Uma juíza federal bloqueou a compra da editora Simon & Schuster pela Penguin Random House, em acordo com o Departamento de Justiça.
A juíza Florence Pan escreveu que as empresas foram “intimadas e impedidas de consumar a fusão proposta ou de efetuar uma combinação da Penguin Random House, LLC e Simon & Schuster, Inc”.
Um porta-voz da Penguin Random House disse em comunicado que “discorda totalmente” da decisão e que solicitará um recurso rápido.
Já a Writers Guild of America apelidou a a decisão de Pan de uma “tremenda vitória para os autores de hoje que, como argumentistas e guionistas de televisão, tentam ganhar a vida a vender o seu trabalho para um punhado de conglomerados poderosos”.
Tal como tínhamos noticiado no final de 2021, o Departamento de Justiça dos EUA tinha entrado com uma ação em tribunal para bloquear a compra da editora Simon & Schuster pela Penguin Random House devido a questões antitruste.
O Departamento de Justiça afirmava que, se o negócio for aprovado, a Penguin Random House “deterá um controlo sem precedentes e uma influência descomunal sobre quais livros são publicados nos EUA e quanto os autores recebem”.
Já a Simon & Schuster e a Penguin Random House argumentavam que o acordo melhoraria a eficiência e tornaria os títulos mais disponíveis para varejistas e consumidores.
A American Booksellers Association (ABA) pediu ao Departamento de Justiça em dezembro de 2020 para contestar a compra devido a implicações antitruste, expressando preocupações de que a compra levaria a uma grande consolidação de poder na indústria editorial de livros nos EUA, o que poderia tornar mais difícil para autores e editores atrair o apoio de que precisam para escrever livros.
A ViacomCBS queria vender a Simon & Schuster à Penguin Random House por 2.175 bilhões de dólares.