Inicialmente anunciado para 2023, mas agora previsto para 2024, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, anunciou na passada quarta-feira (8 de outubro), que a iniciativa cheque-livro vai entregar aos jovens portugueses que fazem 18 anos em 2024, 20 euros para gastarem numa livraria. Esta medida vai abranger 200 mil jovens e tem uma dotação de 4,4 milhões de euros.
Dada a atual situação política em Portugal falta saber agora se esta medida vai conseguir ser concretizada ou não. Tal como noticiámos anteriormente iniciativa cheque-livro pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e o Ministério da Cultura inicialmente previa a atribuição de “100 euros para a compra de livros nas livrarias de Portugal” a cada cidadão que more em Portugal e que faça 18 anos. Em 2023 o Governo tinha mudado a proposta para a comprar apenas de 1 livro, e surge agora para 2024 apenas com um valor de 20 euros.
O governo revelou que esta medida não foi implementada em 2023 devido a “questões práticas”, uma vez que tem de ser criada uma plataforma informática para a atribuição do cheque-livro através das livrarias garantindo que não exista dupla faturação e que quem recebe o cheque-livro é mesmo o jovem de 18 anos.
Este Cheque-Livro português fica assim muito aquém de outras iniciativas similares noutros países.
Já vimos este incentivo ao consumo de arte ter resultados bem positivos em França, nomeadamente no consumo de mangá onde 2/3 dos livros comprados com o incentivo do governo francês (300 euros) foram mangás. Na altura o Culture Pass foi uma das promessas de campanha do presidente Emmanuel Macron.
Os donos das livrarias francesas ficaram maravilhados com o aumento dos negócios, revelando que viram adolescentes a comprar dezenas de volumes mangá de uma vez.
Que pobreza de proposta.