Planet Coaster chega-nos por parte dos veteranos britânicos da Frontier Developments, cujos títulos incluem a série RollerCoaster Tycoon, Zoo Tycoon, Elite: Dangerous, outros clássicos modernos dedicados à simulação de construção de parques temáticos e montanhas-russas Thrillville e Screamride e mais recentemente, Planet Zoo e Jurassic Park Evolution, também dentro do género de construção de parques temáticos.
Não será assim estranho ver Planet Coaster como um sucessor espiritual da série RollerCoaster Tycoon, e depois da passagem do jogo pelos PC’s, este chega-nos finalmente às consolas com esta Console Edition, com tudo a que a versão PC teve direito, incluindo suporte para rato e teclado que embora não tenham sido utilizados para esta análise, são altamente recomendados devido à complexidade do interface gráfico, cuja utilização com um gamepad exige, no mínimo, muita habituação…
Posto isto, o restante da experiência é tão agradável como seria de imaginar, especialmente para os fanáticos de jogos de gestão e construção. Para os novatos, o jogo conta com um Career Mode, onde todas as mecânicas e pequenas nuances são introduzidas aos poucos, em parques semi-construídos e com objectivos apresentados gradualmente, com 3 estrelas a ganhar em cada nível. Para quem conhece as mecânicas habituais, certamente sentirão familiaridade – manter os clientes felizes, oferecer-lhes lojas onde comprar comida, bebida e lembranças, nunca esquecer de construir casas-de-banho, contratar equipas de limpeza, segurança, atendimento e diversão, e claro, construir diversões e montanhas-russas, sempre com as reacções dos clientes em vista.
Falando nos níveis, estes estão separados por temáticas no Career Mode, onde o jogador toma o lugar de um gestor para o dono de um parque, com direito a pequenas introduções áudio, com temas desde piratas, western, contos de fadas ou sci-fi. Será no entanto, no Challenge Mode que os veteranos encontrarão a maior diversão no jogo, bastando escolher um dos vários tipos de terreno-base (tropical, deserto, savana, alpino, montanhoso, ártico, citadino ou um ambiente costumizado), e uma dificuldade que afectará o dinheiro inicial assim como a velocidade que demora a pesquisar novos items, a cair a felicidade dos clientes e a durabilidade das nossas montanhas-russas e diversões, e depois é só começar a construir no nosso terreno vazio.
Já se o jogador não estiver à procura de um desafio, basta utilizar o Sandbox Mode, e construir sem qualquer tipo de limites monetários. Já em termos dos restantes limites… embora eles existam, será extremamente complicado de os encontrar, sendo que Planet Coaster é praticamente infinitamente costumizável. Todas as montanhas-russas, diversões e decorações do catálogo disponibilizado são apenas blueprints pré-feitos pela Frontier, sendo que é completamente possível aos jogadores alterarem e criarem de raíz novas peças extremamente decoradas através de um enorme catálogo de peças simples, onde a imaginação (e a paciência de cada um) é verdadeiramente o limite, sendo possível a partilha de blueprints entre jogadores!
E é também para os viciados do micro-management que há montes e montes de páginas cheias de números e customizações ínfimas de tudo o que faz parte do nosso parque, desde o preço das bebidas, ao facto de querermos ou não incluir certos toppings em certos sabores de gelado, treinar cada um dos empregados do parque pessoalmente garantindo as suas habilidades de atendimento, etc etc.
Planet Coaster é em tudo um jogo que permite uma fácil aproximação de alguém que nunca jogou nada do género, mas ao mesmo tempo oferece um nível de controlo e customização que chega a roçar o absurdo para aqueles que têm o interesse de tornar os seus parques virtuais o mais personalizados possível para uma das melhores experiências possíveis neste género de jogo!
Análise por Tiago Vasconcelos.
