Em Horizon a Playstation encontrou um nova franquia cheia de potencial, os jogadores adoraram a história, os personagens e aquele novo Mundo e depois de Aloy se aventurar pela primeira vez em 2017 em Horizon Zero Dawn, a série começou a expandir-se, tivemos uma expansão, merchandising, figuras, port para PC e até Banda Desenhada.

Enquanto esperamos pela expansão Burning Shore para Horizon Forbidden West faz todo o sentido ser a franquia Horizon, com Horizon Call of the Mountain, a escolhida para apresentar aos jogadores todo o potencial da Realidade Virtual permitida pela Playstation 5 e pelo novíssimo PlayStation VR2.

A primeira vez que entram no mundo de Horizon Call of the Mountain é uma experiência mágica, onde ficam arrebatados pelo que encontram pela frente tal é o nível de imersão que é conseguido.

Experiência Mágica

Ao abrir os olhos estão numa canoa, olham à vossa volta e vêm um cenário belo, detalhado e nítido, enquanto apreciam a vegetação e a água à vossa volta, são surpreendidos por maquinas que vos vão acompanhando, subitamente sentem uma vibração na cabeça, as vossas mãos começam a tremer, o que vem aí, um Pescoçudo, a gigante criatura ganha uma nova proporção em realidade virtual, uma coisa é vermos a Aloy a lidar com estas máquinas, outra completamente diferente é quando é à escala virtual, é enorme e imponente. A nossa atenção é capturada para algo que se mexe de baixo de água, procuramos freneticamente tentar perceber o que é, passados alguns minutos apercebemo-nos que já estamos de baixo de água.

Enquanto tudo isto foi acontecendo, os personagens que nos acompanham na viagem foram falando e dando pistas importantes sobre aquele mundo e a história que temos pela frente, ouvi alguma coisa do que disseram… não! Está na altura de começar o jogo novamente de início. Esta foi a minha primeira experiência de Horizon Call of the Mountain e retrata bem não só toda a qualidade do PlayStation VR2 como também do cuidado com que o Mundo do jogo foi construido.

Imersão impressionante!

Visualmente é tudo o que podiam esperar de um jogo de Horizon. Bons gráficos acompanhados de uma excelente composição sonora e lore a condizer. Os personagens estão bem animados e detalhados, vão dar por vocês muitas vezes a apreciar os detalhes das suas roupas, os “seres mecânicos” apresentam pormenores deliciosos no seu design tal como já víamos nos jogos anteriores e tivemos uma boa transição de mecânicas de jogo para este ambiente de Realidade Virtual.

No que diz respeito a mecânicas de jogo está lá tudo o que podiam esperar tirando partido as capacidades do PS VR2 Sense. A utilização do arco está muito bem conseguida com a utilização dos gatilhos e a maneira como apontamos para os inimigos utilizando o próprio arco.

Não me vou alongar muito na história, para não estragar as surpresas tanto para os fãs mais recentes como para os mais antigos de Horizon. Basicamente na história são, Ryas, um ex-Guerreiro aprisionado que devido a certas circunstâncias se vê numa jornada de redenção e pelo caminho vai encontrar algumas personagens bem conhecidas.

Em Horizon Call of the Mountain os produtores também têm a perceção de que este será o primeiro contacto com um dispositivo de realidade para muita gente e por isso o jogo está repleto de opções de acessibilidade para todos poderem desfrutar do jogo, desde os principiantes até aos mais veteranos.

Para além de 3 definições padrão de controlo e movimento (conforto, padrão e veteranos) podem ainda ir a pormenor e fazer uma personalização avançada onde podem ajustar desde o movimento da câmara, rotação segmentada, velocidade de rotação, aplicação ou não de vinheta, deteção do olhar, etc. Horizon Call of the Mountain tenta dar ao jogador o máximo de opções para ajustarem o gameplay para se sentirem confortáveis, até o dano que recebem e provocam podem ser alterado.

Como sabemos o Mundo de Horizon é muito vasto e como traduzir isso para um jogo de Realidade Virtual que tradicionalmente são jogos mais restritivos? A solução passa por dar uma maior verticalidade ao Mundo, acontece que o nosso protagonista para além de ser bom com o arco é também um ótimo alpinista, o que para mim não correu muito bem.

Por mais opções e combinações de settings que tentasse o resultado foi sempre o mesmo, motion sickness em cada escalada, e são muitas, mesmo muitas… Em outras atividades não tive qualquer problema, mas na escalada, principalmente na parte final na transição para um plano horizontal a coisa não corria bem para os meus lados. A mecânica está bem pensada, utilizam os gatilhos para se agarrarem às pedras ou raízes e vão trepando, mas foi a única parte do jogo que para mim foi bem penosa. Esta é a grande particularidade da experiência da realidade virtual, cada pessoa reage forma diferente aos vários elementos que são apresentados.

Com uma qualidade gráfica impressionante, uma boa construção de Mundo, mecânicas bem pensadas e implementadas, e uma história a condizer, Horizon Call of the Mountain é sem dúvida um jogo que tira proveito de todo o poder do PlayStation VR2 e é sem dúvida nenhuma Obrigatório!

Horizon Call of the Mountain eleva bem alto a fasquia para outros jogos de realidade virtual tentarem bater.

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