O Conselho de Classificação da Austrália apesar de inicialmente ter defendido as suas diretrizes acabou por ceder e recusou classificar os volumes 1, 2 e 9 da novel No Game No Life de Yuu Kamiya (nome utilizado pelo brasileiro Thiago Lucas Furukawa na publicação da obra), o que na prática significa um BAN da obra na Austrália. Podem ver em baixo a informação de recusa de classificação da obra.
Este decisão tem na sua génese as pressões exercidas por Stirling Griff, um senador australiano que quer banir anime nas TVs australianas alegando que obras como Sword Art Online, Goblin Slayer e No Game No Life representavam “exploração infantil” e até normalizavam a pedofilia.
Na Austrália a livraria Kinokuniya também pressionada desta vez pela legisladora sul-australiana Connie Bonaros acabou por em julho de 2020 remover das suas prateleiras as obras:
- Eromanga Sensei
- Sword Art Online
- Goblin Slayer
- No Game No Life
- Inside Mari
- Parallel Paradise
- Dragonar Academy
O senador Griff usou a adaptação para série anime da light novel Eromanga Sensei de Tsukasa Fushimi como um exemplo de mídia que descreve “exploração infantil” que “apresenta fortemente temas de incesto” e afirmou “muitas cenas são tão perturbadoras que eu simplesmente não vou descrevê-las”.
A história de No Game, No Life desenrola-se à volta de dois irmãos Sora e Shiro cuja reputação de gamers NEET se tornou uma lenda urbana na internet. Estes dois gamers consideram até a vida real como qualquer outro jogo de baixa qualidade.
Um dia eles são convocados para um mundo alternativo por “God”. Nesse mundo “God” proibiu a guerra e declarou que tudo se iria decidir através de jogos, até as fronteiras dos países. A humanidade foi reduzida a uma única cidade pelas outras raças. Será que Sora e Shiro se vão tornar nos “salvadores da humanidade” neste mundo alternativo?
Dia 9 de Abril de 2014 a Madhouse lançou uma adaptação para série anime nas TVs japonesas que ficou em segundo lugar nos OtakuPT Awards 2014.
Com essa Censura toda, o Negócio é Recorrer ao Jack Sparrow mesmo.
Muito ruim isso
As editoras vão ficar com um pé atras de tentar vender qualquer obra lá
Simplesmente não vão perder tempo tentado explicar isso ou aquilo
Ai volta a pirataria
Se eu não estiver enganado não foram todos os volumes de no game que foram banidos, bugado não acham.
No mais fazer isso não irá ajudar as crianças de verdade, mas fazer o que é a vida.?
Problema, que a editora não vai querer vender os demais e nem o leitor vai comprar uma obra pela metade,
Mas sim é bugado…
Pirataria vai rolar solta lá!
O que me irrita nessa situação não é o motivo dessa censura, porque de fato é um motivo válido, mas sim esse tipo de decisão ser de cunho pessoal e se basear em comportamentos dentro de um ciclo social fechado. Se o objetivo evitar que as pessoas tenham acesso a “cenas perturbadoras” porque ninguém fala nada sobre assassinato, tortura, estupro, etc. nos filmes? Não passa pela cabeça do cidadão que o mesmo parâmetro que ele usa para definir algo como aceitável é o mesmo que pessoas de outras culturas usam, é dessa forma que acontece a censura. Ninguém quer banir tudo o que é inaceitável, todo mundo é quer banir o que considera inaceitável.
“apresenta fortemente temas de incesto” e afirmou “muitas cenas são tão perturbadoras que eu simplesmente não vou descrevê-las”.
Parece uma descrição de GoT. Mas claro que esse livro é aceitável lá.
Aposto que GoT também vai ser lá