Com as mais recentes novidades no mundo do Anime e Mangá em Portugal, como Dragon Ball Super: Broly nos cinemas portugueses, My Hero Academia dobrado em português ou a editora JBC com Ataque dos Titãs, Akira e Ghost in the Shell, os fãs portugueses vivem tempos felizes. Mas nem sempre foi assim.

O fenômeno do mangá ou anime, oriundo do Japão, atingiu desde cedo todo o mundo. E Portugal não foi excepção. Aliás, Portugal foi um dos primeiros países pioneiros na transmissão de conteúdo televisivo japonês nomeadamente séries anime.

Mangás da editora Devir

Os primeiros mangás a serem publicados em solo português foram as franquias Ranma ½ e Spriggan. Na versão portuguesa, Spriggan teve o nome de Striker: O Guerreiro. Ambas em 1995. Infelizmente ambas acabaram por ser canceladas muito prematuramente. Durante os 3 anos seguintes nada foi publicado em Portugal ao nível de mangás, até que em 1998 chega a Portugal um gigante de seu nome Akira, obra de Katsuhiro Otomo. Esta franquia viria ajudar a trazer um futuro risonho de mangás a Portugal. 2001, o ano que marca a chegada da franquia que deixou muitas pessoas ofuscadas pelo mangá: Dragon Ball foi publicado em Portugal pela editora Planeta deAgostini na sua totalidade, contando na altura com 42 volumes traduzidos. 9 anos mais tarde a editora Edições ASA quis também publicar o mangá de Akira Toriyama, mas esta segunda edição viria a ser cancelada ao fim de 18 volumes. Com o passar dos anos, outras franquias, algumas ícones no mundo dos mangás, foram trazidas para Portugal por editoras como a Levoir, Bertrand ou Porto Editora. Também foi criada uma revista, que aguentou as suas portas até 2015, a famosa Banzai.

1º, 2º e 3º volume de Striker: O Guerreiro pela editora Porto Editora, ano 1995

Apesar de algum sucesso na venda de mangás, a realidade é que ao nível da tradução de Mangás em Portugal sempre foi escassa, ou mesmo nenhuma. Poucas foram as franquias traduzidas para português na totalidade. Isto durante alguns anos foi um problema para os fãs portugueses, que tinham de encomendar do estrangeiro, volumes de mangás em Inglês ou em Brasileiro. Aliás, ainda hoje, muitas vezes editoras deparam-se com exigências das editoras japonesas, ou mesmo dos autores, muito complicadas e por vezes insustentáveis o que naturalmente faz adiar muitas vezes, lançamentos de mangás previstos para certas alturas ou mesmo a sua continuidade. O processo de trazer obras do Japão muitas vezes é exaustivo para editoras como as portuguesas, entre outras. Depois obviamente há a questão da rentabilidade, pois existe uma diferença entre o publico japonês e o restante publico de todo o mundo. No Japão, a cultura anime e mangá atinge níveis de popularidade e lucro financeiro altíssimo, apesar de terem uma população reduzida. Está no ADN do país e é uma das suas fontes de rendimento nacional anual. Este fenômeno não se pode comparar a outros países como o Brasil, Estados Unidos da América ou mesmo Portugal. Seja pelo interesse, seja pela cultura dos países, seja pela quantidade populacional desses mesmos países.

Arte de Striker: O Guerreiro

Para ser mais fácil perceber, darei um exemplo:Vamos apenas supor, repito, supor. É injusto comparar por exemplo: Brasil e Portugal. Quando a capital de um tem possivelmente a totalidade populacional do outro. O publico português até pode, apenas imaginando para este exercício, comprar muito mangá e tentar ser um publico muito rentável para os cofres dos mangakas e editoras japonesas, mas o número de pessoas que vivem em Portugal não aumenta só porque queremos de um dia para o outro, enquanto que no Brasil praticamente cada estado tem mais pessoas que Portugal inteiro. E existem vários estados no Brasil. Agora pensemos no tamanho do território de Portugal e comparemo-lo à maior parte dos países.. Claro que existiram outros factores para um mangá ser cancelado ou mesmo não estrear se num certo país.

Tokyo Ghoul pela Devir
Tokyo Ghoul pela Devir

Contudo, por volta de 2012 a editora Devir, para bem de muitos fãs, mudou a sua abordagem, extendeu o seu catálogo, e passou a publicar mangás da editora japonesa Shueisha. Obras mais atuais e de qualidade, como Death Note, Tokyo Ghoul, Naruto, entre outras chegaram a Portugal, e de imediato foram um sucesso. Talvez por serem do mesmo gênero de Dragon Ball que era gigante em Portugal, e pelas próprias obras já trazerem qualidade garantida, uma vez que no Japão já tinham estreado à alguns anos. Ainda hoje, Naruto continua a ser publicado pela Devir, mesmo já tendo terminado o seu mangá e série anime no Japão. Em 2015, a editora Devir inovou novamente ao trazer para Portugal, também um mangá chamado All You Need is Kill, que mais tarde foi transposta para Hollywood, num filme chamado No Limite do Amanhã com Tom Cruise e Emily Blunt como protagonistas. Como se não fosse suficiente, a editora Devir reforçou ainda mais o mercado português com outra grande franquia do Japão, Assassination Classroom.

Samurai X pela Devir
Samurai X pela Devir

2018 marca a chega de outra grande editora a Portugal, de seu nome JBC. Distribuidora de mangás de maior relevo no Brasil sendo a detentora naquele país dos direitos de obras como My Hero Academia (Nanatsu no Taizai), (Saint Seiya), Blame!, Ghost in the Shell, Knights of Sidonia, Fullmetal Alchemist, Steins; gate, Btooom!, Freezing, Fairy Tail, Green blood, Neon Genesis Evangelion, Love hina, Magi: o labirinto da magia, Jogo do rei: ousama game, O Senhor dos Espinhos (Ibara no Oh / King of Thorn), Akira, Little Witch Academia, Blade – A Lâmina do Imortal, Battle Angel Alita, Parasyte, Terra Formars e muito mais.

Editora JBC chega a Portugal

Obras como Ghost in the Shell e Akira chegaram a Portugal e logo com as suas edições de luxo juntamente com um outro peso pesado, Ataque dos Titãs. A JBC foi outro grande marco na nossa história de anime e mangá em Portugal.

Ghost in the Shell ediçao luxo e Ataque dos Titans da editora JBC

Mas se temos de recuar até ao ano de 1995 para encontrar os primeiros Mangás em português, então teremos de recuar mais 25 anos para encontrar o primeiro Anime em português. Heidi ou Marco, marcaram o início dos Animes em Portugal em 1970, pelo canal RTP. Aliás, comparando os dois, os animes estrearam muito mais cedo em Portugal que os mangás. Neste campo, os canais portugueses apostaram forte, mais por sorte talvez que por conhecimento, nas franquias mais populares supostamente no Japão na altura. E então nos anos 90 através da SIC principalmente juntamente com RTP e TVI, Portugal entrou na sua Era de Ouro dos animes em Portugal.

Cavaleiros do Zodíaco estrearam em Portugal em 1992, aos Sábados de manhã na RTP, na versão original legendada, mas as queixas recebidas pelos pais como consequência das suas sequências de considerável violência levaram o canal a desistir da exibição. Todavia, e no rescaldo do sucesso estrondoso de Dragon Ball, a SIC “repescou” a série e voltou a exibi-la em 1999. Certamente uma franquia envolvida em polêmica anos 90, tendo sido inclusive  “censurada” no nosso país.

As Navegantes da Lua ( Sailor Moon ) foi o anime seguinte em 1994 pela SIC, no programa Buéréré durante as manhas portuguesas. As icônicas dobragens ajudaram a construir o misticismo que acompanha a série até hoje, tendo estado a cargo do Estúdio Novaga (também responsável por Dragon Ball e Moto Ratos, por exemplo).

E então chegou o fenómeno Dragon Ball a uma geração inteira de crianças. A febre era tanta que as exibições da série se dividam entre a tarde e manhã no mesmo dia! Chegou a Portugal em 1995, novamente no programa Buéréré da SIC e estendeu-se até 1999, passando pelas diversas séries Dragon Ball, Dragon Ball Z e Dragon Ball GT. Mais tarde e já bem dentro do novo milênio, voltou a repetir na SIC, depois na SIC Gold e novamente na SIC Radical e SIC K. Marcou de tal forma que qualquer criança desse tempo, levantava-se todos os dias da semana cedo da manha para ver Dragon Ball pois senão visse ou gravasse em VHS, não poderia voltar a ver. Havia uma procura constante pelo próximo episódio. A própria dobragem portuguesa dobrou para antes dos encerramentos, uma frase que acabou por se tornar lendária em Portugal: “Não percam o próximo episódio porque nós também não!”

Foi de tal forma um sucesso que canais rivais, como TVI, RTP 2 e mesmo a própria SIC, encomendaram imediatamente outras franquias, para serem traduzidas e transmitidas em Portugal. Franquias como Pokémon, Digimon, e outro icônico, não só em Portugal como em todo o mundo, onde o seu tema de abertura simplesmente dispensa apresentações, e é para muitos, eu incluído, uma das melhores abertura de uma série anime do seu tempo (tanto que a versão portuguesa não dobrou sequer a abertura). Este anime estreou na SIC em 1998, e retransmitido noutros canais. A última transmissão em Portugal pela SIC Radical, teve a particularidade de ser a versão original japonesa. Trata-se de Neon Genesis Evangelion.

Pode não parecer, mas estas franquias, que não enchem os dedos de uma mão, durante praticamente uma década dominaram qualquer tipo de animação em Portugal. Hoje uma geração inteira de pais está marcada por estas obras. Mas se achas que acabou, estás enganado. Esta década de qualidade, a nossa Era de Ouro, não termina sem antes outro diamante aparecer por lapidar. Este anime foi encontrando um público que não estava particularmente habituado ao seu tipo de animação em 1999. Não só ao anime em particular (apesar de muitos terem sido já expostos a Dragon Ball) mas a uma animação com temas mais sérios, adultos e complexos, Samurai X continua a ser um equilibradíssimo anime de realismo e fantasia e, até hoje, uma das séries de animação mais respeitadas que a TV portuguesa já exibiu, juntamente com Neon Genesis Evangelion. Outro canal mais tarde foi criado, de nome Animax Portugal, que transmitiu animes como Death Note, Naruto Shippuden, Trigun, Hunter x Hunter, Ghost in the Shell e outros tantos.

É verdade que a cada ano que passa, o interesse dos fãs portugueses por Anime ou Mangás, vai aumentando. Mas infelizmente isso não chega. Pelo menos nos dias de hoje. Porquê? Se recuarmos aos anos 90, altura em que surgiu a melhor fase de animes em Portugal, a verdade é que canais como a SIC, eram fiéis aos fãs e às obras mesmo existindo um intervalo enorme de tempo de transmissão entre a versão original e a portuguesa. O que por um lado foi um dos pontos positivos das franquias por terras lusas. Dragon Ball foi transmitido na totalidade, pela SIC, todas as manhas e tardes durante mais de 5 anos sem qualquer tipo de pausa. Houve fases em que tivemos episódios duplos, ou episódios ao fim-de-semana. Eram tempos, em que os miúdos na escola, vibravam só com a ideia de puder chegar a casa e puder ver Dragon Ball. Para ajudar à festa, a TVI para ripostar, durante o programa do Batatoon, durante as tardes, utilizava os intervalos do programa infantil para transmitir episódios anime. Franquias como Zorro ou Samurai X. Hoje em dia, uma criança não consegue durante um mês seguido ver o mesmo anime ou desenho animado, à mesma hora todos os dias ou fim-de-semanas, na grelha de programação portuguesa. Temos intervalos quase a roçar os 20 minutos de duração (o mesmo tempo de duração de um episódio anime).

De salientar que como existia uma diferença de transmissão de episódios gigante entre Portugal e Japão. Os fãs portugueses também não sofriam pausas ou interrupções, pelo menos era muito raro acontecer. Dragon Ball por exemplo, foi transmitido desde o Dragon Ball até à serie Z, sem quaisquer interrupções praticamente e GT em VHS, só anos depois viria a passar na SIC Radical.

De salientar que não falámos de bastantes séries anime que passaram em Portugal, mas não foram esquecidos. Com o passar dos anos, e a natural mudança nas estações televisivas portuguesas, as grelhas de programação deixaram de ser equilibradas, para passar a serem um íman de audiências. Enquanto que nos anos 90, de segunda a sexta-feira da parte da manha tínhamos programas de videojogos como o Tempo dos Jogos e séries anime praticamente até às 12 horas todos os dias e aos Sábados e Domingos recebíamos o Buéréré às 8 horas da manha na SIC onde o mesmo era transmitido até às 12 horas, transmitindo Dragon Ball, Pokemon, Power Rangers entre outros. Existia um espaço para crianças um pouco de todas as idades, de 6, 7 a 11, 12, fosse durante a semana ou ao fim-de-semana. As tardes por norma eram sempre ocupadas com filmes na TV, ou programas televisivos como o Big Show SIC, mas as manhas eram o destino preferido de todos nós ( à excepção do Batatoon ).

Mas como referi anteriormente, as estações televisivas foram mudando aos poucos, e consigo as suas grelhas de programação. E com o passar dos anos, começámos a ver desenhos animados e séries animes, a serem renegados para o sub-canal da SIC, a SIC Radical, os canais principais da TV portuguesa a passar novelas com 10 anos, repetidas, nas manhas de fim-de-semana, as tardes a serem preenchidas por programas televisivos de festa folclore durante 6 horas seguida, futebol constante, programas moralmente duvidosos ou talkshows de capa cor de rosa. Tudo o oposto, que uma criança deva assistir. No entanto, existe a ideia que os anime é que são prejudiciais ao crescimento e desenvolvimento de uma criança, e estes programas não.

E andando meia dúzia de anos para a frente, chegamos ao dia deste artigo, e temos franquias como My Hero Academia a ser acarinhada por fãs e trazida para Portugal por fãs, para fãs. Temos editoras como a Devir, sempre apostar cada vez mais forte no nosso país em termos de Mangás, já temos aos poucos filmes anime nas salas de cinema, temos videojogos das franquias, e também fora do mundo dos animes e mangá. Temos eventos como o Iberanime em Lisboa e Porto ou mesmo a famosa Comic-Con. A força e esforço que a Devir, blogues e sites como o OtakuPT, ou até mesmo os vários dobradores portugueses, como João Loy, Quimbé, Cristina Cavalinhos, Henrique Feist entre muitos outros, todos juntos fizeram com que chegássemos a este ponto de viragem, do que é a cultura anime e mangá em Portugal. É uma boa altura para se estar vivo, e ser fã de anime, mangá e videojogos no nosso país, e o futuro é risonho, com projetos como A Minha Academia de Heróis e Dragon Ball Super.

Termino o meu artigo, apelando, que apoiem o anime e o mangá em todo o mundo, mas em especial no nosso pais. Apoiem editoras como a Devir e a JBC Portugal, comprem os seus livros mesmo já tendo visto a série anime, ou mesmo que não queiram, ofereçam como presente a alguém. Apoiem os estúdios de dobragem, assistindo na TV todos os dias ou semanas quando possível. Já não é preciso VHS e podem puxar o episódio para trás. Vão aos cinemas portugueses, usando o nosso voucher por exemplo. Apoiem sites como o OtakuPT. O futuro do género em Portugal depende única e exclusivamente dos fãs, nós! Continuem o bom trabalho, e nós no OtakuPT iremos continuar a tentar fazer o nosso!

E tu? Deixa-nos a tua opinião nos comentários abaixo, acerca do estado do anime e mangá em Portugal, e quais foram as séries anime ou mangás que marcaram a tua infância.

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Tiago Serra
Tiago Serra
26 , Agosto , 2019 6:19

Excelente artigo! Parabéns Fábio!

Deixa-me só fazer um pequeno reparo; a SIC transmitiu sim Dragon Ball sem pausas, mas eles foram inteligentes nessa “gestão de episódios”. Quando viram que não tinham episódios posteriores ao que estava a ser transmitido, voltavam a transmitir episódios passados.Por exemplo na saga do Bubu faltava 1 episódio para terminar essa saga e o Z e no episódio seguinte recomeçaram a transmitir desde a saga do Frieza em Namek…
Lembro de ver também na minha infância (sei que não tem haver com animes e manga, por isso é um pouco “off-topic”) o “Da-lhe gás” na SIC e o mítico Hugo na RTP.

Voltando aos animes, fazendo uma comparação de “sociedades” entre a actual e a de 1990/2000 acho que seria muito difícil de repetir nos miúdos actuais a “febre dos animes” que tivemos na infância (década de 90). Não porque não haja animes bons (alias actualmente existem animes top), mas sim porque a sociedade está diferente. (Não estou a dizer que nos miúdos de hoje não gostem de animes; só estou a dizer que em 90 houve sim uma febre de animes em Portugal).
Eu dou-te um exemplo: Dragon Ball Z actualmente não passaria na SIC generalista (Sei que o Super passou lá, mas temos que admitir que o Super está mais “light” que o Z …), porque criou-se esta “regra” que um anime que tenha um pouco de violência não passa nos canais generalistas…
E mesmo que passassem, os miúdos de hoje têm um conjunto de “ferramentas” que não os deixam agarrados à televisão à X hora no dia Y da semana. Agora eles têm canais que passam desenhos animados de manhã à noite (alguns desses canais são direccionados para bebés, outros para crianças); podem gravar o desenho animado e ver mais tarde; existe o Youtube onde eles podem escolher o conteúdo que querem ver; etc.
Não estou com isto a dizer que os miúdos de 90 é que estão certos e os actuais errados, apenas estou a constatar que a sociedade está diferente.

Do teu artigo só discordo de uma coisa Fábio, para mim o melhor openning é sem duvida o do Samurai X 🙂

(Se chegaram até aqui, peço desculpa pelo testamento no comentário 🙂 )

ChadGrey
ChadGrey
26 , Agosto , 2019 6:19

Muito bom artigo!!
Sei que critico algumas vezes quando não os acho bons, outros nem merecem o tempo para isso, mas quanto gosto ou pelo menos o artigo está muito bem feito tenho também que o louvar!

Muitos parabéns e obrigado pelo conteúdo!

lebrejunior
lebrejunior
26 , Agosto , 2019 6:19

Ao menos dêem créditos para quem tirou as fotos, no caso eu (OPM e Vol 7 de TG)

Kondou-san
Kondou-san
26 , Agosto , 2019 6:19

Deu uma nostalgia enorme ler este artigo.

Vinicius Mota
Vinicius Mota
26 , Agosto , 2019 6:19

Isso é bom…. !!!!❤

Misato
Misato
17 , Julho , 2022 15:02

a Heidi estreou em portugal em 1975, não em 1970. à Heidi seguiu-se o Marco e umas quantas séries do World Masterpiece Theatre, da NHK. antes de 75, passaram algumas séries de Osamu Tezuka, nomeadamente Kimba e Unico.