De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.
Bruno Reis
Mushoku Tensei II (07)
A figura da Roxy é quebrada e Rudeus revela a todos que apenas cresceu em estatura. Na minha ótica este episódio foi um completo regredir no desenvolvimento deste. É certo que a personagem sofreu imenso na sua vida passada, mas neste novo mundo já demonstrou um crescimento progressivo, diria mesmo até muito natural ao seu fluxo. Infelizmente este episódio destruiu por completo esta construção, não só porque revelou que Rudeus teria consertado a “divina” estátua da Roxy sem esforços ou inconvenientes como demonstrou que acima de tudo continua uma alma negra como a noite. Realmente fico confuso com as éticas humanas do Rudeus, isto porque acredita que a escravidão pode ser uma salvação, como molestar fisicamente psicologicamente e sexualmente mulheres também é normal. Não consigo perceber porque o escritor perdeu um mini arco para desenvolver o Rudeus se após a conclusão a deste intensão deste seria o destruir.
Rurouni Kenshin (2023) (08)
Kenshin e Sanosuke deparam-se com Megumi, uma bela mulher que está inexplicavelmente a ser perseguida pelo Oniwabanchu, uma força de elite de ninjas contratados por um poderoso magnata que está a espalhar ópio nos arredores de Tóquio. Este é na minha opinião o primeiro grande arco da obra, dado que temos o primeiro grupo principal levemente desenvolvido e o primeiro grande obstáculo para o nosso samurai inserido na mesma. Felizmente nesta adaptação também constato que coexiste a ação com a comedia -não em tanto número e situações mas bem inserida na minha opinião. Os fetiches da Kaoru foram bem divertidos, juntamente com uma tensão de cortar a faca polvilhada com acontecimentos perturbantes aqui e acolá.
Bleach: Sennen Kessen-hen (21)
Por fim o cometa Ichigo colide no Seireitei e imediatamente enfrenta as Powerpuff Girls do exercito branco. Este foi o tradicional episódio de Bleach onde o Ichigo surge com um novo poder -e consequentemente forma- para conquistar probabilidades e o espetador com um misto de foco, indiferença e agressividade passiva, os espetacularmente bem animados momentos de ação acompanhados pela versão arranjada do “Number one” foram um perfeito testemunho destes acontecimentos. Kenpachi também teve algum direito de antena no início do episódio, e como Yachiru está ainda imersa em misterio por isso não retirem o capitão da decima primeira divisão do palco. Podem no próximo e último episodio do segundo cour vamos ter muitas reviravoltas até porque tivemos um vislumbre de alguém que pensávamos ver fora destes desenvolvimentos. O anime expandiu muito mais a luta das bambinas e do Ichigo, no mangá praticamente não teve desenvolvimentos.
Ryza no Atelier – Tokoyami no Joou to Himitsu no Kakurega: The Animation (09)
Para a última prova o pai de Klaudia decide colocar o grupo de Ryza contra o grupo de Bos numa competição que os faz recordar as suas infâncias. Finalmente temos o famoso acontecimento com dragões que há semanas relato neste espaço e que finalmente vai fazer avançar a história, infelizmente creio que já vem muito tarde. Contudo, se existiu algo que esta adaptação fez ou está a fazer é o desenvolvimento das personagens, como o jogo basicamente serve as personagens sem as desenvolver alguns acontecimentos posteriormente que são descritos nas continuações pareceram-me um tanto vazias e até sem nexo. Uma das mais predominantes a relação de Bos com Ryza e o seu grupo num jogo temos uma relação de desdém e no outro já são grandes amigos, mas o que aconteceu entretanto? Esta adaptação e este episódio finalmente fazem essa ponte de uma forma convincente e orgânica. Porém as coxas e bustos sobressaem mais entre os fãs da jovem alquimista.
Jidou Hanbaiki ni Umarekawatta Ore wa Meikyuu wo Samayou – (08)
Boxxo e o seu colorido bando continuam a percorrer o labirinto em busca de uma saída e mais moedas de monstro. O destino bate à porta da party quando descobrem que o hibrido entre um Titan (Attack on Titan) e um Sword Dancer (Tales of Series) possui uma das cobiçadas moedas de monstro e tem de ser conquistado para prosseguir viagem. Finalmente a série faz jus ao seu nome, visto que a máquina de vendas automáticas percorre uma masmorra. Gostei da abordagem do gelo seco, mas também senti que a sua explicação longa foi demasiado exposta o que culminou num efeito desnecessário numa série onde o propósito é desligar o cérebro e divertir. Realmente chego à conclusão que as personagens nos animes adoram outras que não falam ou no máximo conseguem dizer três frases, a Komi, o Bojji e os nossos awards de fim de ano que o digam.
Felipe Soares
Jujutsu Kaisen 2 (01 ao 07)
Inesperado é talvez o termo que melhor se aplique para esse pequeno arco que iniciou a segunda temporada do anime Jujutsu Kaisen. Agora é possível dizer que da para entender como se formou as ideias de pensamento de Satoru Gojo e de Suguru Geto que vemos na história presente da série e que antes estavam fragmentados e com pedaços faltando.
Gostei como que este arco é apresentado como se fosse o Gojo relembrando de seu passado e não como um simples flashback jogado. Mesmo que este modo de flashback seja revelado apenas no último minuto do episódio sete, isso acaba sendo um bom modo de sair do passado do personagem e dar continuidade à sua história no presente.
Mesmo diante de muitas críticas no decorrer do arco, a animação me pareceu muito melhor em comparação com a primeira temporada. As cenas de luta funcionam muito bem, com destaque ao momentos de luta envolvendo Gojo. O uso das cores para demonstrar sentimentos também são bastante utilizados no decorrer do arco, isso em diversos momentos funcionou para passar o que o personagem estava sentindo sem a necessidade dele falar abertamente.
Agora fica a expectativa para os acontecimentos envolvendo o arco seguinte da série, que é bastante comentado entre os fãs do mangá como algo que vai quebrar a mente de muitos que estão acompanhando a série apenas pelo anime.
Rurouni Kenshin (01 ao 08)
Mesmo com toda a situação envolvendo o criador do mangá Samurai X, tinha um pouco de curiosidade sobre como seria realizada a nova adaptação para anime da obra. Posso dizer que até o momento as oito primeiros episódios do anime estão dentro da expectativa, afinal o anime tem como proposta ser uma adaptação mais próxima do mangá (diferente das últimas produções animadas da série).
Os primeiros episódios da série me pareceram mais simples e até mais próximos da primeira adaptação do mangá, isso não é algo ruim, afinal os primeiros acontecimentos da obra servem mais para apresentar os protagonistas e formar o grupo principal da história. No arco do Chapéu Negro é que temos um pouco mais de aprofundamento dos retalhadores e é a partir daque que temos um pouco de mais ação com uma animação melhor trabalhada nas cenas de ação.
A série acabou de entrar no primeiro arco com desenvolvimento mais sério a partir do episódio oito, mas agora fica a questão se a animação do série vai continuar seguindo nessa linha mais próxima da primeira série ou se vai para um caminho de tentar se arriscar mais nas cenas de ação.
Ahsoka (01 e 02)
Nesta semana estreou os dois primeiros episódio de Star Wars: Ahsoka, série live-action dentro do universo Star Wars com a personagens apresentada nas séries animadas Star Wars: The Clone Wars e Star Wars: Rebels.
Situada após a queda do Império, “Star Wars: Ahsoka” segue a ex-Jedi Knight Ahsoka Tano enquanto ela investiga uma ameaça emergente a uma galáxia vulnerável.
Além de Rosario Dawson no papel principal, “Ahsoka” é protagonizado por Natasha Liu Bordizzo como Sabine Wren, Mary Elizabeth Winstead como Hera Syndulla, Ray Stevenson como Baylan Skoll, Ivanna Sakhno como Shin Hati, Diana Lee Inosanto como Morgan Elsbeth, David Tennant como Huyang, Lars Mikkelsen como Grande Almirante Thrawn e Eman Esfandi como Ezra Bridger.
Com o diretor Dave Filone regendo a historia desta série, estes dois primeiros episódios serviram com uma introdução para os conflitos que serão desenvolvidos no decorrer da série. Como fã de The Clone Wars e Rebels, fico feliz que os personagens das duas obras ganhem um espaço dentro dos conteúdos principais da franquia Star Wars. Ao mesmo tempo fica aquele receio de que a série pode não ganhar o mesmo destaque que as outras obras da franquia, principalmente pela premissa de Ahsoka trazer uma bagagem que talvez exija conhecer muitas coisas desenvolvidas anteriormente nas animações.
Ver Sabine Wren e Hera Syndulla em live-action foi um pouco estranho no inicio, mas Natasha Liu Bordizzo e Mary Elizabeth Winstead conseguiram trazer bem as personagens com o mesmo tipo de carisma que elas tinham nas animações. Baylan Skoll e Shin Hati são dois personagens novos que possuem seu carisma próprio e que espero que ganhem um maior destaque no decorrer dos episódios. Já a Morgan Elsbeth de Diana Lee Inosanto traz o lado mais interessante até o momento da série, principalmente por pouco ter sido falado sobre sua relação com o Grande Almirante Thrawn e a revelação sobre o que é a personagem é algo que traz a série para o lado fanstasioso da franquia.
Em questões visuais, os primeiros dois episódios trazem muito locais conhecidos das animações e de outros conteúdos que apareceram na franquia. Alguns locais são muito fieis visualmente, inclusive tem uma cena no final do segundo episódio que referencia diretamente a cena que fecha o ultimo episódio de Star Wars: Rebels. As poucas cenas de luta de sabre de luz também são bem produzidas, indo para um caminho mais dinâmico.
Com o último episódio de Kenshin surge a primeira diferença de destaque em relação á primeira versão animé com o arco do Raijuta a não ser adaptado.
Apesar de eu estar jogar muito desse remake de RK, e mesmo depois do EP07 ter ficado excelente, ainda fico meio preocupado, ao mesmo tempo ansioso, para ver como vão ficar as lutas daqui para a frente. Apesar desse remake estar a seguir o manga fielmente, o que mais vai fazer diferença (para mim pelo menos) é a novidade nas animações. Vocês nem imaginam como eu vibrei quando vi luta do jin-ne nesse remake, caramba, como eu sempre quis ver samurai x com aquela dinâmica, muito foda, adorei. Agora, será que o estúdio vai conseguir manter boas animações? É que daqui para frente os acontecimentos vão sendo cada vez maior de importância, e já não vamos ter a “desculpa” que não é bem desculpa na verdade, para os primeiros ep’s serem tão simples, porque até combina. Espero que realmente o estúdio continue sempre a evoluir de ep para ep. No mínimo que as lutas chave de cada arco sejam bem animadas, acho que os fas antigos já exigem isso.