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    Dynasty Warriors: Origins – Análise

    Dynasty Warriors: Origins é a mais recente adição à já longa série desenvolvida pela Omega Force (desta vez com a participação da Arc System Works) e publicada pela Koei Tecmo, cujo lançamento anterior da série principal, Dynasty Warriors 9, já saiu em 2018. Origins é assim o primeiro lançamento feito de raiz para a geração de consolas actual, e funciona também como um género de reboot à franchise.

    Como é óbvio, a sua história continua a ser baseada na obra de literatura chinesa de Luo Guanzhong do séc.XIV, o Romance dos Três Reinos, no entanto a série tenta reinventar-se um pouco, focando-se no ponto de vista de um guerreiro que sofre de amnésia, não se lembrando de nada do seu passado, mas com um grande sentido de justiça, que acaba por atrair os restantes heróis clássicos para o seu caminho. Chamado apenas de “Wanderer”, mais tarde é lhe atribuída a alcunha de Ziluan devido ao pássaro presente no alfinete que prende a faixa vermelha à sua cintura, e que também é identificada por algumas personagens como indicativo de que o nosso herói fará parte dos “Guardians of Peace”, um grupo de guerreiros-assassinos dedicados a manter a paz na China.

    O gameplay mantém a fórmula clássica de “um contra mil”, com Ziluan a desenvolver as suas técnicas ao longo do jogo, bem como a apanhar diferentes armas e aprender a manejá-las, levelando e desbloqueando cada vez mais técnicas. Há também algumas novidades em termos de estratégias de combate que podem ser utilizadas, como cargas de cavalaria e fogo de arco e flecha que podemos utilizar, bem como podemos em certas batalhas escolher outro general como nosso companheiro, com o qual podemos executar técnicas em team-up, e que podemos controlar temporariamente no campo de batalha quando cumpridas certas condições.

    Pela primeira vez, o sistema de combate apresenta agora movimentos de evasão e de parry, que irão deixar o inimigo vulnerável a contra-ataques rápidos, e que acabam por tornar o sistema de combate muito mais profundo, em particular nos combates mano-a-mano contra outros generais, fazendo dos duelos um verdadeiro evento.

    Falando nos generais, Dynasty Warriors: Origins conta com 48 personagens, reduzido das 94 presentes em DW9, muito em parte devido ao facto de o jogo incluir apenas a primeira metade da obra do Romance dos Três Reinos (desde a Rebelião dos Turbantes Amarelos, até à Batalha dos Penhascos Vermelhos), acabando assim por impossibilitar de forma cronológica a presença das restantes personagens. No entanto, é de evidenciar a presença obrigatória de personagens como Guan Yu, Zhang Fei, Liu Bei, Zhao Yun, Cao Cao, Xiahou Dun, Sun Jian, Zhou Yu e claro, o inevitável Lu Bu.

    Entre as batalhas, guiamos Ziluan num “overworld” condensado que representa algumas regiões da China, bem ao estilo JRPG, onde nos é possível ir desenvolvendo a história principal, bem como interagir com curtas batalhas opcionais, quests secundárias, falar com outros generais, melhorando a ligação que temos com eles, assim como receber deles quests opcionais, objectivos secundários de treino e muitas outras actividades que nos permitem recolher recursos e ganhar experiência para levelar o nosso personagem à medida que tentamos trazer a paz aos diferentes territórios durante os acontecimentos de instabilidade política que o jogo retrata.

    Dynasty Warriors: Origins quebra assim a fórmula da série em alguns aspectos, preocupando-se em contar a sua história de forma original em vez de apresentar apenas diferentes pontos de vista dos mesmos eventos uma e outra vez, apesar de para isso sacrificar parte do conto do Romance dos Três Reinos (que poderá ser explorado mais tarde numa sequela, quem sabe?), conseguindo aprofundar também os seus sistemas de gameplay, sem ao mesmo tempo divergir tanto daquilo que é familiar para os seus fãs tornando-se irreconhecível, acabando por dar a impressão de novidade e melhorias dentro de um pacote que os fãs irão conseguir facilmente apreciar.

    Review por Tiago Vasconcelos.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 60 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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