8 Factos Sobre a Indústria Hentai

Hentai, o um dos género tabu da animação japonesa, ou será que não? Se calhar está tudo na cabecinha dos ocidentais. O que é certo é que muita gente mais depressa reconhece este género que outros presentes nos animes.

Em baixo encontram 8 factos sobre a indústria hentai que muito provavelmente não conheciam. Deixem a vossa opinião em baixo nos comentários.

1. Não se chama realmente Hentai

Sim, aqueles animes que vêm sobre ahhhh… saúde, não se chamam tecnicamente hentai no Japão mas sim seijin-anime / seijin-manga ou então ero-anime / ero-manga.

No Japão o termo hentai é mais utilizado para descrever uma pessoa pervertida ou assustadora. Mas então de onde veio este termo? O surgimento de Hentai conotado a um género sexual em Inglês pode ser rastreado até à tradução de um doujin Dirty Pair intitulado H-Bomb.

2. “Hentai” ultrapassa “anime” nas procuras na internet

Bem a estatística fala por si e talvez seja por isso que muitos que não conhecem anime associem animação japonesa a porn.

Curiosamente como podem ver pelos gráficos em cima no Japão e em Portugal a procura dos termos anda relativamente perto uma da outra mas sempre com prevalência do Hentai. Já no Brasil é onde se nota a maior diferença entre os dois termos sendo que hentai ganha de forma claríssima.

3. Os mosaicos de censura são adicionados depois do anime ser desenhado.

Ohhh os famosos mosaicos!!! Algures num armazém obscuro está guardada a versão não censurada do teu hentai favorito. Devido à lei japonesa, é legal produzir hentai sem censura, mas é ilegal vender hentai não censurado.

Toda a animação é desenhada sem censura sendo que depois algum estagiário terá a difícil tarefa de adicionar todos os mosaicos naquelas cenas mais impróprias. No passado quando uma empresa do ocidente licenciava um hentai era a sua versão não censurada mas esses tempos já lá vão, dai ser mais fácil encontrar versões não censuradas no ocidente do que no Japão.

Atualmente devido a diversas leis mais restritas e a significativas diferenças culturais (personagens mais novas) as companhias japonesas já não licenciam hentai a companhias ocidentais, principalmente americanas. Em alguns casos isso ainda acontece mas com ero-mangas.

4. Os tentáculos surgiram para contornar as leis de censura

Em 2002, Toshio Maeda revelou a razão pela qual os tentáculos eróticos se tornam populares nos anos 80, afirmando: “Naquela época pré-Urotsuki Doji, era ilegal criar uma cena sensual na cama. Achei que deveria fazer algo para evitar desenhar uma cena tão sensual então eu criei uma criatura. Assim eu poderia dizer, como desculpa, “isto é apenas uma parte da criatura, as criaturas não têm género, uma criatura é uma criatura, então não é obscena – não é ilegal”.

Isto aconteceu devido às leis da obscenidade que fazem parte do código penal do Japão e que foram instituídas no período Meiji e que ainda são lei sendo que sem sucesso muitos têm feito lobby no Japão para alterar esta lei tão antiga.

5. Lolicon também surgiu para contornar a censura

Um termo que consegue gerar mais controvérsia que o próprio hentai. Hideo Azuma é conhecido como o pai do género lolicon devido à White Cybele de 1979. Mas não foram as tendências pedo que o levaram por esse caminho, mas as leis de censura do Japão.  Até recentemente, era ilegal retratar os pelos púbicos. A única maneira de contornar esse problema era fazer com que os personagens parecessem mais jovens … e muitas vezes eram mais jovens.

Apesar dos mitos populares, o lolicon sempre foi um assunto controverso com o público japonês.

6. Alguns dos melhores mangakas começaram a desenhar Hentai

Em breve vamos colocar um artigo mais detalhado sobre este facto mas não se espantem ao ler na lista nomes como CLAMP (xxxHolic), Kohta Hirano (Hellsing), Masamune Shirow (Ghost in the Shell), Hanaharu Naruko (Suisei no Gargantia), Shouji Sato (Highschool of the Dead), Keito Koume (Spice & Wolf) e Kiyohiko Azuma (Yotsuba&!)

7. Hentai é pouco lucrativo

Segundo uma fonte na indústria os seiyuu de hentai não recebem muito, entre 100 a 300 dólares por episódio. Em comparação os seiyuu de animes tradicionais recebem entre 150 a 450 dólares por episódio. Como a maioria dos hentais tem 1 ou 2 episódios facilmente nos apercebemos que uma carreira como seiyuu em hentais não é muito apelativa.

Os salários dos animadores é uma incógnita, mas como já é muito baixo nas animações tradicionais facilmente deduzimos que será ainda pior nos hentais.

8. A pirataria está a prejudicar a indústria Hentai

Fica a pergunta, quantos hentai já viram de forma legal, ou melhor, já alguma vez viram um hentai de forma legal?

Basicamente toda a gente pirataria Hentai, incluindo os japoneses. Como as versões japonesas são censuradas os nipónicos não têm qualquer incentivo para comprar DVDs.

As revistas Hentai ainda existem mas desde a famosa Lei Anti-Otaku a sua comercialização tornou-se mais difícil e claro as vendas sofreram um decréscimo. A única alternativa que os fãs japoneses começam a ter são os eventos como Comiket e os seus doujin.