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    Análise — Dark Souls 3: The Ringed City

     

    Disclaimer: Essa análise foi realizada através de uma cópia adquirida pela equipe da OtakuPT e jogada através do Playstation 4.

     

    Dark Souls III em seu lançamento havia desagradado algumas pessoas em um quesito onde a grande quantidade de fãs da série haviam elogiado em seus futuros conteúdos adicionais sobre a expansão de novas áreas e o quão conectado essas áreas conseguem ser umas com as outras através de uma excelente execução de Level Design, porém poucas as pessoas – incluindo os grandes fãs da série de longa data, esse que vos escreve incluso, se acostumaram com o fato da From Software estar disposta a nos entregar um Level Design que irá nos interligar através de áreas diferentes porém em um mesmo mapa, diferente dos anteriores onde conseguiríamos acessar mapas diferentes em determinados pontos de um mesmo mapa compartilhado. Após um curto período de tempo resultado de uma série de pesquisas e uma busca por adaptação, consegui entender qual estaria sendo o grande teste que a From Software possivelmente estaria indo atrás de nos entregar através dessa experiência já dita como “O Climax da Série Souls”. Áreas vastas e abertas, opções diferentes de caminhos secundários, um Level Design centrado emum mapa único com bifurcações de opções e surpresas em relação a Lore, histórias únicas e centradas em mapas que, para nossa surpresa, estão sim interligadas mas dentro de suas histórias que veio com a premissa de encerrar a série Souls. E como um fã da série, eu estou muito satisfeito de ter sentido essa experiência tão bem desenvolvida onde o seu nome carrega um significado muito importante como um jogador de videogames para mim.

     

     

    No exato dia 28 de Março do ano de 2017, foi lançada a última expansão de Dark Souls III sendo nomeada de: “The Ringed City”, tradução livre para “A Cidade Anelada”. Sua premissa, como muitos desconfiavam, era encerrar todas as pontas que a série nos deixou, amarrando suas histórias e realizando um ponto final em tudo que acreditávamos não ter sido respondido anteriormente por Hidetaka Miyazaki e a sua equipe ao longo do desenvolvimento desses três jogos. Mas infelizmente, alguns jogadores podem acabar se decepcionando por acreditarem que o DLC deveria vir com essa proposta. Mas, por outro lado, ela expande ainda mais uma história construída ao longo da primeira DLC e cada vez mais dando um contexto maior para histórias iniciadas em Dark Souls 2 e principalmente Dark Souls 3. Mas talvez não devêssemos nos focar tanto assim na história, afinal, não é disso que Dark Souls vem se sustentando ao longo dos anos e sim as suas mecânicas e os desafios impostos pela equipe de Game Designers.

     

    Dark Souls 3: The Ringed City nos introduz mapas vastos e abertos onde, dentro da filosofia de Design construída pelo terceiro jogo, nos abre bifurcações e inúmeras opções de exploração através de seus mapas. Itens novos espalhados pelo cenário nos ajuda a contar novas histórias e dar contexto maior e ligações profundas dentro de outras, aparição de novos NPCs contribuem para essa proposta e, principalmente, para nos fazer se sentir dentro de uma ambientação opressora sobre a construção de um cenário apocalíptico ainda mais sombrio que os três primeiros jogos fizeram, pois dessa vez, estamos testemunhando o grande “climax” da Era do Fogo e o seu término. Inimigos novos estão presentes e cada um proporcionando um tipo diferente de desafio, executando os conhecidos “Fanservices” de uma maneira que pareça natural e não somente uma repetição exagerada e muito transposta de mecânicas e level design construída pelos jogos anteriores.

     

     

    Ao longo da nossa aventura, conhecemos inimigos que indiretamente irá nos conectar com o que está ocorrendo dentro desses mapas e nos ajudando, mesmo que de forma lenta e subjetiva, a compreender qual exatamente será o nosso papel através dessa aventura. Inclusive, através dos próprios desafios, como encontrar um equipamento completo de um tipo de cavaleiro mandado ao reino e após alguns passos nos depararmos com inúmeros desses soldados invocados por um ser gigante. Qual a conexão entre eles? Por que estamos testemunhando isso? Não tenha pressa, pois dessa vez, tudo é dito. Mas claro, mantendo a subjetividade que é costumeira da série Souls.

     

    Enfrentamos diversos inimigos ao longo da série e através de formas exacerbadas ou com elementos que ajudam a esconder esses elementos de fanservice, mascarando suas existências na intenção de parecer algo novo, nós presenciamos inúmeras referências a série presente nesse DLC, onde diversas dele possuem uma cara nova mas que nos remetem diretamente aos elementos mecânicos e também de level design que contribuíram para transformar nossas experiências ao longo da série em algo único e memorável. Por que nós sentimos uma grande aflição enquanto um monstro voador está prestes a nos atacar? O DLC demonstra isso de uma forma diferente, que a série sempre tentou e ainda sim, dando uma filtragem diferente, inserida em uma construção de cenário e ambiente diferente. Além das informações e adições da nossa aventura através do PVE tenha surpreendido e chegado para contribuir ainda mais com a nossa experiência, as DLCs nos trouxeram o modo Arena onde podemos batalhar contra nossos amigos e outros jogadores, The Ringed City nos trouxe novas possibilidades de mapas para podermos batalhar e nos divertir ainda mais em nossos combates. Não vá perder a atenção durante a batalha observando um cenário só por ele ser muito bonito, entendeu? Lute!

     

     

    Infelizmente existem alguns problemas que podem sujeitar na interferência da nossa experiência. Não me deparei com erros suficientes para impedir o jogador de continuar se aventurando, porém em eventuais momentos enquanto estamos caminhando em determinados pontos do mapa, nos deparamos com o som de morte dos inimigos, mesmo que ao nosso redor, não tenhamos. Pela primeira vez na série e depois de muito tempo, as caixas de colisão e dano estão justas, não iremos nos deparar com ataques que não foram capazes de nos acertas de maneira justa mas as suas caixas de colisão irão nos atingir por terem sido mal executadas. Pois, dessa vez, elas agem de acordo e de maneira justa. Porém, você irá se deparar com casos não frequentes de inimigos desaparecendo na sua frente e até mesmo, perdas de itens após enfrentar alguns inimigos por terem caído de um abismo ou um lugar muito alto.

     

    Apesar desses pequenos problemas que, na minha sincera opinião como critico, não é o suficiente para impedir você como jogador de prosseguir na sua jornada, nós temos a presença de novos chefes e em grande número com diferentes possibilidades – trazendo até mesmo uma grande referência que acreditávamos que iria por ficar em Demon’s Souls e Dark Souls 2. Os novos chefes são desafiadores e não me deparei com ataques injustos que os jogadores não podem escapar e os inimigos obrigatoriamente irão se sobressair, com exceção única do primeiro chefe onde uma de suas possibilidades, existe um ataque muito específico mas que infelizmente ele o executa com certa frequência, onde a possibilidade de esquiva é quase nula e seus danos são elevados, quebrando um pouco a diversidade de combate que a série sempre nos proporcionou em seus chefes. Mas dito isso, chefes desafiadores com designs muito bonitos e, como não podia deixar de faltar, informações que nos ajudaram a construir e enriquecer ainda mais esse mundo que Hidetaka Miyazaki nos construiu ao longo da série.

     

     

    Um espaço dedicado a trilha sonora era o que eu mais gostaria de realizar após ter finalizado a DLC, porque a equipe da From Software demonstrou um grande apreço e carinho em seu desenvolvido. Músicas e trilhas instrumentais que conversam diretamente com as situações que estamos nos colocando, em especial, a trilha sonora dedicada a última batalha de chefe da expansão, onde um sentimento de desespero e ao mesmo tempo tristeza e determinação são construídos dentro de nós durante o nosso combate. Ao mesmo tempo que temos uma transformação visual do cenário e do nosso inimigo, conseguimos sentir uma transformação ocorrendo dentro de nós pela trilha sonora conversar diretamente com o momento que nos deparamos.

     

    E, talvez trazendo esse elemento das trilhas instrumentais de Bloodborne, presenciamos casos onde a trilha sonora irá eventualmente mudar, suas cordas subirão e a ambientação construída para aquele momento irá se diferenciar dos minutos anteriores de combate. Se já acreditávamos que nossos sentimentos em relação a batalha estavam agitados, inseguros e defensivos, agora sentiremos um pavor elevado e uma construção de medo intensa enquanto batalhamos contra chefes opressivos visualmente e com ataques e gritos que ajudam na caracterização de cada um deles, tornando-os únicos e memoráveis onde serão batalhas e momentos marcantes que carregaremos conosco pelo resto de nossas vidas como um dos melhores momentos já construídos na série Souls.

     

     

    Dark Souls III: The Ringed City é uma experiência memorável para os fãs da série e com certeza uma experiência única para aqueles que adentraram a mesma em seu terceiro e último jogo da série, até então. Batalhas e combates desafiadores, level design bem executado que nos ajudará a construir e elevar cada vez mais a ambientação opressora de um fim do mundo, personagens interessantes, uma Lore bem construída e subjetiva que deixará os fãs mais afeiçoados pela série com um gostinho gostoso na boca e uma vontade ainda mais sedenta de querer investigar sobre essa Lore. Apesar das pequenas situações de queda, sua expansão acerta em tudo que os fãs mais reclamaram ao longo dos anos e desenvolve tudo isso nos entregando o que é, sem sombra de dúvidas, uma despedida satisfatória da série para nós.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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    Gabriel Edogawa
    Gabriel Edogawa
    13 , Julho , 2019 4:25

    Ainda não joguei a , mas realmente parece estar muito boa, é vai ser a última experiência com Dark Souls, uma franquia que amo do coração me lembrando diversos momentos em que eu queria quebrar a merda do videogame de tanta raiva que eu passo jogando aql merda difícil pra caramba!!!
    É o um fim para uma franquia tão incrível mas ao mesmo não é, pois tem diversos jogos nesses estilo, teve recentemente o Nioh que eu gostei muito, teve o Bloodborne que pra mim é o melhor dá saga “Souls”, Lords of the Fallen parecia interessante mas n acho que valia a pena gastar uma grana preta pra jogar ele, vai ter ainda o The Surge que vai ser tipo um Dark Souls futurista, parece interessante, se for bem avaliado e falado por muitos talvez eu pegue, Demon Souls também é incrível queria bastante uma continuação

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