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    Anima Yell! – ep: 12 final – Naturalidade

    Não é incomum em animes esportivos ter um protagonista com talento natural para o esporte abordado. Tal habilidade pode ser representada como uma espécie de super poder dependendo do caso. Emfim, em Anima Yell! é diferente, pois a única qualidade que Kohane tem para ser uma líder de torcida é o sorriso, porém lhe falta técnica, e ainda tem um agravante que é o medo de altura.

    De forma natural acompanhamos todo o progresso de Kohane e cia, desde a fundação da associação de torcida (agora um clube oficial) até a participação em um campeonato de cheerleading. 

    Quem acompanha animes de esporte provavelmente deve conhecer algum anime onde temos algum personagem que não praticava o esporte abordado, mas que depois passou até ganhar competições. Nada contra este tipo de abordagem, afinal talento existe. Mas o ponto que eu quero chegar é forma realista que esse anime trata uma atividade esportiva, mesmo que camuflada de fofura e comédia sutil.

    O fato das personagens não conseguirem avançar na competição de cheerleading, pouco importa para as personagens, pois elas se divertiram bastante. O foco do anime não é competição, e por isso não há uma obrigação delas quererem atingir o topo.

    Mesmo com duas garotas experientes no time (Hizume e Kana), não foi suficiente para as meninas avançarem. A inexperiência das outras pesou, e isso é algo normal. 

    O peso de uma competição pode assustar ou não um iniciante, mas o fardo que Kohane estava carregando não era a importância de vencer, mas sim o fardo de sua amiga Hizume. 

    Era uma questão de honra para Kohane apresentar uma boa performance para mostrar as ex-companheiras de Hizume que a mesma está muito bem no novo time. Isso abalou toda a concentração e a naturalidade da protagonista. Pode ter sido de maneira leve, mas houve tensão nesse último episódio. O sorriso de Kohane havia desaparecido, algo que deixou as suas companheiras muito preocupadas, e que me deixou ansioso para o desfecho.

    Kohane percebeu que à sua volta todos estavam lhe apoiando e voltou ao seu estado natural, e isso foi interessante, pois ela coloca sempre as outras pessoas em primeiro lugar, deixando de lado suas vontades para ajudar a quem necessita. Durante a apresentação foi ela quem mais precisou de apoio.

    Do começo ao fim, esse anime evoluiu bem, mostrando que lentidão não é necessariamente um defeito narrativo. Personagens podem evoluir devagar, o que já é melhor do que não ter desenvolvimento algum. Esse anime foi competente em mostrar “garotinhas fazendo coisas” de forma divertida. Foi legal acompanhar um grupo de garotas praticando uma atividade esportiva na qual eu não tinha muito conhecimento.

    Quero agradecer a todos que leram este artigo, e desejar um 2019 muito bom a todos. Espero que tenhamos excelentes animes nas temporadas vindouras.

     

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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