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    O que estamos a ver – 27 de Março de 2022

    E vocês o que acompanharam?

    De uma forma resumida falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Attack on Titan: The Final Season 

    Como seria de esperar o episódio desta semana de Attack on Titan foi uma direta continuação de todos os eventos do anterior. Enquanto os Yeagerists continuam a lutar contra o nosso bando de heróis escolhidos pelo destino, eis que descobrem que para alcançarem Eren e o seu “Rumbling” necessitam de uma maior quantidade de tempo. Para lhes atribuir esse elemento, Falco revela a sua versão emplumada do Titan da Mandíbula, e outra nova aliança (bastante improvável) é formada antes de um inevitável sacrifício. Para muitos Falco foi a estrela deste episódio, mas na minha opinião o destaque foi a Annie. Como revelou que já não tem motivos para lutar após um chocante evento foi determinante para conduzir o enredo e colocar mais tensão e dúvidas no coração da Mikasa. é certo que a escolha não vai ser fácil para a jovem guerreira. Attack on Titan ensina-nos que enquanto existir humanidade existirá sempre um Inimigo. Pois ao longo da mesma existiram sempre confrontos, apenas o que mudaram foram as situações e motivações. Aliviando esta carga, repararam como o Estúdio Mappa de tempos a tempo tenta evitar usar o CGI, e nas fantásticas animações e efeitos rotoscopicos quando Falco defrontou o Eren Fanboy no telhado?

    Sabikui Bisco  

    Não, eu recuso-me a acreditar que a produção retrocedeu e voltou a colocar na história uma personagem que aparentemente teve o seu arco concluído. Detesto quando uma narrativa dá um passo em frente com valentia e em prol de um final feliz -mas pouco digno- retrocede e dá 30 para o lado com o caranguejo Actagawa. Toda a transformação artificial que assistimos do Milo, acabou por não fazer o mínimo de sentido, e o seu desenvolvimento ser completamente enxovalhado em prol de uma narrativa ao sabor esperado pelos fãs. Relativamente a elementos positivos deste episódio, constatámos que os “fillers” serviram para ligar os mundos e personagens que os nossos personagens interagiram, pois, assistimos aos grupos onde os nossos heróis passaram e tocaram.

    Ousama Ranking  

    Ousama Ranking desde cedo teve tudo para se equiparar a uma grande série e ocupar os postos mais altos no reino dos animes. O seu “design” inconvencional fez que muitos fizessem cara feia mal lhe puseram os olhos em cima, mas assim que a primeira dupla de episódios explodiu nos nossos ecrãs, não deixaram ninguém indiferente nem mesmo, os espetaculares mais reticentes. Este acontecimento foi a subir de intensidade semanas a fio, pois acontecimentos impactantes uns atrás dos outros surgiram e não só conquistaram a nossa atenção, como também nos colaram literalmente ao ecrã, enquanto o rei “aooooaaa” e a sua amiga sombra (que parece saída de um ‘videoclip’ do Gigi di Agostino) conquistavam provas e o reino continuava a receber eventos intrigantes em rápida sucessão por detrás das suas cortinas monárquicas. Contudo, o castelo desmoronou-se completamente na sua segunda parte. As intrigas deram lugar a lutas desinspiradas, acontecimentos foram colocados em prol das expetativas dos espetadores, o clima de mistério tomou caminhos muito levianos, e o foco passou para outras personagens com motivações escritas encima do joelho. Realmente é uma pena que (na minha opinião), a segunda parte tenha sido muito mais fraca que a primeira, não ao ponto de destronar o nosso corajoso rei, mas certamente que manchou a sua capa verde, especialmente nestes últimos blocos de episódios onde o “paimão” captura um Pokémon lendário, uma luta sem nexo de proporções titânicas tem lugar, e uma proposta casamento mais esfarrapada do que a que assistimos em Metal Gear Solid 4 surge do ar. Felizmente este último episódio fechou-nos com um sentimento quentinho este verdadeiro conto de fadas moderno.

    Orient 

    Orient foi essencialmente uma série de “deja vus” pelo menos neste fase introdutória. As suas personagens e situações foram introduzidas de uma forma muito corrente, e completamente assente em diversas “troupes” dos “Shounen”. A sua narrativa literalmente transportou-me ao início de Black Clover, isto porque os seguimentos foram literalmente os mesmos. Não é que seja um mau registo, aliás todos sabemos como a série do órfão louco por freiras começou e terminou. Mas nesta fase o seu desenvolvimento passou por maioritariamente por “checklists” dessa e de outras séries de sucesso impedindo que Orient caminhe pelos seus meios e nos mostre uma imagem própria.

    Hakozume 

    O segmento desta semana das “PSPzitas” foi uma direta continuação da anterior. As nossas agentes retratam a cena da violação na esquadra que assistimos no episódio que antecedeu a este. Mesmo num clima de galhofa e gargalhada fomos brindados com um acontecimento completamente inesperado e muito emotivo, valores que esta série que está a passar debaixo dos radares de velocidade de muita gente já nos habituou.

    Helder Archer

    Attack on Titan: The Final Season 

    Depois de uma luta entre camaradas, fica agora a espera pelo último episódio e ver que novidades trará com ele.

    Felipe Soares

    My Dress-Up Darling

    O último episódio de My Dress-Up Darling acabou sendo exatamente o que a Marin falou sobre a jornada ter um gosto amargo se ocorrer algo ruim no final. Neste episódio não temos consequências ao ocorrido no final do episódio anterior e isso acaba fazendo com que seu final acabe sendo extremamente morno.

    Este episódio acabou tendo mais acontecimentos de transição do que algo realmente grande para um final de temporada, foi legal ver Gojo e Marin sendo dois adolescentes normais, tendo conversas normais e indo em eventos normais. Isso acaba mostrando que eles são humanos antes de ser um cosmaker e uma cosplayer, algo que é legal para se mostrar, apesar de achar que isso poderia ocorrer no meio da temporada.

    A animação deste episódio esta muito bonita em diversos momentos, principalmente na cena do festival. Gosto que neste episódio seja utilizada animação por cima de fotos/vídeos reais, algo que creio ser difícil de ser trabalhado principalmente pela necessidade de ajustar a sombra dos personagens nos momentos certos.

    One Piece: Strong World

    Recentemente diversos filmes de One Piece entraram em alguns serviços de streaming no Brasil, decidi aproveitar para ver alguns dos meus longas favoritos da série, além de assistir os filmes que ainda não tinha assistido. O primeiro filme que assisti foi One Piece – Strong World, longa lançado nos cinemas japoneses originalmente em 2009, com direção de Munehisa Sakai e roteiros de Hirohiko Uesaka e do mangaka Eiichiro Oda.

    Strong World é meu filme favorito de One Piece, o principal motivo é que o longa consegue ser bastante divertido e contar uma história que preserva a personalidade dos personagens de uma forma incrível, algo que dificilmente ocorre em filmes anime com histórias originais de fora do conteúdo do mangá. Outro motivo que faz eu gostar bastante do longa é sua animação. A produção desse filme continua incrível mesmo após 10 anos de seu lançamento, gosto do visual dos personagens, da ambientação dos lugares e das cenas de luta.

    Pra mim o único ponto negativo do filme é o personagem. Apesar do Shiki ter uma gag que é até engraçadinha, o personagem Dr. Indigo possui uma gag que chega a ser um pouco irritante. Isso é uma questão mais pessoal, mas que talvez agrade outras pessoas.

    One Piece: Stampede

    Lançado em 2019 como parte das comemorações pelos 20 anos de One Piece, Stampede teve direção de Takashi Otsuka.

    Eu ainda não tinha assistido este longa da série e acabei sendo surpreendido. Mesmo não tendo gostado muito da primeira parte do longa, por causa da corrida de barcos narrada como se fosse uma corrida de Fórmula 1, a partir da segunda parte passei a me divertir bastante com a luta principal, as tramas envolvendo aqueles que queriam carregar o legado de Gol D. Roger a sua forma e as participações de personagens que fizeram parte de alguns dos principais momentos da obra.

    A animação é muito boa, apesar de ter muitas ressalvas com o CG do vilão. O visual dos personagens do bando do Chapéu de Palha é até legal a partir da segunda parte do longa, pois achei um pouco exagerado o visual de alguns deles no início do filme. Sem falar da edição, que faz questão de tentar mexer no emocional do público colocando diversas versões de músicas marcantes da série em momentos chave da história do longa.

    Halo

    Trailer da série live-action de Halo

    No ano de 2552, os humanos do planeta Madrigal lutaram pela independência da Terra, mas um encontro fatal com os alienígenas Covenant complicou as coisas. Master Chief John 117 e os super-soldados “Spartans” se juntam à luta. Após a batalha, Master Chief segue para seu planeta natal, Reach, com um sobrevivente de Madrigal e um objeto misterioso que ele descobriu no planeta. Mas uma ordem controversa faz John questionar sua missão e a si mesmo.

    Não conheço quase nada da popular franquia de jogo de FPS, além de que ela deu nome para a assistente virtual da Microsoft e de ter tido anteriormente algumas experiências com longa Halo 4: Forward Unto Dawn e com as músicas da trilha do jogo disponíveis no Spotify. Ainda assim gostei que neste primeiro episódio são colocadas de imediato todas as cartas dos plots que serão desenvolvidas no decorrer da série.

    Mesmo sendo alguém de fora da franquia, gostei que a série faz questão de trazer o lado dos jogos com momentos na visão em primeira pessoa de Master Chief, apresentar outros Spartans de “classes” diferentes e os super-soldados fazendo diversas trocas de armas no decorrer da batalha. Os Covenant estão muito bem produzidos e o CG deste primeiro episódio está muito bom. A trilha sonora é outro ponto positivo, com trechos da música tema principal dos jogos sendo tocado em momentos importantes. O único ponto fraco foram alguns movimentos dos Spartans parecerem extremamente artificiais em uns dois momentos de batalha.

    Os produtores da série fizeram questão de tomar uma decisão que é inédita até mesmo dentro da franquia de jogos da obra, achei isso bem corajoso e necessário para que o público pudesse se conectar com o seu protagonista.

    Ricardo M.

    Ousama Ranking

    Como era de esperar, Miranjo chegou ao coração dos seus “inimigos” e por nosso espanto, Daida pede a feiticeira em casamento e entrega o trono ao príncipe Bojji que no fim decide seguir o seu próprio caminho ao lado do seu fiel companheiro Kage. Apesar de estar consciente deste desfecho previsível, recebi de braços abertos a mensagem que Ousama Ranking quis transmitir. As diferenças de Bojji exploradas desde os acontecimentos iniciais, não se tornaram entrave para no fim receber o que sempre desejou a partir da sua força de vontade e persistência conseguindo conquistar o respeito e amor dos outros. Uma narrativa que sensibiliza a aceitar o próximo com igualdade e não com preconceito.

    Triangle Strategy

    A obra da Square Enix e da Artdink excedeu as expectativas que fui criando até ao seu lançamento. É sempre bom voltar a pisar o terreno de um RPG tático influenciado nos clássicos da velha guarda. Fiquei rapidamente envolvido na abordagem estrátegica que temos de seguir quanto a narrativa e ao seu combate. Podem ler análise abaixo.

    Triangle Strategy – Análise

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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