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    Anima Yell! – ep 9: De associação a clube: A evolução gradual de Anima Yell!

    O que mais me chama a atenção nesse anime é a linearidade, algo que causa a impressão que o anime está se desenvolvendo, e de fato está, mas só que de forma gradual. Não teremos nenhuma mudança brusca, tanto nas personagens quanto na história.

    O fato de todas as personagens não estarem reunidas desde o princípio não foi à toa, pois a obra queria mostrar uma construção do clube de torcida, tão tal que o anime mostra passo a passo como tudo começou até como elas chegaram até aqui.

    Á partir do momento que a Kohane teve uma espécie de epifania ao olhar um grupo de cheerleaders houve um ponto de partida que poderia não chegar a lugar nenhum, afinal esse tipo de anime às vezes passa a impressão de não “andar”. 

    Kohane está sendo presenteada pelo seu esforço, pois a mesma não desistiu fácil de sua ideia de virar uma líder de torcida. Não é incomum muitas pessoas desistirem de seus planos e sonhos no meio do caminho, e há casos que a pessoa desiste antes mesmo de começar. A persistência da Kohane muitas vezes confunde-se com a insistência, o que deixa-la com a imagem de personagem irritante. Enfim, mesmo sendo inconveniente às vezes, ela tem boas intenções e está disposta a sempre ajudar suas amigas. 

    Os convites que a associação de torcida (agora oficialmente um clube) estão recebendo é a prova que pouco a pouco o esforço delas estão valendo a pena. 

    A protagonista conseguiu convencer suas colegas que apoiar alguém (mesmo na forma de torcida) é algo legal e divertido.

    Kohane como capitã não me pareceu à principio uma boa ideia, acho que a Uki ou Hizume são mais apropriadas para exercer tal função, mas a protagonista de forma inconsciente tem uma capacidade para ser líder, pois ela está sempre disposta para ajudar não só as integrantes de sua equipe mas como qualquer pessoa. Além do mais, um (a) bom (a) líder tem que saber extrair o potencial máximo de seus comandados, e tal característica a Kohane tem, afinal não há como ficar desmotivado ao ver seu sorriso e sua enorme disposição.

    Embora o conflito da Uki com o seu irmão tenha sido superficial, ainda assim achei legal a forma como foi conduzida, afinal fazer um dramalhão em cima dessa situação tiraria o foco cômico do anime, fugindo de sua essência de leveza.

    Garotos na idade do Akane, não costumam ter interesses pelo sexo oposto (e se tivesse seria precoce), e como na sociedade existem “coisas de meninos” e “coisas de menina” (existe muita discussão a respeito desse tema, mas eu vou evitar entrar no mérito da questão), o irmãozinho da Uki acha que garotas torcendo para o time dele seria uma invasão do espaço masculino a qual ele pertence. Outro ponto interessante é o fato dele rejeitar coisas fofas, e isso tem a ver com a relação entre fofura e feminilidade. Então, na visão Akane, pelo fato de ser um garoto, o mesmo não pode cogitar a possibilidade de gostar de algo atribuído ao sexo oposto (na ótica de um adulto, pode ser algo bobo, mas ele ainda é uma criança, então é compreensível ele ter esse tipo de mentalidade).

    Compreender o esforço de uma líder de torcida foi a chave para que o Akane quebrasse seu preconceito em relação a esse tipo de atividade. Enquanto ele estava no banco de reservas, as garotas estavam gastando energia para incentivar o time dele. A mudança de mentalidade dele fez que o conflito imposto tivesse um final feliz, e de quebra ele deixou de odiar coisas fofas (mesmo que não queira admitir isso publicamente).

     

     

     

     

     

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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