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    TOP 3 Jogos de 2020 – Bruno Reis

    O ano de 2020 foi absolutamente caótico a vários níveis para a humanidade. Desde a própria pandemia que causou uma abismal número de mortes, até a uma crise económica mundial e preocupante. Perante este quadro negro, um setor cresceu acentuadamente. Como a humanidade teve de ficar confinada nas suas casas, uma crescente adoção pelo mercado de videojogos -especialmente digital- foi uma tendência que se verificou até aos seus últimos dias. Perante um ano qualitativo e quantitativo de lançamentos, tive a dura tarefa de escolher apenas três! Sem mais demoras vamos às minhas escolhas.

    Final Fantasy VII Remake

    Depois uma tech demo na PlayStation 3, de sonhar, e de anos e anos à espera de muito possivelmente, “o remake mais requisitado de sempre”, eis que no dia 10 de abril de 2020, Cloud Strife, e o resto da Avalanche regressam finalmente às nossas vidas através da PlayStation 4. A expetativa era enorme, pois estava na presença de um jogo que cimentou e erradicou grandes pilares da minha vida, e marcou alguns dos meus melhores enquanto gamer. O resultado é sublime, além de se adaptar a uma nova geração, o jogo evoluiu para um frenético e intenso modo de combate em tempo real, enquanto redefine e presta homenagem a vários momentos da sua vertente clássica, mesmo que estejamos ainda na presença de uma simples primeira parte. Final Fantasy VII Remake, por excelência “troça” das expetativas dos seus jogadores, demonstrando que o expetável, pode ser igualmente inesperado, e com base nesta premissa produziu na minha mais honesta opinião, momentos que se equiparam aos que vivemos em 1997 nas nossas saudosas PlayStation. A única mancha neste quadro perfeito encontra-se em algumas texturas, razão pela qual espero ansiosamente que este jogo rume também para outras plataformas este ano como os PC ou Xbox, pois além de finalmente desfrutar do jogo na sua qualidade gráfica máxima, mais utilizadores poderão desfrutar de um titulo majestosamente repleto de qualidade.

    Ghost of Tsushima

    Este foi um titulo que marcou imediatamente destaque assim que foi anunciado. Perante a sua qualidade gráfica muitos esperavam que não fosse produto da PlayStation 4, mas sim da sua sucessora. No entanto, a 17 de julho de 2020, este invade as nossas consolas atuais, e o resultado não poderia ser melhor. Ghost of Tsushima, prima pela sua imersão e liberdade. Não existe uma forma pré-definida de como os jogadores devem encarar este mundo feudal. A sua liberdade é extrema, pois não nos cinge a uma jogabilidade estabelecida, tanto podemos vestir a pele de um samurai destemido, como de um ninja que mata pela calada, e o jogo recompensa-nos quando misturamos elementos de um ou de outro. Também faz do seu minimalismo, o seu destaque, pois não existem huds, e este é dotado de uma jogabilidade quase milimétrica que se redefine sessão após sessão. A Sucker Punch, também conseguiu alcançar feitos inéditos, pois não só conquistou uma quantidade de cineastas pelo seu aspeto artístico que presta homenagem ao cinema de Akira Kurosawa, como também conseguiu o feito de conquistar um público japonês fora do seu terreno de origem. Por muito estranho que possa parecer Ghost of Tsushima, é um produto ocidental, que conseguiu levar de vencida a maioria de entregas desta natureza na sua terra natal. Este é sem sombra de dúvidas a melhor despedida que os fãs poderiam esperar da marca azul.

    13 Sentinels: Aegis Rim

    O mais que aguardado projeto da Vanillaware, infelizmente teve uma entrada bastante adormecida no mercado porque ficou inundado de titulos de maior orçamento e nome como Marvel’s Avengers, ou Super Mario 3D All Stars. Contudo, quem deu uma hipótese a esta autentica pérola certamente saberá que está na presença de um jogo rico em conteúdo e arte. Tal como os seus antecessores, 13 Sentinels: Aegis Rim, volta a enveredar por aquele estilo artístico desenhado à mão, bem característico, enquanto nos conta uma história surpreendente. O jogo apresenta-nos um elenco de personagens meticulosamente bem escritas e orquestradas que se interligam na história de uma forma simbiótica, e que recompensam os jogadores mais dedicados se estes decidirem a explorar o lore do mesmo. O modo de jogo, no entanto, é o fator mais dissuasivo, pois troca os ambientes de ação, por batalhas estratégicas, muito ao estilo de defesa de torres, enquanto pilotamos robôs gigantes e combatemos Kaijuus. Este é um titulo mais que recomendado, mas que infelizmente passou ao lado de muita gente, convido-vos hoje experienciarem o mesmo.

    Menção Honrosa: The Legend of Heroes Trails of Cold Steel III

    Não se enganem eu sei que estamos diante um jogo de 2019. Porém, The Legend of Heroes: Trails Of Cold Steel III,  recebeu lançamento a 23 de março para os PC, e foi na master race que pude desfrutar da fantástica continuação da história da Class VII. Esta série como um todo, possui um mais requintados world building, que alguma vez concebidos. Desde 2004, que todos os seus jogos estão interligados e partilham elementos narrativos. O resultado desta ambiciosa produção, é uma série expansiva que transborda de qualidade para quem decidir investir o seu tempo na mesma. Tal como os anteriores volta a apresentar-nos Rean Scharwzer, o Ashen Chevalier que desta vez emerge como tutor de uma nova Class VII. Mesmo diante de novas personagens, o jogo atinge um patamar superior se jogarmos os anteriores, pois alguns elementos narrativos ganharão um maior destaque, contudo como referi na análise este pode ser desfrutado mesmo se não viveram as anteriores aventuras da série. Quem levar a Class VII ao final do jogo, terá à sua espera um dos finais mais inesperados, que imediatamente transportou a sua quarta e derradeira parte para um dos jogos mais antecipados deste ano para PC.

    Análise: The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel III

    Felizmente o panorama depressivo e de negatividade não se instalou nesta indústria, esperemos que o mesmo se repita este ano e que o mundo também possa sorrir junto dos seus amigos e família enquanto desfruta de futuros titulos da 8.º arte em segurança.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Zagred
    Zagred
    7 , Janeiro , 2021 3:20

    Tem Ghost of tsushima já tem meu like.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Reply to  Zagred
    8 , Janeiro , 2021 2:27

    Era impossível não ter, indiscutivelmente um dos melhores de 2020.

    Zagred
    Zagred
    Reply to  Bruno Reis
    9 , Janeiro , 2021 3:19

    Realmente.

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