusivamente para ele, com uma letra pertencente a série. Produzida pela JAM PROJECT (Japan Animationsongs Makers Project – Projeto de Criadores de Canções de Desenhos Animados), é uma superbanda formada no Japão em 19 de Julho de 2000. Na década de 90, as músicas de animes e esses elementos que constituem uma cultura Otaku estavam bem em baixa. O mercado cada vez mais estava decaindo e as gravadoras começando a usar os animes como uma forma de divulgar as bandas. Geralmente, essas músicas não possuíam elementos alguns parecidos com o anime em questão, letras nem um pouco condizente com o tema do anime ou personagens.

    Eis que a JAM PROJECT surge! Uma banda unica e exclusivamente para produzir músicas direcionadas e que sejam condizentes com os animes que elas passarão. Um dos membros é bem conhecido da galera, um tal de Hiroshi Kitadani que algumas pessoas conhecem por ONE PIECE cantando WE ARE! E também WE GO!. Eles são os responsáveis pela música de abertura em ONE PUNCH MAN! Chamada THE HERO, confere abaixo.

    O Encerramento é pela cantora japonesa Hiroko Moriguchi, chamada Hoshi Yori Saki no Mitsukete Ageru. Siga o link abaixo e não deixe de conferir. Opinião totalmente pessoal que não representa a opinião da OtakuPT como um todo: A voz dessa mulher é angelical, eu fiquei apaixonado pela musica que ela cantou, sinceramente. Confiram!

    One Punch Man! É um anime bem divertido, fora as cenas de luta curtas com Saitama no início com alguns monstros com seus designs bem interessantes, a série possui uma animação que consegue te entregar boas lutas, comédia colocada em momentos bem legais que vão te fazer olhar a situação que em qualquer Shonen seria perigosa e um momento de tensão aconteceria, mas que perante os olhos de Saitama: Até mesmo uma entidade divina se torna cômica. O relacionamento dos personagens entre si é algo superficial, mas devemos dar destaque para Saitama e um certo personagem que é apresentado em episódios futuros da série que fica ao seu lado até o final do anime. Trilha sonora empolgante e muito instigante, te colocando sempre no ambiente do clima que está acontecendo, ela te traz uma sensação de imersão bem divertida e que te faz cada vez mais assistir os próximos episódios da série para ter cada vez mais daquela sensação. Dessa vez, a Madhouse nos entregou um anime muito bom, pois como eu costumava dizer e continuo dizendo: Suas adaptações são sempre muito boas, mas suas histórias originais costumam dar MUITO ERRADO para mim.

    Até a Próxima!

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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