A Way Out é um jogo em terceira pessoa estritamente split screen, co-op online ou local que envolve comunicação e coordenação dos jogadores. Seguimos dois personagens que são escolhidos no início, definindo quem irá interagir com a personagem durante o jogo. A escolha dos personagens é influenciada por uma breve biografia que é apresentada no menu de seleção.

Hazelight Studios é o estúdio que desenvolveu A Way Out, com a direção de Josef Fares, que previamente dirigiu Brothers: A Tale of Two Sons.

Seguimos a história de Leo e Vincent, que tentam escapar uma prisão e para isso precisam de combinar forças, cooperando e encontrando soluções para os problemas que vão surgindo. Criando um laço de confiança que para alguns poderá ser um passo muito acelerado logo no início do jogo mas que acaba por compensar.

O jogo tenta ser sério e sucede geralmente, caindo uma vez outra, mas isso depende a tolerância ao humor de cada um, para mim, foi uma experiência interessante, engraçada e até mesmo cómica em alguns casos.

A atuação das personagens é algo importante e jogo embora não seja perfeita, é algo que se ultrapassa e nos podemos habituar. Algumas das outras personagens com que interagimos durante o jogo contêm pouca vida, com um dialogo barato e não interessante.

É bastante linear, mas para alguns problemas existem mais que uma única solução que tem de ser explorada por ambos os jogadores, seja em decisões ou até mesmo em consequências.

O jogo possui uma história interessante, sendo que no final, criamos uma relação com a  personagem, acabamos por conhecer o bastante bem e lutamos pelos seus ideais.

GAMEPLAY

Sendo um jogo estritamente em co-op, oferece uma experiência dual, com a capacidade de presenciar não só o que se esta a passar com a personagem que controlamos, como também a outra personagem, controlada pelo outro jogador, sendo o ecrã de jogo único para os dois jogadores. Tornando uma experiência incomparável, partilhada com parceiro em co-op, e sucedendo no que oferece.

Tendo uma jogabilidade no início pouco intuitiva no início, rapidamente nos apercebemos de como jogo funciona e daí tudo faz mais sentido e melhor apreciamos jogo.

Assumindo cada jogador uma personagem, é esperado uma coordenação entre estes, e o jogo testa essa capacidade com momentos em que um jogador precisa de estar atento ao passar de guardas, enquanto o outro efetua uma ação que os irá ajudar a escapar, ou num momento em que os dois jogadores precisam de coordenar o escalar de uma parede, efetuando a mesma ação, mas tendo em atenção que esta tem de ser ao mesmo passo de velocidade.

Sendo assim, o jogo assume vários géneros que basicamente são unidos, em que raramente tentamos completar o mesmo objetivo duas vezes, desde evitar guardas sem ser detetado, ao pescar para comer, até ao evadir a polícia com uma perseguição de carro.

Os controlos do jogo são básicos e uma vez que nos apercebamos da interação que o jogo exige, não há muitas mais rotas ou maneiras de interagir com o ambiente.

Embora não se faça o mesmo duas vezes, as mecânicas não variam muito, tornado a experiência um pouco previsível, mas não menos interessante ou agradável. Não oferecendo nenhuma opção de dificuldade, é um jogo extremamente fácil de se jogar.

VISUAL

O jogo procura um visual realístico e sucede nesta premissa, passando-se nos anos 70, possui um estilo de acordo com a época. Oferecendo gráficos que representam o tamanho em budget do jogo, reais, mas não AAA, não afetando de alguma forma negativa.

Quanto ao UI (user interface/interface) é pouco presenciada, aparecendo apenas em momento em que a personagem precisa de efetuar uma tarefa. O que torna uma experiência mais cinemática e íntima.

ÁUDIO

Embora tenha jogado com um headset, sendo que o meu parceiro era online, não senti grande influência do som durante o jogo, por isso imagino que em local co-op, e ao jogar com o som das colunas sejam da televisão ou sistema de som externo não irá influenciar no geral.

Com nada de notar nas mudanças de áudio, A Way Out não excede nada neste parâmetro, mas também não compromete.

Um jogo que vale a pena…

No final, A Way Out é um jogo fácil e simples, talvez daqueles que é interessante mostrar a amigos que talvez não sejam ávidos jogadores. Uma história interessante, cativando o jogador a continuar, e ver o final das personagens que no cultivamos uma relação.

Sendo o que vês é o que recebes, e que as decisões tomas durante o jogo moldam momentos sem grandes consequências. Contendo apenas mecânicas de jogo básicas, não houve algum momento em que eu deseja-se algo mais.

O sentimento de estar a acompanhar uma história interessante e partilhar com alguém, é o que A Way Out oferece, sendo definitivamente uma experiência que raramente vemos atualmente.

 

 

 

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