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    O que estamos a ver – 16 de Julho de 2023

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Zom100 Bucket List of the Dead (01)

    Zom100 Bucket List of the Dead, é um daqueles animes que me fez despertar um mar de emoções logo no primeiro episódio. A série apresenta Akira, um jovem entusiasmado com o seu novo emprego num gabinete de publicidade e marketing. Contudo, o que começa como um sonho depressa se torna num pesadelo porque a agência não permite que os seus empregados descansem, desfrutem das suas folgas ou tirem férias. Como se não fosse bastante, a rapariga que Akira se apaixonou é sexualmente molestada pelo seu patrão, e devido a todos estes acontecimento Akira gradualmente começa a entrar um estado extremo de depressão, mesmo ao ponto de entrar em pânico quando vai trabalhar. Akira deseja a liberdade e essa chega na forma de um apocalipse zombie que inexplicavelmente se abate sobre a sua cidade. A partir desse momento Akira apenas deseja viver livre para realizar os seus 100 desejos antes de morrer mesmo que seja no seio de um apocalipse zombie. Zom100 Bucket List of the Dead, pode muito bem ser considerada uma crítica social devido ao extremismo como evoca o “crunch”. Penso que todos de uma forma ou de outra sentiram o pânico de Akira, não só no trabalho como na escola, relações ou até em pequeno eventos na sociedade no geral, por muitas voltas que o mundo dê o nosso maior desejo é sermos livres, acredito que essa é a verdadeira essência da felicidade de um ser humano. A sociedade gasta-nos, cria fatiga e até conduz a situações extremas como o suicídio. Sinto que os animes de uma forma ou de outras estão a tentar alertar-nos sobre a esta e dos seus efeitos em nós. Talvez seja um paradoxo comparar ambos mas julgo que neste quesito Zom100 Bucket List of the Dead e Oushi no Ko são duas com paralelos. Ambas relatam a sociedade atual e como cada vez mais o ser humano é alvo de desejos e expectativas da mesma. Ao passo que Zom100 Bucket List of the Dead pinta as suas paredes de negro com um “crunch” excessivo e relacionável, Oshi no Ko relatou as expetativas e desejos dos fãs pelos artistas e como estes ficam condicionados de viverem uma vida normal. Artisticamente Zom100 Bucket List of the Dead também foi muito interessante a arte e animaçao foram extremamente cuidadas, realmente tingir os zombies de tinta à lá Splatoon foi um efeito também que atou como um elemento hiperbólico muito interessante.

    Mushoku Tensei II (02)

    O tecnicamente primeiro episódio da segunda temporada de Mushoku Tensei apresenta um Rudeus estagnado que ficou amargurado pelo abandono da Deusa da Bravura das suas histórias. Felizmente descobre que mesmo num mundo onde tudo parece que se perdeu, ainda resistem pessoas e momentos importantes o suficiente para continuar a viver. Retiro o que disse da semana passada a série continua a ter uma animaçao e arte fora de série dentro e fora do seu espectro. As cenas de ação ainda são polvilhadas com uma ação detalhes surpreendentes.

    Lv1 Maou to One Room Yuusha (02)

    Max e o Maou continuam a sua vida “conjugal” num pequeno T0 nos arredores de Tóquio. Para conquistar o mundo dos humanos Maou toma a forma de uma jovem rapariga (que se parece uma imenso com a Lum de Urusei Yatsura) e percorre a cidade para descobrir como a humanidade vive após a sua derrota. A mesma parece que esqueceu os feitos heroicos de Max, só apenas um antigo fã revela lembrar-se a agradecer ao antigo herói. Zenia a secretária do Maou também decide descer à terra por estar muito preocupada com o seu amo. Contudo, um episódio com uma pequeníssima quantidade de álcool une o trio e Zenia decide viver junto do seu mestre. A série parece tomar as vias de tantas outras tais como Jashin-chan no Dropkick ou Jahy-sama Won’t Be Discouraged! porque também julgo que gradualmente o seu foco seja a humanização de demónios, contudo, a grande diferença é que aqui todos partilham os mesmos valores de pacifismo.

    Já conheciam a Rum?

    Masamune-kun no Revenge R (02)

    Este episódio de Masamune-kun no Revenge R foi incrivelmente tenso, realmente não estava à espera. A princesa sarcástica revelasse um passado muito diferente do que conhecemos, aliás até descobrimos que a causa porque come tanto foi devido a um trauma que desenvolveu na sua infância em que um amor que a abandonou, esse amor era o homem que secretamente a quer fazer sofrer de novo.

    Rurouni Kenshin (2023) (02)

    Enquanto caminhava pelas ruas de Tóquio na companhia de Kaoru, Kenshin encontra um menino chamado Yahiko que tenta roubar o pouco dinheiro ainda que lhe resta. Contudo, Yahiko não é um ladrão vulgar, este age apenas desta forma para para sobreviver a um grupo de Yakuza, na realidade o rapaz até tem bom coração e a alma nobre de um samurai. Depois deste incidente Kenshin acaba por literalmente se esbarrar noutro ao dar de caras com um grupo de polícias corruptos comandados por um ex-samurai que ainda mantém uma grande sede de sangue. Este encontro rapidamente se espalha pela cidade e por um antigo general que deseja que Kenshin se torne num dos comandante do exército do governo. Penso que este episódio alterou e adaptou o segundo e terceiro episódios da série clássica de 1996. Não me recordo ao certo se o episódio de Yahiko apresentou um dos policias do governo e futuros aliados de Kenshin, tenho a leve impressão que foram em separado, mas como o número de episódios promete não ser muito longo penso esta será a melhor via. Tecnicamente este episódio também teve a apresentação limpa do anterior, curiosamente trocou alguns dos momentos de noite pelos de dia, no anterior foi ao inverso. Gostei de como foram revelados os imperialistas e como o Batousai foi mais do que um assassino sanguinário, aliás a polícia revelou que sem a ajuda deste o governo não podia viver na pacífica era de Meiji, um efeito que vimos mais tarde na série clássica mas que nesta modernização já serviu para humanizar a personagem principal e porque se tornou num samurai errante. Por vezes sinto falta do aspeto visual da anterior e de cores menos saturadas, penso que este efeito também é sentido por alguns dos nossos leitores. Quanto à nova banda sonora não chega sequer à unha dos pés da anterior, mas isso já todos sabíamos, pois estamos a falar de uma das melhores alguma vez criadas para um anime.

    Jujutsu Kaisen -Segunda Temporada- (02)

    O segundo episódio da segunda temporada de Jujutsu Kaisen foi essencialmente dedicado para demonstrar as habilidades das suas personagens e o incrível talento do estúdio Mappa. Uma das causas porque prefiro animação (anime ou ocidental) a um filme ou série live-action é por ser uma arte audiovisual extremamente moldável onde é possível criar ou demonstrar efeitos ou situações que ainda existem no imaginário dos cineastas e não podem ser replicadas em atores de carne e osso devido não só às aparentes limitações tecnológicas como também às do próprio ser humano. Na animação essa barreira é literalmente invisível e as suas limitações inexistentes, podemos passar para o ecrã o ideal que se passa nas nossas mentes. Este episódio de Jujutsu Kaisen foi uma completa alusão a esta afirmação.

    A realização do estúdio Mappa é sublime

    Jidou Hanbaiki ni Umarekawatta Ore wa Meikyuu wo Samayou – (02)

    A reputação de Boxxo continua a dar que falar na pacata aldeia onde a sua amiga o transportou. O seu destaque é tanto que é convidado para acompanhar e revitalizar os corpos e espíritos de um grupo de aventureiros que vai partir numa expedição para combater as investidas de um grupo de guerreiros sapo. Um dos efeitos mais interessantes deste episódio foi a hilariante junção de Mentos e Coca-Cola que aparentemente também serve para combater o Rei dos sapos guerreiros. Inexplicavelmente a criatura mais pareceu um boss de um Final Fantasy clássico por turnos porque literalmente não se mexeu enquanto perseguia a carruagem do grupo, todo o confronto mais pareceu uma batalha por turnos onde o Rei Sapo ficou afetado por um efeito de “stop” e o grupo do Boxxo com o efeito de slow, sendo que a barra de ATB também se enxia lentamente.

    Bleach: Sennen Kessen-hen (15)

    Os Sternritter revelam aos Shinigami que invadiram a Soul Society de dentro através das suas próprias sombras, durante séculos coabitaram nas mesmas e estiveram à espera do momento certo para atacar. Ao perderem os seus Bankai no primeiro round contra os seus invasores, Kyoraku, Hitsugaya, Soi fon, e todos os shinigami encontram-se em grandes dificuldades contra os enviados do exército de Yhwach. Felizmente conseguem reverter a situação com a ajuda dos seus vice capitães. Foi interessante assistir às interações entre ambos especialmente às de Hitsugaya e Matsumoto que além de momentos wholesome também revelaram uma enorme confiança e uma sinergia de poderes muito interessante.

    Como se o Sol dos Teletubbies não fosse assustador o suficiente

    Ryza no Atelier – Tokoyami no Joou to Himitsu no Kakurega: The Animation (03)

    Ryza está completamente rendida ao mundo da alquimia, a vibrante jovem de sorriso fácil dedica todo o seu tempo a perfeiçoar a sua técnica a e desenvolver novas produtos através das formulas do livro que Empel lhe confiou. Enquanto caminhava de regresso a casa Ryza depara-se com Barbara uma senhora idosa que lhe diz que na sua juventude era membro de um trio muito parecido ao de Ryza, e que no dia do seu casamento recebeu uma flor com um cheiro muito característico que acompanhava uma carta anónima. Ryza decide descobrir não só descobrir quem foi que a pessoa que lhe enviou a misteriosa carta como também replicar a flor. Este episodio literalmente adaptou a primeira quest do jogo onde apresentou o galardoado sistema de skill tree de produtos que Ryza pode criar. Continuo a achar que a produção está adaptar um jogo onde 70% da ação são a obtenção de ingredientes e experimentação com os mesmos. Será interessante assistir como vão adaptar os evento do castelo dos dragões e a criação do futuro Altelier da Ryza escondido na floresta das fadas.

    Nos jogos decidi tentar rejogar The Legend of Heroes: Trails into Reverie todo na dificuldade “Nightmare” do zero para pôr em prática tudo o que aprendi ao longo destes anos nesta super série de jogos. O inicio do jogo é brutal, não são os inimigos me derrotaram com um ou dois ataques como os seus ataques são bastante mais fortes e frequentes, e para conquistar o “RP” alguns requisitos são bem apertados. Por exemplo na gauntlet de bosses da Rean Route para receber “5 RP adicionais” temos de derrotar um inimigo sem escrupulosos em menos de 30 turnos compreendidos entre este e a equipa de Rean. Fiquei mesmo mesmo à tangente quer para o derrotar como atingir este duro requisito, mas com muita preparação e paciência consegui atingir o meu objetivo.

    A Musse continua a ser safada
    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    josenilson vinicius
    josenilson vinicius
    18 , Julho , 2023 1:50

    Gostei desse seu paralelismo de Zom 100 com Oshi no Ko, bruno, porém a critica do primeiro episódio de Zom 100 é muito mais clara e objetiva do que Oshi no Ko, todavia ambas as obras mostram como uma idealização extrema pode ser nefasto para pessoas reais.

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