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    O que estamos a ver – 5 de Junho de 2022

    De uma forma resumida falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Kyoukai Senki (21)

    Após um incidente contra um dos órgãos governamentais, o grupo de Amou, fica retido num hotel sendo rotulado como culpado no mesmo. Diante dos olhos de Brad Watt, o misterioso German Gobert, ação mecha, e vários momentos políticos, tivemos um dos melhores episódios produzidos até ao momento. Por fim o ansioso momento que estava fervilhar durante semanas emergiu. Foi gratificante assistir novamente a um episódio muito próximo dos que tivemos na sua temporada passada. Grandes doses de política, conspirações nos bastidores, negociações repletas de tensão, e ação mecha pura e dura foram os grandes destaques deste episódio. Não percebo porque a produção tentou desde o início desta temporada evadir-se dos seus melhores valores e imprimir juvenilidade à força numa tentativa de humanizar as suas personagens, além de não fazer sentido foi extremamente contraproducente. Quanto mais não vale continuar a apostar numa série onde as táticas mecha sao destaque, tensão política, e uma ação mecha que tanto pode colocar um AMAIM com um escudo gigante a disparar um minigun sem parar, a abandonar as suas armas, e equipar-se com um par de pistolas e destruir outras unidades, Devil May Cry Style.

    Ascendance of a Bookworm -Temporada 3- (08)

    A intriga também inundou o mundo colorido da nossa bibliotecária de palmo e meio favorita. Assim que Delia recebe a notícia que o bebé Dirk vai ser adotado por um nobre, que todos os poderes e entidades se juntam para adquirir as quantidades absurdas de mana da criança amaldiçoada. Muito hesitante e irritada de início, Delia, cede aos caprichos do sumo sacerdote, e para garantir a segurança da criança, Myne dispensa os seus serviços, indicando-lhe que já não será sua serva, para o conseguir acompanhar. Entre um sem fim de intrigas e mãos sedentas por adquirir a contaminação do Dirk, Myne descobre como separar cores, inventa um brinquedo para o seu irmão, e a fronteira é invadida por desconhecidos que a raptam e a sua irmã, Turi. Mais episódio que continua a desenvolver muita intriga entre linhas e demonstra que no meio de centenas de “Isekais” a pequena Myne tornou-se não só numa das melhores réguas de medição como num autêntico manual a seguir. Intriga, conceitos inseridos na narrativa sem fatigar, não existirem níveis, mas sim existirem desafios, inquietação e tratar um “Isekai” de uma extremamente forma minimalista, são os maiores valores de uma das melhores -senão a melhor- obras do seu género na mina opinião. Este é mesmo um conto que devia ser seguido por mais gente.

    Dragon Quest baby

    Rising of the Shield Hero: Season 2 (08)

    Após a abrupta despedida de Raphtalia, e do seu grupo, Naofumi tenta encontrar meios para a unir. Enquanto o faz, e descobre uma forma animal da sua amiga, cruza-se com Filo, outra das suas servas que foi capturada por um escrupuloso vendedor, que a obriga a atuar perante uma plateia, dado que foi associada a um anjo. Felizmente Naofumi e as suas companheiras chegam a tempo de permitir o resgate. Mais um episódio com alguma exposição do mundo e conceitos que partilhou também alguns momentos de fofura e ação.  Agora que penso como Naofumi, e o seu grupo foram transportados para outro mundo, não será este um duplo “Isekai”?

    Dragon Quest: The Adventure of Dai (80)

    Se o episódio da semana passada remeteu aos Cavaleiros do Zodíaco, o desta semana foi uma clara alusão a um dos melhores momentos de Dragon Ball Z, o combate do Gohan Super Saiyan 2 contra os Mini Cell, um efeito que faz imenso sentido, visto que este capitulo encheu as páginas da Shounen Jump, mais ou menos no mesmo período. Tal como o primogénito da família Son, Hyunckel, destrói com facilidade, e poucas palavras um exército de guerreiros poderosos um após o outro em rápida sucessão. À semelhança de Cell, King, também entra em pânico quando descobre que todas as suas artimanhas não produzem efeito. Tudo estaria bem neste episódio não fosse o facto dos autores originais colocassem personagens mortas e com arcos finalizados na ação como bens lhes apeteceu, em prol de desenvolver personagens, que sinto serem degradadas diante deste efeito.

    SPY x FAMILY (09)

    Após uma tentativa falhada da Yor demonstrar o seu amor ao seu marido, que a situação a consome. SPY x FAMILY embora seja uma série que aos poucos tece uma narrativa, os seus episodios são conclusivos, este episodio constatou esse facto. Em cada temos uma problemática que brota das suas personagens principais, e no final as suas inquiteações são geralmente respondidas, aceites, ou resolvidas. Mais uma vez o humor foi gerado pela esponteneidade das suas personagens, sendo que a falta de senso comum é atirada pela janela em prol da comédia, e o já referido pelos nossos leitores de “assistir e sentirmo-nos bem”. Outro fator bem interessante é a proximadade que o casal sem se aperceber vai adquirindo. Yor sente que deve ser uma mulher que deve aprender a cozinhar e demonstrar o amor ao seu marido, e Loid sentiu sentimentos conflituosos com a sua missão quando o irmão de Yor a abraçou, ou porque se preocupa tanto com esta se o seu casamento é uma fachada. É mais que certo que estes registos vão alcançar novos patamares algora também com o irmão de Yor na equação, e com Loid a retirar uma página do caderninho da sua filha, porque tal como esta sabe que este faz parte a Polícia Secreta. Esperamos que esta figura não desenvolva um amor doentio pela sua irmã, e que o casar fosse apenas uma fase juvenil.

    ULTRA COMBO K.O!

    Felipe Soares

    Spy x Family (08 e 09)

    O oitavo episódio da adaptação para série anime de Tatsuya Endo se desenrola em torno de Loid e Yor tendo que parecer um casal para Yuri (o irmão de Yor), já o episódio nove mostra as consequências do falso casal após a visita do jovem soldado da Polícia Secreta.

    Eu assisti estes dois episódios apenas nesta semana e isso se mostrou uma escolha muito acertada. Primeiro que não passei pela ansiedade do gancho que existe no episódio oito e não tomei spoiler do que aconteceu neste meio tempo, segundo que achei que estes dois episódios funcionam muito melhor se assistidos em sequência. Vou começar falando que gosto de todo o contexto envolvendo a Polícia Secreta, novamente a história da obra se relaciona com o mundo atual ao falar de organizações que existiam no período da Guerra Fria e que possuem uma fachada de mocinhos mas que atuavam violentamente contra pessoas ou outras organizações.

    A cena de interrogatório em que Yuri participa é bastante violenta e consegue ser bem destoante do clima alegre que a série possui na maior parte do tempo. Essa mudança de clima foi bem inesperada e mostrou que a série pode caminhar para um lado mais dramático a qualquer momento. Por outro lado, achei algo completamente bizarro a fixação que Yuri possui pela Yor. Se as motivações dele fossem apenas em prol da segurança dela eu acharia as atitudes dele com algum sentido, mas a partir do momento que as falas do personagem foram para um lado dele nutrir sentimentos amorosos para sua irmã eu achei que a série foi para uma linha tênue bem estreita.

    Toda a sequência do jantar foi bastante engraçada, mas as consequências dela foram muito bem exploradas no episódio nove. Abordar um plot envolvendo Loid desconfiando de Yor e a mesma desconfiando de sua capacidade como esposa foi bastante interessante e achei que isso foi muito bem desenvolvido neste episódio. Agora estou interessado em como a série vai desenvolver sua história central agora que as principais peças do jogo foram mostradas.

    Obi-Wan Kenobi (01 a 03)

    A nova mini-série original do universo Star Wars estreou no dia 27 de maio no Disney+ e mostra o personagem Obi-Wan Kenobi em uma aventura 10 anos após o fim da República Galáctica e a ascensão do Império.

    Diferente da história sobre o jovem Han Solo, uma história envolvendo Obi-Wan Kenobi entre os filmes Revenge of the Sith e A New Hope foi algo sempre pedido pelos fãs da franquia. O personagem até chegou a ganhar um livro se passando neste período no antigo universo expandido da franquia, mas finalmente chegou o momento do pedido dos fãs da franquia verem o retorno de Ewan McGregor interpretando o personagem em live-action.

    Gosto que a série até o momento colocou Obi-Wan para participar de uma aventura que fecha algumas lacunas que existiam anteriormente nos acontecimentos de A New Hope. Talvez o ponto principal na série será explorar o lado quebrado de Obi-Wan após os acontecimentos de Revenge of the Sith e como ele vai se reencontrar para se tornar o mestre que ira ajudar futuramente Luke Skywalker no início de sua jornada.

    Nos seus dois primeiros episódios a série acaba tendo alguns momentos fracos envolvendo uma pequena personagem, isso se deve pelas cenas de perseguição envolvendo esta personagens serem extremamente fracas. Existe também um outro temor que eu tenho, esta série não possui envolvimento de Dave Filoni e Jon Favreau, que são os responsáveis por estruturarem a linha guia do atual universo da franquia fora dos filmes, e o período em que se passa a série possui diversos elementos que podem divergir de coisas que ocorreriam apenas futuramente na linha cronológica da franquia.

    Star Trek: Strange New Worlds (04 e 05)

    O episódio quatro mostrou a tripulação da USS Enterprise sofrendo uma intensa perseguição contra um inimigo desconhecido. Já o episódio cinco mostrou Spock envolvido em uma situação inusitada e a personagens La’an Noonien-Singh e Una Chin-Riley descobrindo um outro lado da tribulação.

    Acho muito interessante como esta série de Star Trek consegue se passar no futuro mas mantendo uma temática que se conecta muito com o presente atual. O episódio quatro é um clássico episódio militar, totalmente voltado em mostrar a tripulação da Enterprise passando por uma situação que remete a um combate entre submarinos, afinal muitas das naves da franquia são homenagens a navios militares famosos. Gosto que a solução para o conflito do episódio não é nada milagrosa ou espetaculosa, além de demonstrar que sobreviver é uma vitória maior do que se sacrificar e vencer um inimigo em combate. Ao mesmo tempo este episódio desenvolveu um pouco mais do passado da personagem La’an e o evento traumático que ela sofreu em sua infância.

    O episódio cinco é, até o momento, o episódio mais emocional da série. Porém, achei muito legal que foi utilizada da comédia para contar sua história. É bastante interessante que a situação que Spock passa serve para mostrar mais sobre seus sentimentos em relação ao seu lado meio-humano, essa situação também serve para debater sobre a relação de um casal em que cada um possui uma visão sobre determinado assunto. Por outro lado, este episódio também toca no assunto de jovens realizando desafios de uma forma bastante divertida. A questão sobre a periculosidade de realizar este tipo de desafio não é tocada abertamente (o que considero ser um erro pequeno), mas esse plot acabou servindo muito bem para desenvolver um lado mais divertido das personagens La’an e Una (que na maior parte dos episódios as duas são mais centradas e sérias).

    Helder Archer

    Spy x Family

    Loid e Yor a tentar ser um casal e episódio a terminar com suspense.

    The Rising of the Shield Heros 2

    Tivemos praticamente um reset da regras, já descobrimos onde anda Filo e a preocupação é agora Raphtalia.

    Summer Time Rendering

    Finalmente tive tempo para pegar na série e não fiquei desiludido é a típica história que estava à espera, com mistério e que faz o espetador estar atento aos pormenores. Espero que para o final a série anime não se perda na sua complexidade.

    Stranger Things 4

    Agradavelmente surpreendido, gostei desta primeira parte a puxar um bocado mais ao terror.

    Ricardo M.

    Stranger Things 4 – Volume 1

    A continuação da série Stranger Things mostra que a escolha acertada de atores e de uma excelente direcção pode construir um universo rico e apelativa de se contemplar mesmo depois quatro temporadas. Temos acompanhado desde inicio o crescimento dos personagens e do seu envolvimento com o desenrolar da trama. A meu entender, tanto a segunda como esta nova temporada serviram para nos inserir no contexto narrativo da série. A segunda temporada deu resposta aos acontecimentos que se sucederam na primeira, enquanto que a quarta serviu para concluir o ciclo, dando-nos a entender como tudo se originou. Durante os capítulos conseguimos diferenciar três núcleos que nos ajudam a entender as várias facetas da história, embora que todas apontem para a mesma finalidade, que possivelmente irá levar os protagonistas a enfrentar o mesmo inimigo nos episódios do volume 2. Isto acaba por se manifestar numa estrutura muito completa, onde nenhum dos personagens foi deixado para trás assim como nenhum ponto fucral do drama. Não posso deixar de mencionar as evidentes referências de alguns dos grandes clássicos de terror da década de 80, nomeadamente a atmosfera relacionada com as aparições de Vecna, o antagonista, que transcreve ao surrealismo que conhecemos da atmosfera de Wes Craven em O Pesadelo em Elm Street, acentuando desta forma o retorno ao terror sentido na primeira temporada. Derivado ao sucesso das temporadas anteriores, é notável o investimento por parte da produção a vários níveis assim como na sua duração sendo uma das séries mais extensas na Netflix. Se esta se consagrar realmente como a temporada final, poderemos concluir que esta série conseguiu manter sempre desde início uma qualidade que nos cativou a segui-la até ao seu final e tenho a certeza que no futuro se irá revelar numa série de culto.

    Obi-Wan Kenobi (01 e 02)

    Obi-Wan kenobi é mais uma estreia original do universo Star Wars pelas mãos da Disney+ que se pode identificar como um prólogo do IV capítulo – A New Hope. Nos dois primeiros episódios torna-se evidente o propósito do jedi Obi-Wan que nesta demanda é interpretado por Ewan Mcgregor o ator dos três primeiros capítulos e ainda poderemos encontrar também algum do elenco que fez parte destes filmes. Uma boa surpresa é a jovem atriz ( Vivien Lyra Blair) que interpreta a Leia na sua infância, convencendo-nos muito facilmente com a sua personalidade astuta e aventureira típica do que nos conhecemos de uma Leia adulta. Podemos afirmar que tanto esta mini-série do Obi Wan Kenobi tal qual como, The Mandalorian e O livro do Boba fett, acabam por abordar o conteúdo necessário para completar a história retratada nas longas metragens. No caso de Obi-Wan, esta série introduz a importância do percurso que o personagem desenvolve na construção da narrativa na sua integra. Ao ver apenas os primeiros episódios, senti que conseguiram implementar uma essência mais dramática, atribuindo mais seriedade a ambos os lados da força, tornando assim mais credível temas como a inquisição, a aniquilação dos jedi, a repressão do povo, a sede de apoderação da galáxia, entre outros. Em termos gráficos, a qualidade continua a deslumbrar como habitualmente mas porém, é um pouco difícil ter a mesma opinião no que diz respeito à banda sonora por simplesmente não a relacionar de modo algum com o universo Star Wars.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Noᥙzᥱᥒ ΨυκιησD
    Noᥙzᥱᥒ Ψυκιησ
    6 , Junho , 2022 3:18

    Tão achando esse novo arco de Tate no Yuusha melhor q a merda do primeiro? Sério, tô até aliviado enquanto acompanho esse novo arco.

    Eita irmãzinho chato da Yor, hein. Ainda bem q a ela deu um tapão de grande resPeito nele pra calar logo a boca.

    Não acompanho coisa de Star Wars, mas fiquei sabendo de uma cena ridícula de perseguição. Fui ver no YouTube e mano… Realmente tava ridículo 🤣

    Summer Time tá muito legal e tbm espero q continue no caminho certo do bom entretenimento

    Last edited 1 ano atrás by Noᥙzᥱᥒ Ψυκιησ
    Samuel Silva
    Samuel Silva
    6 , Junho , 2022 11:46

    É verdade, o Shield Hero ainda se torna um isekai matrioska! Também estou a gostar muito de summer time rendering, até agora não falhou com o que prometeu! A mistura da componente de mistério, sobrenatural e algum gore levezinho resulta bem, para já!

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