The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia – Análise

The Seven Deadly Sins ou Nanatsu no Taizai como é conhecido no Japão, é um caso de sucesso, o seu mangá está consistentemente nos TOPs de venda (7º mais vendido de 2017 com 3.5 milhões de cópias) e o seu anime conquista fãs por todo o mundo sendo em 2017 a 4ª série mais maratonada da Netflix e o anime mais maratonado de sempre.

Para quem não conhece a história, os Sete Pecados Capitais são um grupo de cavaleiros que vivem na região de Britânia, mas que se separaram, porque foram acusados de tentar derrubar o Reino de Liones. A sua suposta derrota chegou pelas mãos dos Cavaleiros Sagrados, mas os rumores de que eles ainda estão vivos, continuaram a persistir. Dez anos depois, os Cavaleiros Sagrados encenaram um golpe de Estado e capturaram o Rei, tornando-se os novos governantes tiranos do Reino. A terceira princesa, Elizabeth começou uma jornada para encontrar os Sete Pecados Capitais, para conseguir a sua ajuda e retomar novamente seu Reino.

Podem ver em cima uma hora de gameplay de The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia onde ou vou mostrando alguns elementos do jogo. Esta é uma boa altura subscreverem o nosso canal de youtube.

The Seven Deadly Sins: Revival of The Commandments (Nanatsu no Taizai: Imashime no Fukkatsu), a segunda temporada de The Seven Deadly Sins, acabou de estrear nas TVs e aproveitando este momento muito positivo da franquia a Bandai Namco Entertainment apresenta-nos este The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia (Nanatsu no Taizai: Britannia no Tabibito), um jogo para PS4.

Curiosamente este não é o primeiro jogo de The Seven Deadly Sins e a Bandai Namco Entertainment já anteriormente em fevereiro de 2015 lançou para Nintendo 3DS o jogo Seven Deadly Sins: Unjust Sin (Nanatsu no Taizai: Shinjitsu no Enzai).

Quando lançamos The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia temos disponíveis imediatamente duas opções, o modo Aventura e o modo Duelo.

Modo Duelo

Em Duelo temos várias opções, batalha a solo vs consola, Co-Op, multiplayer local e multiplayer online. Vamos poder escolher entre 25 personagens sendo que fora desta seleção ficam Elizabeth e Diane que são personagens exclusivas do modo aventura. Seria verdadeiramente difícil introduzir Diane num modo duelo equilibrado e com boas mecânicas.

Os lutadores não estão todos imediatamente disponíveis e terão de progredir no modo aventura para os desbloquear. Todos os “upgrades” que foram colocando nos vossos personagens ao longo do modo aventura são perdidos pelo que todos os personagens têm as suas definições padrão, é no entanto introduzido um factor estratégico pois ao partirem para um combate podem equipar no vosso lutador até três itens mágicos que podem ser utilizados em batalha. Para uma melhor distinção de personagens para quem não está habituado com o mundo de The Seven Deadly Sins os lutadores no menu de seleção são visualmente identificados com o seu tipo de ataque base, como por exemplo: Velocidade, Magia ou Power.

Ao escolherem o multiplayer online é criada uma sala especial onde são emparelhados contra outro jogador numa partida única, tudo fica resolvido num único round sendo que se quiserem voltar a jogar têm de iniciar de novo todo o processo. O modo multiplayer dá-vos a oportunidade de selecionarem se querem jogar com jogadores de todo o mundo ou apenas com jogadores da vossa região.

A classificação dos jogadores online é baseada em dois atributos, Player Level e Battle Level, e será com base nestes dados que será escolhido o vosso adversário.

Modo Aventura

No modo aventura vão basicamente reviver a história de  The Seven Deadly Sins. A primeira personagem que encontram é a princesa Elizabeth à procura dos Sete Pecados Capitais encontrando imediatamente Meliodas. Juntos vão percorrer o reino à procura dos restantes membros dos Sete Pecados Capitais,

Logo na primeira luta com Meliodas nos apercebemos que este não é propriamente o típico RPG de aventura, mas sim uma espécie de musou híbrido, ou como aqui na equipa apelidamos, um musou em contra-relógio.

O sistema de combate principal de The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia coloca o jogador numa área de dimensões relativamente reduzidas e o jogador enfrenta ondas de inimigos sendo que apenas consegue ultrapassar aquela “quest” se derrotar no espaço de tempo dado o número de inimigos previamente estabelecido, significando que o jogador estará sempre sob pressão para eliminar rapidamente os inimigos. Esta mistura de musou com limite de tempo é uma formula que poderá não agradar a todos, principalmente aqueles que estavam à espera de um RPG mais tradicional de The Seven Deadly Sins.

No mapa viajamos a bordo do Boar Hat e vamos escolhendo várias localidades onde vamos fazendo as quests locais sempre com o objetivo de procurar os restantes elementos dos Sete Pecados Capitais. No final de cada quest somos pontuados em relação ao nosso desempenho e espetacularidade do combate, quanto maior for o score final, maior é a probabilidade de obtermos pistas sobre o paradeiro dos outros cavaleiros.

Este sistema de pistas é baseado nas fofocas que ouvimos no final de cada missão e para além de ser importante para o desenrolar da história é também um bom componente cómico.

Como escrevi em cima temos duas personagens exclusivas deste modo, a princesa Elizabeth que apenas vai participar em missões de recolha e Diane, que participa em algumas missões e que é uma das personagens do jogo mais divertidas de controlar, uma autêntica máquina de demolição.

Por falar em demolição, os ambientes destrutivos (casas, árvores, etc) de The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia estão muito bem conseguidos e conseguem ser bem divertidos, para além de serem vitais para a recolha de cristais mágicos pelo que rapidamente se vão ver numa corrida não só para derrotar os inimigos como também para destruir todo à vossa volta.

Ao longo do jogo vamos poder criar itens mágicos que vão servir para melhorar os nossos personagens e a lista de opções é verdadeiramente gigantesca. Os itens resultam da combinação dos cristais mágicos que obtemos das lutas e também de alguns ingredientes que vamos recolhendo. Cada personagem pode equipar até 4 itens mágicos que vão servir para fazer um boost aos seus stats.

Combate

No que toca a combate temos três tipos de ataque básico (fraco, forte e à distancia) e mais três ataques mágicos, para finalizar temos também um ataque especial (R2). Tanto os ataques mágicos como especial são dependentes de energia que vai gradualmente crescendo numa das barras.

Temos claro também a habilidade de nos defendermos, de fazermos super saltos e de ainda nos aproximar-mos rapidamente do nosso adversário, sendo que todas estas ações consomem magia.

Vão também ter a oportunidade de quando se estão a preparar para entrar em combate de selecionar uma segunda personagem de apoio, que pode ser evocada para ajudar com as teclas de direção.

Gráficos

Graficamente a Bandai Namco Entertainment segue as mais recentes tendências dos animes e opta por personagens CG com cel shading à mistura que estão fieis à obra original e preservam todos os seus movimentos típicos algo que definitivamente agradará aos fãs.

O ambiente destrutível é um dos grandes pontos deste jogo e as áreas de combate também estão bem conseguidas, desde áreas florestais ao interior de uma prisão foram bem pensadas para dar ao jogador uma boa experiência, são no entanto um pouco pequenas e rapidamente nos encontramos contras as suas paredes invisíveis.

Conclusão

The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia é claramente um jogo vocacionado para os fãs de The Seven Deadly Sins e uma excelente oportunidade de reverem a história desde o seu início. O estilo de jogo musou pode não ser do agrado de todos principalmente daqueles que estavam à espera de uma narrativa mais tradicional.